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Capítulo um: A festa

Florêncio e Nicolas se dirigiam para a entrada da casa ao qual aconteceria a festa. Aparentemente, muitas pessoas já se localizam fora da casa... Bêbadas. Bom, isso de fato era comum em festa deste porte. Então, Nicolas, com sua personalidade radiantemente alegre, puxou o Florêncio que se sentia, 'muito' deslocado.

Para começo de conversa, ele apenas tinha ido por causa do Nicolas. Ele não queria magoar o seu melhor amigo, então, aceitou ir para esta festa, mas ele preferia estar em casa, lendo algum livro e absorvendo algo dele, para algum dia na sua vida, usar as experiências que teve ao ler tal livro.

Já dentro da casa, Nicolas foi logo cumprimentar todos à sua volta, e, Florêncio, apenas ficou num cômodo qualquer olhando a quantidade de pessoas insanamente bêbadas que se encontravam naquela casa.

Florêncio pensou, porque diabos as pessoas ficam desse jeito? E tão desnecessário.

Florêncio suspirou, "Mas que saco!", ele deu uma leve pausa, dando continuidade em seguida, "Eu vou chamar o Nicolas, não aguento mais ficar um segundo aqui!"

Florêncio se levantou abruptamente da cadeira ao qual estava sentado e se direcionou para onde supostamente Nicolas deveria estar.

Lá estava ele, sentado numa roda com no total de quinze pessoas. Eles riam abertamente enquanto um garoto de óculos redondos e rosto um pouco infantil, girava uma garrafa que estava no centro da roda de pessoas.

Florêncio pensou,  é aquele jogo ao qual se chama verdade ou consequência? Que desperdício de tempo!

Florêncio não pensou duas vezes, e logo foi ao encontro de Nicolas. Ele queria ir para casa, e de hipótese algum deixaria o seu melhor amigo no meio daqueles 'animais'.

Apois chegar perto de Nicolas, Florêncio deu-lhe um leve peteleco em sua cabeça, alertando de que era para ele se virar.

Nicolas vira sua cabeça assustado e quando vê que era apenas o Florêncio deixou escapar um suspiro de alívio, logo em seguida ele perguntou: "O que houve Florêncio?"

Florêncio já expressava o quão impaciente estava e com um tom um pouco ríspido, respondeu: "O que houve? Eu quero ir para casa, idiota!"

Nicolas expressava sua face de que já esperava isso, ele apenas suspirou e proferiu logo em seguida: "Me esqueci que você odeia socializar..." ele deu um breve pausa, buscando mais um pouco de fôlego, "Erro meu ter lhe trazido. Achei que você poderia finalmente ter mais amigos"

Florêncio no ápice de sua irritabilidade e paciência, ele aumentou o tom de voz, tornando-o mais agressivo: "Seu babaca! Acha mesmo que eu preciso socilaizar?! Deixa de ser irritante! Eu só vim porquê não queria lhe deixar a mercê dessas pessoas!"

Nicolas arregalou os olhos e pensou, jamais ele revelaria isso em público! No final das contas, ele realmente é um bom amigo... Não deveria ter lhe dito aquilo.

Quando Nicolas já estava prestes à pedir-lhe desculpas, a garota ao qual convidou-os para festa, apareceu na sala a onde acontecia a brincadeira.

A garota exclamou alegremente: "Olá meus preciosos convidados! Porque a gritaria? Vamos nos divertir!"

Todos presentes gritaram em alegria e, subitamente, ela fez o Florêncio se sentar entre Nicolas e um garoto com feições assustadoras.

Florêncio olhou para ela, mas a mesma parecia diferente, uma aura negra a envolvia. Naquele instante, Florêncio preferiu ficar calado e apenas fingir que estava se divertindo, ele não sairia sem Nicolas, nunca.

O rapaz de óculos girou novamente a garrafa de vidro. Todos na roda pareciam... ansiosos, alguns nervosos, outros com medo. Afinal, caso não respondesse a verdade, teria que arcar com a consequência. E, ninguém quer.