Cápitulo 1: O parque do circo

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- Se eu sou só mais uma pessoa normal, se há tantas possibilidades melhores do que eu em tantos os aspectos, por que eu?

-Por que ninguém mais é igual a você, e é isso que te faz especial. Você é só um saco de defeitos assim como eu, e isso me encanta.

-Isso foi meloso e depressivo demais pra mim, desculpa



    O dia acabou como qualquer outro, eu fechei a loja em uma noite quente e em uma rua quase deserta. Anna me esperou por perto, conversando sozinha, na verdade, ela estava falando comigo, mas eu estava ocupada demais com aquele molho imenso de chaves na minha frente para prestar atenção nela.

    Mas, quem é Anna? Bem, talvez a história mereça uma pausa para que eu conte um pouco sobre a menina. Anna é uma garota com invejáveis cachos dourados e hipnotizantes olhos verdes, e estou falando no sentido literal, não há ninguém nesse mundo gigantesco que consiga resistir a esse olhar esmeralda, e ela também é a minha melhor amiga.

    Nós nos conhecemos na primeira série, para falar a verdade eu nunca tinha reparado bem nela, e nunca teria o feito, se ela não tivesse jogado uma quantidade ridícula de glitter no meu boneco de girafa. Depois de um pedido de desculpas e o ganho de uma pelúcia nova (Um que ela carregava por todo o lado) viramos melhores amigas. Agora, estamos as duas, sete anos depois, na mesma faculdade e trabalhando no mesmo café.

     Voltando a história. Eu estava ocupada demais com aquele molho imenso de chaves na minha frente para prestar atenção nela:


Samantha: Finalmente! – Disse vitoriosa


Anna: Ugh, que demora, vamos logo, se não, não vai dar tempo de ir em quase nada!


Samantha: Ir?


Anna: Você não estava me ouvindo? –Ela não tinha tom de surpresa na voz, ignorar ela foi ficando mais comum a cada dia que se passava


Samantha: Para ser sincer- Ela me cortou


Anna: A gente vai naquele parque de diversões novo! Nós vamos hoje, lembra?


Samantha: É hoje? Tipo, hoje hoje? –Eu não quero ir, estou cansada e bem estressada, eu não acho que tenho energia nem para chegar em casa


Anna: É, é hoje! – Dizia com um sorriso no rosto, parecia uma criança.


Samantha: Eu tô cansada, não pode ser amanhã?


Anna: Você tá sempre cansada, vamos.


     Ela me agarrou pelo braço e começamos a andar rápido, rápido demais em minha opinião, eu devo ter tropeçado umas duas ou três vezes. Tentando diminuir o ritmo, eu mal conseguia ver para onde estamos indo! m eu consegui passar o olho em uns becos, latas de lixo e postes de energia. A rua era meio escura e abafada, mesmo deserta. Era mesmo o caminho mais seguro?

     Eu estava prestes a abrir a minha boca para intervir quando chegamos a um quarteirão gigantesco, o parque de diversões já era visível através das grades e arbusto que a rodeavam e era ridiculamente enorme. Quando paramos na entrada, encaramos aquilo tudo e Anna ficou animada, mais que o normal, os olhos dela brilhavam uma luz tão intensa que eu já não sabia o que me cegava mais: os piscas-piscas da fachada ou ela

Fantasy ParkWhere stories live. Discover now