Depois da festa nós fomos para casa. Muitos ainda ficaram na praia. Meu pai preferiu voltar para o apartamento.
Deitei na minha cama. Não durmi, só fiquei pensando em tudo. Na viagem. Na Lissa que ficou lá sozinha e, naquele garoto. O que? Naquele garoto? Lutei contra meu pensamento, mas não conseguia.
Aquele cabelo castanho encaracolado. O rosto perfeito.
Para esquecer o tal Gustavo, eu simplesmente peguei o meu livro e começei ler.
Depois de alguns capítulos, eu acabei dormindo.
Quando acordei, percebi que todos já estavam acordados, pois ouvia minha mãe brigando com Lena e meu pai cantando.
Fui até a cozinha, onde provavelmente encontraria minha mãe, Lena, e meu pai.
Quando terminei de comer o meu cereal, alguém bateu na porta. Levantei e fui até lá.
Quando abri a porta, vi que era o tal Gustavo.
-Desculpa, confundi o apartamento. Aqui é tudo igual.
-Oi é você. Não percebi. Posso saber seu nome?-disse ele.
Nesse momento eu olhei para trás e chamei meu pai.
-Pai, tem um garoto querendo falar com você.
-Mas...
Corri para o meu quarto e novamente começei a ler. Que insistência. Para quê saber meu nome?
No outro dia nós fomos para a praia, de novo.
Deitei na areia e, começei a ler um outro livro, pois o livro Romeu & Julieta havia acabado.
Quando estava distraída, alguém deitou no meu lado.
-Oi
-Ah! Você de novo? Não tem nada para fazer, não?
-Se fazer for outra coisa que não seja admirar sua beleza, não tenho nada para fazer.
-Com licença, mas tenho que ler meu livro.
-Nossa, você lê esse livro? Amo esse livro. Já li ele várias vezes- disse ele eufórico.
-Sério! Eu também já li várias vezes- também disse eufórica.
Nesse momento percebi que ele não é tão ruim. Na verdade, ele não é nada ruim.
-Meu nome é Rebecca. Tenho 14 anos.
-Que nome lindo! Tenho certeza que você já sabe qual é o meu nome.
-Sim. Prazer em conhecer você, Gustavo.
Nós conversamos por um longo tempo, até que uma mulher o chamou. Ele foi ao encontro daquela mulher e eu fiquei muito chateada. Era a primeira vez que aconteceu isso.
No outro dia fui até a praia e vi que Gustavo estava deitado na areia. Fui até ele.
-Vou ir embora amanhã-disse Gustavo.
-O que? Você tem que ficar- eu disse desesperada- aquela mulher que falou isso?
-Aquela mulher é minha mãe.
-Você foi a primeira pessoa que ler os livros que gosto. Até me arrisco a dizer que gosto de você.
Eu olhei para ele, ele me olhou e... quase me beijou, pois a mãe dele o chamou. Que ódio dessa mulher.
Fui para o apartamento triste por tudo que aconteceu.
Quando eu ia para o quarto chorar, ouvi alguém batendo na porta. Corri até lá e vi Gustavo. Desta vez eu me alegrei por vê-lo. Ele me beijou. Foi o melhor momento.
Ele realmente foi para casa, mas nós namoramos á distância e, ele sempre me visita e eu o visito também.
Até que essa viagem não foi tão ruim, né?

VOCÊ ESTÁ LENDO
Viagem inesquecível
Teen FictionEla não queria viajar para o Hawaí, mas algo inesperado aconteceu... *conto feito especialmente para desafio5 do ficçãoadolescentelp*