O Diabo em Minha Casa

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"Eu não gosto de igrejas, senhor" -O de cabelos roxos falou.

"E você acha que eu gosto?" -O príncipe o encarou. "Vamos"

Se aproximaram do local, subiram a escadaria e pararam na porta, faltando apenas um passo para estarem dentro.

"Luciferius defendat" -O menor falou em latim e fez o sinal da cruz invertida com as mãos. Seu superior sorrio mas se manteve em silêncio.

"Antes que eu prossiga" -O padre se auto interrompeu. "Temos um novo membro e é o mais novo doador da nossa igreja" -O padre olhou para a entrada do local e os fiéis fizeram o mesmo.

O príncipe e o subalterno pisaram na catedral. Os olhares dos fieis em cima dos mesmo não deixaram se abalar.

Mesmo ali não sendo o território do príncipe ele sabia se comportar, e como sabia.

Caminhou até o encontro do padre que os encarava com um sorriso no rosto.

"Padre, não precisava me expor desse jeito" -Fez cara de envergonhado, ah príncipe, o senhor sabe muito bem atuar. "Não gosto de muita exposição, sou um homem mais reservado"

"Ah, filho, é que a igreja agradece pela contribuição, que Deus te abençoe rapaz" -O padre sorria.

Mas é claro que sorria, pôs o dinheiro de todos os doadores estavam enchendo a porra do bolso gordo desse padre corrupto. Mas nosso senhor das trevas sabe muito bem disso, ele usará isso ao seu favor...

"Por favor, junte-se a nós, começaremos os batismos" -Padre pediu e o senhor das trevas assentiu. Se sentou no primeiro banco ao lado do subalterno.

"Parece que o meu corpo vai entrar em combustão, senhor" -Jimin falou baixo para o diabo.

"Eu sei como se sente, mas daqui a pouco esse circo acaba" -Garantiu o diabo.

O padre então pegou a primeira criança, falou algumas palavras e em seguida mergulhou o pobre bebê indefeso nas tais aguas sagradas.

Era a quinta e última criança a ser batizada, quando o nosso senhor das trevas resolver brincar. Ele fez com que a água virasse sangue no instante que o padre colocou a criança na mesma. O príncipe também provocou um cheiro de enxofre por todo o local.

O padre não se abateu, começou a rezar assim como toda a igreja.

O príncipe então olhou para a sua vítima, e ao passar seus olhos nos olhos alheio sorriu diabólicamente para o outro.
Jungkook apenas fechou os olhos com força para assim, ao menos, se concentrar na reza. Tentativa falha essa.

Ele não conseguia tirar a imagem do homem misterioso de cabelos loiros sorrindo para si.

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"Meu filho, eu adoraria que você e o seu amigo almoça-sem comigo e com minha família" -O padre propôs.

"Séria uma honra, padre" -O príncipe sorriu largo.

"Esse aqui é meu sobrinho, Jeon Jungkook" -Ele apresenta a vítima para o diabo.

Pobre Jungkook, mal sabia que sua vida se tornará um inferno - literalmente - com a chegada do loiro misterioso.

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"Senhor, tem certeza disso?" -Jimin encara seu mestre. Ele estava preocupado com o mesmo.

"Relaxe ok? Eu sei o que eu estou fazendo" -O príncipe fala calmo.

Eles estavam na casa da família Jeon. O príncipe olhava tudo em sua volta atentamente, queria absorver cada ar daquele lugar.

Podia sentir a forte presença de Jungkook ali, o encarando, em meio a mesa. O príncipe não se abalou e encarou o menino da mesma forma.

"Desculpe-me, mas eu acho que eu ainda não sei o nome de vocês" -O padre encara o príncipe e o subalterno.

"Perdoe-me a minha falta de educação, me chamo Kim Taehyung" -Jimin encarou o seu mestre assustado, pôs o diabo nunca usou o nome que seu pai havia lhe dado, sempre se apresenta com outros nomes, mas nunca com o seu verdadeiro.

"Sou o Park Jimin" -O subalterno se apresenta fazendo uma reverência.

"Me desculpe, mas onde fica o banheiro?" -Taehyung perguntou.

"Jungkook, filho, mostre-o onde fica o banheiro, querido" -A Sra. Jeon pediu.

Jungkook engoliu seco, assim como Jimin. Já o diabo tinha um sorriso travesso.

Os dois se retiraram da mesa, o diabo indo atrás de sua vítima.

"Pronto" -Jungkook falou abrindo a porta do banheiro.

"Obrigado" -O Kim sorriu. "Você é muito bonito" -Ele comenta.

"O-obrigado" -Jeon falou vacilante. "É melhor eu voltar" -Tentou sair do banheiro mas foi empurrado pra dentro do cubículo pelo príncipe.

"O que ta fazendo?" -Perguntou com o tom de volta meio alterado.

"Quero conversar com você, só isso" -O senhor das trevas trancou a porta atrás de si.

"Não é uma boa ideia" -Jungkook estava assustado pela abordagem do mais velho.

"Está com medo Jeon?" -Usou sua voz sedutora. "Não tenha medo de mim, não vou fazer nada com você... ainda" -Se aproximou do outro.

Jungkook deu alguns passos para trás, quase caiu na banheira atrás de si, mas o príncipe o segurou pela cintura. Assim seus corpos ficaram bem próximos do que antes.

Se encaravam intensamente.

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INFERNO

"Será que ele vai demorar muito?" -Hoseok esrava jogado na cama de seu mestre.

"Não fazem nem vinte e quatro horas na Terra que ele se foi, fique calmo" -Jennie bebe seu whisky.

"Eu sei, agh! Mas é que aqui ta um saco sem ele, sabe?" -O ruivo apoiou sua cabeça nas duas mãos.

"Entendo" -Jennie deu de ombros. A morena estava focada em um jogo de xadrez, a mesma jogava com uma alma aleatória.

"Ainda está aqui?" -Kai aparece na porta.

"Você não pode entrar no quarto do príncipe!" -Hoseok se levantou e foi na direção do outro.

"Ele não está aqui, eu faço o que eu quiser" -Kai empurrou o menor e se jogou na cama do príncipe.

"Se eu fosse você não faria isso" -Jennie comentou com um sorriso no rosto.

De repente o corpo de Kai foi completamente paralisado, era Hoseok usando seus poderes. Taehyung que havia dado tais poderes para o seu servo.

"Eu avisei" -Jennie sorri. A morena chamou dois demônios e eles tiraram Kai de lá.

"Que cara chato" -Hoseok volta a se deitar na cama.

"Nem me fale" -A morena revira os olhos. "Ainda nem sei como eu namorei esse puto" -Suspirou.




Horns • taekook Onde histórias criam vida. Descubra agora