Sasuke estava bêbado e jogado no chão de seu apartamento, abraçado no seu ursinho de pelúcia e alisando sua aliança. Ele já havia chorado, secado todas as garrafas de bebida do lugar e se lembrando do rosto de Sakura. Foi neste momento que ele não se conteve e chorou, chorou muito. Sabia que tudo que estava acontecendo era sua culpa, que ele não era merecedor de Sakura, mas mesmo assim queria a chance para se desculpar e se possível tê-la de volta. Ele nunca antes havia sofrido por uma mulher, na verdade era as mulheres que sofriam por ele. E com toda sinceridade, estar do outro lado, o lado que sofre, não é bom. Esta foi a conclusão que Sasuke teve, e isso só o fez se sentir pior.
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No apartamento Sakura e Izumi estavam arrumando as coisas. O dia rendeu que era uma maravilha, e ainda eram oito horas da noite quando tudo foi feito. Os trâmites em relação a viagem e a denúncia foram realizadas rapidamente. Os três viajariam as seis da manhã, todas as coisas estavam empacotadas.
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O despertador de Sakura tocou as quatro e meia da manhã. Izumi já estava de pé, ao que parece nem dormiu pela inquietação do filho e pela sua própria inquietação. O café já estava na mesa, nada feito por ela, mas sim comprado.
- Bom dia, ou melhor, boa madrugada.- Ela sorriu de leve.- Fui até uma padaria, era longe, mas consegui nosso café da manhã. Não podemos viajar de barriga vazia, não é mesmo.
- Claro que não.- Sakura se senta e as duas comem, aos risos. Estavam ansiosas para dar início a nova vida.- Espero que eu ache um emprego rápido.
- Eu vou ajudar com as contas.- Izumi se compromete.
- Não precisa se preocupar com isso, você tem que cuidar de Shisui. Quando ele estiver maior pensamos nisso.- Sakura dá uma mordida em sua rosquinha.
- Quanto a Sasuke? - Sakura para.- Bom... Como vocês estão casados, eu pensei que...
- Ele não vai sentir minha falta, ele tem uma noiva.- Izumi se engasga com o café.- Estou começando a achar que aquele documento era falso, apenas um pequeno teatro para me enganar.- Sakura da de ombros.- Enfim... Por que você não me disse que foi aquele monstro que veio aqui te bater?
- Não adiantaria de nada, as coisas aconteceram muito rápido. Não deu tempo para nada. E isso não é mais importante, agora teremos uma nova vida, poderemos recomeçar e talvez até, conhecer novas pessoas.- Izumi levanta as sobrancelhas.
- Sossega.- Sakura solta uma gargalhada. O som dos carros passando na rua já podiam ser ouvidos, Sakura pega o celular e chama um táxi. Ele disse que chegaria em vinte minutos, enquanto isso as duas fechariam a casa e desceram com suas malas. Não era muita coisa, mas sim o essencial. Tudo já estava lá embaixo e o taxista as ajudou e finalmente foram para o aeroporto. O gatinho não parava quieto no colo de Sakura, não queria ficar ali, mas teria de aceitar sua situação atual.
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Os dias se passaram e Mikoto voltou para casa. Ela tomou banho, e foi direto ver o "filho". E para sua infeliz surpresa, ele não estava ali. Ela se desesperou, desceu as escadas e quando ia entrar em seu escritório, uma voz familiar a faz parar.
- Não adianta ligar para a polícia - de muleta e um tanto desajeitado, Fugaku desce lentamente os degraus da escada, seguido por Takashi.- Ele já deve estar bem longe daqui.
- Como é?!- Mikoto grita, ela foi com tudo para cima de Fugaku para bater nele, mas Takashi a segurou.
- Vai me bater assim como fez com Izumi.- Ele a provoca.
- Aquela vagabunda teve o que mereceu, ninguém mandou ela aparecer aqui e tentar roubar o meu filho.- Mikoto se debatia nos braços de Takashi, que a segurava firmemente.- E você vai ter o que merece também, seu velho decrépito.
- Oras, o nível de ofensa aumentou. Então, se não pode agredir fisicamente, você agride verbalmente. Que interessante.- A porta do escritório se abre, e da sala saem dois policiais.- Lembra que eu disse que não adiantaria ligar para a polícia - ele faz um som com a boca e estala os dedos.- Não é que eu me esqueci de dizer que eles já estavam aqui.
- A senhora irá conosco para a delegacia.- Um dos homens profere estas palavras, enquanto o outro a segurava pelos braços.
- O que é isso, me solte.- Mikoto começou a se sacudir novamente, só que agora em braços diferentes. O homem a levou para a viatura.
- O senhor receberá noticias do processo em breve.- O policial informa.
- Está bem, obrigado.- Então, o homem sai.- Agora, tenho que cuidar do meu querido filho mimado. Vou esperá-lo no escritório.
- O senhor vai precisar de mim para mais alguma coisa? - Takashi pergunta o seguindo.
- Não, e agradeço por tudo que fez por mim. Não se preocupe que sua comissão extra virá junto com seu salário.- Fugaku se senta na cadeira.
- Não precisa disso senhor, foi uma honra ajudar aquelas moças e ajudar o senhor.- Takashi disse calmo, mas feliz.
- Hum...- Fugaku encosta a bengala na mesa.- Esqueci de te dizer, que não iria aceitar um "não" como resposta.- Takashi sorri dando de ombros.- Quero que venha aqui uma vez por semana, para dar continuidade ao meu tratamento.
- Certo. Que dia seria bom para o senhor?
- Eu te avisarei.- Fugaku apoia seus cotovelos na mesa. Então, Takashi se vira para ir embora.- Antes de ir, peça para que uma das empregadas avise ao meu filho para vir a minha sala.
- Não precisa.- Sasuke abre a porta.- Já estou aqui.- Ele dá passagem para que Takashi passe, e então entra na sala e fica de pé diante do pai.
- Não vou tomar muito do seu tempo, lhe dando uma lição de moral longa e monótona.- Fugaku começa, enquanto Sasuke fita seus pés, mudando seu olhar para sua mão esquerda onde se encontrava a aliança, e o ursinho de pelúcia que era segurado desajeitadamente pelo pescoço.- Então, eu vou te fazer somente uma pergunta - ele olha para o pai, que portava um semblante sério.- O que você quer da sua vida?- Aquela pergunta pegou Sasuke de surpresa.
- Eu não sei.- Sasuke responde sinceramente, mas se lembra de algo que ele quer muito. Só que dizer aquilo em voz alta soaria ridículo, mas mesmo assim ele tentou.- Na verdade, tem uma coisa que quero sim.
- Então, diga. Mas, fique ciente de que eu não lhe darei esta coisa, pois você terá de consegui-la sozinho.- Fugaku adverte.
- Eu quero a minha esposa de volta.- Sasuke surpreende o pai, que consegue disfarçar bem a emoção.
- Muito bem. Isso será difícil.
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Te Amar é a Minha Maldição
FanfictionSendo a vida uma estrada, a função do ser humano é sempre seguir em frente. Conhecendo pessoas, perdendo pessoas, machucando e sendo machucado. A regra diz para não parar, e enquanto algumas pessoas lutam para continuar e dar valor a esta regra, out...