3ºCapitulo - My First Day

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Eu e o Niall não parávamos de discutir e eu já estava a ficar aborrecida com aquela conversa.

- Mas Beth, tu podes bem ir viver para minha casa! Eu não me importo nada, muito pelo contrário. Fazias-me companhia, já que os meus pais nunca estão em casa. Para eles o trabalho e as viagens de negócios são mais importantes.

- Niall...eu não quero depender de ninguém! E depois o que é que eu fazia com esta casa? Vendia-a, sem mais nem menos? - disse irritada enquanto me sentava no sofá da sala, ao seu lado.

- Porque não?

- Eu vivo aqui desde que nasci, e tenho imensas memórias do meu pai...

Não consegui terminar a frase depois de ter falado do meu pai. As lágrimas começaram a invadir os meus olhos e eu tentei limpá-las com as costas da mão.

Senti os braços do Niall a acolherem-me. Era disto que eu precisava. Apoio.

- Tens a certeza que não queres ir viver lá para casa? - perguntou mais uma vez.

Levantei a cabeça e olhei-o nos olhos.

- Tenho...

- Ok. Mas por favor se precisares de alguma coisa não hesites em pedir sim Bethy?- perguntou pondo uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.

- Sim Ni.- respondi sorrindo.

Algum tempo depois ele foi-se embora, e eu fiquei sozinha. O silêncio invadia a casa inteira.

Precisava de me distrair um pouco e acabei por adormecer no sofa.

...

Acordo sobressaltada com o telemóvel a tocar. Olhei para o ecrã:

"Sr. Anderson"

- Sim? Boa tarde! - cumprimentei.

- Sim, muito boa tarde! Tenho boas notícias para si. Apos estes dias decidi que a menina é a pessoa indicada para o trabalho.

- A-A sério? Isso significa que eu fui...

- Sim! Vai ser a nossa nova empregada de bar.

- Oh...obrigada! Quando posso começar?- perguntei entusiasmada.

- Se quiser, pode começar hoje.

- Sim, quanto mais cedo melhor.- disse com um sorriso estampado na cara.

- 21:00H, á frente da Sound. Tenha um resto de bom dia.

Estava em estado de choque. Não acreditava que era capaz e era esse o meu problema. Falta de confiança. A primeira coisa em que pensei foi ligar ao Niall, apesar de ter estado com ele é horas atrás.

Agarrei de novo no telemóvel, e contei-lhe a novidade. Ele ficou orgulhoso de mim, acho.

Dirigi-me á cozinha, e aqueci uma lasanha no microondas. Estava esfomeada. Subi as escadas e fui tomar um duche. Sai do chuveiro e prendi o meu cabelo ainda molhado num coque. Ao sair da casa de banho, passei pelo espelho para ver o meu aspeto. Estava cheia de olheiras e com um rosto pálido. Uau... Como pude chegar a este ponto? Vesti umas calças de ganga e uma T-shirt. Não precisava de ir muito formal pois, pelo o que o Anderson me disse, vou ter uma farda para vestir. Decidi colocar um pouco de base e sombra nos olhos de forma a "esconder" o meu rosto sem cor.

Às 21:00 cheguei á Sound, como combinado. Pedi ao segurança para entrar, e este assentiu. Para meu espanto, não vi lá ninguém, apenas os empregados a prepararem-se para receber os clientes. O Sr. Anderson veio ter comigo e disse-me que a discoteca só abria ás 22:30. Oh

-Antes de mais, boa noite e bem-vinda á Sound. Vais trabalhar como empregada de mesa, e de balcão. Mas para já, vamos ver como é que as coisas correm. Por hoje ficas apenas como empregada de balcão.- disse sorrindo.

Ele esteve-me a explicar o que e como o deveria fazer. Disse-me também qual as fardas que as empregadas deveriam usar umas e entregou-me uns calções de ganga bastante curtos, de cintura subida e todos rasgados, e um top branco apertado para as mãos.

- Tenho que vestir isto?- perguntei envergonhada.

- Sim. Os clientes têm de distinguir as empregadas. - disse piscando-me o olho.

Depois de decorar os respectivos sítios das bebidas, estava pronta para o meu trabalho, acho.

As luzes ligaram-se, tal como a música. Escondi-me a atrás do balcão, ainda envergonhada com as roupas que tinha vestido. Várias pessoas começaram a entrar e rapidamente o bar ficou cheio. A confusão dominava-o.

Era difícil ter de lidar com tantos pedidos ao mesmo tempo: cervejas, caipirinhas, vinho...

Aqueles calções mostravam-me as nádegas do rabo, e eu não sabia quanto tempo é que tinha de aguentar com eles vestidos. Quando levantei o olhar reparei que no fundo do bar, ao pé das colunas de som, estava um grupo de rapazes pouco mais velhos que eu, de olhos postos em mim. Um deles sussurrou algo ao ouvido de outro e ele assentiu levantou-se do sofá e dirigiu-se a mim. Oh não.

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Scars Of Love - ||H.S|| {a reeditar}Onde histórias criam vida. Descubra agora