Capítulo 14 - Exonéré

13 0 2
                                    

Queria muito poder dizer que o que me aflige é uma tristeza de domingo à tarde, ou a melancolia de um dia chuvoso...
Mas vai além.
É simplesmente impossível pra mim, medir o tamanho da dor ou tentar explicá-la!
É algo que mexe com as emoções, os sentimentos... afasta e delibera qualquer sinal de esperança, ainda que haja pessoas a minha volta que tentem me ajudar.
Ainda que eu usufruisse de um dicionário inteiro, me faltariam palavras; e o silêncio pararia sobre mim.
No entanto, as vozes dentro de mim, ecoam gritos que, até mesmo o mundo ouviria...
O que me prende aqui é a vontade de ver ele feliz, mas há dias em que isso se torna quase impossível, pois a maldita ansiedade quase me leva... uma vez por dia!
Ela me faz pensar que minha doença é frescura e passageira, mas isso não compete somente a ela. Um punhado de pessoas insiste em me dizer o mesmo.
Além do ar, a ansiedade me tira a auto-confiança e a auto-estima... restando apenas algumas dúvidas dentro de mim:
"Será que eu sou capaz mesmo?"
"Será que não é frescura de verdade? Drama?"
"Será que eu tenho depressão mesmo?"
Volto a estaca zero e, mais uma vez em estado de hibernação... só a espera de uma nova crise ou alguém pra me criticar!
Volto pro fundo do poço, abraçando os meus demônios...

_N.Rizovski   

Dias AssimOnde histórias criam vida. Descubra agora