.Despedida.

.9.

Ao levantar meu olhar para ao garoto alto percebi que seu olhar ficava lindo á luz do luar.

- James??

- Alice!!

Meu coração batia em ritmo de alegria, e na minha barriga um grande carnaval se passava.

Ele sentou-se ao meio fio, junto comigo. Sem reação alguma, não sabia o que falar. Virei meu olhar ao brilho da Lua, tentando esconder minhas bochechas que estavam a ganhar um tom vermelho.

- Não me diga que está brava...

- Justamente, não estou.

- Então por que não olha nos meus olhos?

Ele puxou meu queixo deixando poucos centímetros de seus lábios aos meus.

- Eu... Eu não entendo.

- Não entende o que Angel?

Senti meu ar se perder assim como minhas palavras.

- Vamos Angel, me diga.

Peguei meu fôlego novamente e me virei.

- Por que me ignorou?

Ouvi James suspirar.

- Não são dias bons...

Abaixei minha cabeça e imaginei minha mãe falando "Eu disse".

- Mas minhas noites começaram a melhorar!

Sem entender olhei ele, e ele estava há sorri.

- Hoje é uma bela noite, não acha Angel?

Eu fiquei silêncio.

Ele então se levantou, e olhou para o alto.

-Eu menti.

Eu olhei para ele e senti meu coração pulsar fraco.

-Como, como assim?

Ele se virou para mim

- Eu menti para você Alice...

Meu rosto esbanjava preocupação e dúvidas.

Ele virou-se e sorriu.

- Eu disse que não estava apaixonado ao ponto de descobrir a sua casa, e olhe só, estou aqui.

Eu não sabia o que dizer, não sabia como reagir, a única coisa que sabia é que aquilo me deixava feliz.

James estava há de se declarar?

-Vamos Angel, diga algo.

Tentava falar algo, mas minha fala não saía, eu apenas pensava, abria a boca e novamente fechava.

Ele se abaixou direcionado seu olhar diretamente ao meu.

- Alice Angel, eu amo você.

Beijou minha bochecha e virou-se.

Sem reação alguma, apenas com dúvidas vi James Oliver ir embora.

E ali estava eu, paralisada sentada bem no meio fio após ter recebido um beijo na bochecha do cara que me fez chorar a tarde inteira, por um motivo um pouco bobo.

-Alice, venha para dentro, vai esfriar.

Eu levantei me lentamente, e com um sorriso no rosto.

Entrei dentro de casa e ignorei todas as perguntas feita por minha mãe e olhar de confuso que meu pai fazia.

Entrei no quarto e deitei olhando para parede.

- Mas o que diabos foi isso?

Minhas paredes vão me escutar a noite inteira, e meu pequeno caderno vai ter que ouvir sobre o quão a noite de terças me encantam.

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Van Gogh desistiria da morte se percebesse o campo de girassóis que em ti habita. Ele faria de ti uma obra. Como não houve tempo, fez de sua alma, morada...