Bastava que ele me dissesse: vamos. E eu iria. Não sei para onde. Não imagino para onde. Mas iria. Feliz como nunca. Feliz como estou feliz sempre que estou com ele. Vamos, diria ele, nos meus sonhos mais utópicos. E eu iria. Mas não vou. Ele não diz. Ele não diz nada e eu vou aguentando esta sucessão de nadas que tento transformar em tudo. Amar é transformar uma sucessão de nadas em tudo.