coffee shop | changki (ick + ykh)

chapter fifteen - home.

— Espera...o que?  — Jooheon mal podia acreditar no que estava ouvindo.

— É exatamente isso, queremos que namorem publicamente, mas acredito que não vá ser difícil. Kihyun já é ativista de seu movimento, trará mais atenção para seu debut depois dessa notícia.

— Eu não posso fazer isso, não tem cabimento. Aquela situação foi por acaso, eu estou com Minhyuk agora. — apontou para o loiro, que permanecia calado — Eu não posso simplesmente fingir algo que não existe com Kihyun.

— Não só pode, como vai. — um dos funcionários, o que cuidava da mídia e da imagem de Jooheon, começou a falar — caso você queira um debut de sucesso, essa é sua única opção. Está no contrato que devia seguir todas as ordens da empresa, e essa é uma delas.

— Mas essa decisão é minha também, eu também tenho alguém agora e eu não posso fazer isso com ele, não é justo. E vocês não tem como me fazer chantagem, meu contrato com essa empresa foi única e exclusivamente pra filmagem e fotografia do MV.

— Sim, senhor Yoo, mas nós pensamos que se importaria com a carreira de seu amigo e que isso é para o bem dele.  — o sorriso de um dos funcionários era sarcástico, e aquilo causara raiva em Kihyun.

— De quem estamos falando? Eu não concordei com isso em momento nenhum — Jooheon interrompeu.

— Temo que tenha que concordar, Jooheon.

— Tudo bem, pode até ser.  — o Yoo suspirou profundamente, e deu continuidade — Mas isso não vai durar por um longo tempo, no máximo 3 semanas, quando será o debut de Jooheon. E nada de paparazzi, vai ser tudo planejado, com dia, hora e comportamento marcado. Jooheon e eu iremos receber a mais por isso, e essa vai ser a primeira é única vez que vocês irão se intrometer na vida amorosa dele.

O manager apenas assentiu.

— Então estamos conversados. — Kihyun soava irritado, logo se levantou e deixou a sala de reuniões, desacreditado de tudo que tinha ouvido.

Os outros dois os acompanharam para fora da sala, e logo, para fora do prédio. Quando o deixaram, Kihyun se pronunciou.

— Vamos até a cafeteria, chegando lá eu explico tudo.

Os meninos apenas assentiram e o acompanharam. Jooheon e Minhyuk caminhavam de mãos dadas, enquanto Kihyun esquentava suas mãos nos bolsos de seu sobretudo. O pequeno mantinha seu olhar atento por onde caminhavam, o casal seguia logo atrás, mas por sinal, não havia paparazzi algum.

Assim que chegaram ao estabelecimento, sentaram-se em uma mesa mais afastada e aguardaram alguns minutos até o intervalo de Changkyun. Não demorou muito até que o Im fosse até eles, levando consigo 3 lattes e colocando-os sobre a mesa. 

— Tomem, está frio lá fora, precisam se aquecer.

Ele se sentou ao lado de Kihyun e beijou o topo de sua cabeça. Passou o braço pela cintura do menor e virou seu rosto para selar seus lábios brevemente, sorrindo ladino.

— Como foi lá amor?  — sussurrou baixinho.

— Péssimo,  estou feliz que está aqui agora.  — Kihyun sorriu e roubou um selar do maior. 

Kihyun e Changkyun, quando tinham a presença um do outro, ignoravam tudo à seu redor, a presença do outro era suficiente para prender a atenção de ambos. Enquanto presos em seu mundo, Jooheon e Minhyuk bebericavam seus lattes, se entreolhando, rindo ao observarem o casal.

—  Qual foi? Vocês são piores que a gente.  — Jooheon comentou e foi repreendido por Minhyuk.

O Yoo corou de imediato, mas logo desvencilhou-se de Changkyun para começar a falar.

— Escutem, isso não vai durar muito tempo. Os dois primeiros encontros serão como eles quiserem, mas antes do terceiro, vocês vão pra uma boate juntos. Agora sabemos que paparazzis estão à volta por todo momento, mas caso não, eu tiro as fotos e envio em anonimato para o Dispatch. Nós vamos dar o que eles querem, certo? Mas não do jeito que eles pensam.

— Não sei porque ainda me surpreendo com o Kihyun.  — Minhyuk comentou.  — Ele sempre resolve tudo com calma.

— Você sabe de toda confusão que enfrentamos, eu não vou dar mais um motivo para a insegurança de Changkyun, e você não dará mais uma para a de Minhyuk. —  Kihyun dirigia seu olhar a cada um dos rapazes enquanto falava — Além do mais, teremos outro ato na semana que vem, eu vou aparecer com Changkyun e beijá-lo, você aparece com o Min, e acho que vai ser o suficiente.

— Você não acha que eles vão ficar furiosos?  — Jooheon o questionou.

— Eles querem polêmica pra te promover e ter sucesso no seu debut, as ações da empresa vão subir e eles vão ficar mais ricos, mas eles não vão nos ferir por isso, se vai haver algum estresse, vai ser com eles.

— Obrigado por pensar em tudo isso, se eu tivesse sozinho nessa, eu cederia fácil e sabe-se lá por quanto tempo iria durar isso.  — Jooheon suspirou e então, deitou sua cabeça no ombro de Minhyuk.

— Tudo bem, Heonie, essa situação é culpa nossa, nos desculpem por isso.  — Kihyun dirigiu sua fala aos rapazes que até agora se mantinham em siêncio.

— Está  tudo bem, amor, acho que todos nós sabíamos que seria complicado quando nos envolveu.  — Changkyun mantinha seu tom baixo, brincando com os dedos do Yoo e o fitando.

— Changkyun tem razão, além do mais, o que importa é que está tudo bem entre a gente.  — Minhyuk completou.

Kihyun assentiu e suspirou. Minutos depois, Minhyuk e Jooheon despediram-se do casal e os deixaram sozinhos, seguindo para o apartamento do rapper.

Changkyun ainda tinha alguns minutos de intervalo, mas seguiu com o Yoo para a sala dos fundos, sentaram-se no sofá e se aninharam. O Im envolvia a cintura do menor, que deitava a cabeça em seu ombro e mantinha-se em silêncio, apenas aproveitando o momento ao lado do maior. Kihyun então, ergueu o rosto, levando sua mão ao rosto do de fios acinzentados, virando-o para si e selando seus lábios em um beijo calmo e passional. Ao final, trocaram selares e o menor sussurrou.

— Até quando isso vai durar? Eu quero você por inteiro, sem limites ou regras, isso anda me torturando faz tempo.   — suspirou.

—  Aguente mais um tempo, e eu vou garantir que não seja mais um problema, meu amor.  — Changkyun tinha um tom confiante, desejava que o Yoo se sentisse seguro.

—  Eu amo você.

—  Eu amo você mais ainda.  — Changkyun o respondeu e selou seus lábios uma última vez, deixando-o no sofá para voltar ao seu turno.  

Nada acalmava Kihyun como o Im, naquele lugar, que o trazia tantas boas lembranças, era como se sentisse em casa, e mal sabia, mas era onde estava.