Prólogo

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Tudo, no auge da vida, se tem um propósito. Seja este triste ou feliz, bom ou ruim. Já na minha própria, eu não fazia idéia do que realmente era, ou até mesmo se ela tinha algum propósito.

Eu não guardava mágoas de quem ou o que havia deixado minha vida deste modo.

Mamãe havia lutado até o final por minha vida, e infelizmente não tive oportunidade de conhecê-la. 

Minha história era trágica e indigna demais.

As alterações do meu DNA fizeram-me ser alguém diferente e, consequentemente, não fui aceito pela sociedade. 

Envolvi-me com um alfa. No início do relacionamento tudo pareceu ser mil maravilhas. Jung-hyun era carinhoso. Pouco tempo depois, cerca de três meses, descobri que estava grávido. As ânsias de vômitos e dores entregavam. Foi um baque, não só para mim, mas para o Jung também. Eu estava extremamente feliz, assim como minha mãe quando descobriu que estava grávida de mim. Fui em imediato contar para meu namorado, que recusou-se em aceitar. Chamou-me de nomes horríveis, tais como aberração e outros sinônimos. Não foi fácil superar tamanha depressão que me encontrei. Visitei psicólogos, talvez três em cada semana. 

Minha situação não se encontra tão péssima quanto antes. Avancei demais com ajuda de profissionais.

Quando completei dezenove anos, fui liberado do abrigo para jovens alfas.

Busquei por uma boa faculdade.

No momento, curso medicina. Entrei na faculdade há poucas semanas, talvez duas ou três. As aulas eram extensas e cansativas, ainda mais para alguém grávido, de seis meses. Caso você cabulasse aula ou faltasse em algumas delas, os professores não davam mínima importância. Eu não possuía amigos na universidade, então dificultava as coisas.

Neste momento, estava me arrumando para a aula. Um jeans e uma camiseta folgadas, no intuito de esconder a barriga já formada. Tênis não muito apertados, afinal, meus pés doíam por sustentar grande peso.

Pude enfim sair de casa, andando em direção a universidade, não muito longe de meu apartamento.

Os olhares de insatisfação das pessoas me deixavam um tantinho acanhado.

Encolhi meu corpo em meus próprios braços, afim de esconder a gravidez. Um alfa grávido não era a coisa mais normal pra sociedade.

Não tardei em chegar até a universidade, exausto por andar com os pés inchados. Novamente, os olhares pararam em mim, enquanto cada um analisava meu corpo cheinho. Resmunguei coisas incoerentes, andando pelos corredores imensos, podendo escutar cochichos como "Ele é o alfa grávido?" ou até mesmo "Aberração".

Continuei a andar, entretanto, fui impedido por um ser baixinho, o qual a silhueta não me era desconhecida.

—Jeongguk?






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Oii anjinhos! Aqui é a Bella e vim dizer que o prólogo tá bem fraquinho, mas... Prometo que os próximos capítulos serão maiores!
Amo vocês <3

DNA - Jjk + PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora