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Dedico esse capítulo a todos vocês que foram me perguntar se eu iria continuar essa história, que elogiaram minha escrita. Obrigada, vocês me motivam demais!!

P.s.: ainda estou analisando, tentando decidir se vou mesmo continuar essa historia.
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Sophia

Senti meu corpo paralisar, ele estava ali, em algum lugar, me observando. Eu podia sentir o perigo percorrendo minhas veias. Olhei para os lados, não o encontrei, meu coração já estava quase se acalmando, quando o vi. O homem de moletom cinza, o capuz cobrindo a cabeça e tênis de corrida de um tom bem velho de azul, estava um pouco distante, porém se eu ficasse mais alguns minutos parada ele ia chegar em mim. Só de imaginar a cena meu corpo tremeu de medo.

- Você está bem? - o loiro perguntou.

Balancei a cabeça, mais rápido do que o necessário, voltando a me concentrar nele. Eu precisava agir, rápido.

- Tudo bem. Vamos! - ele me observou, com um olhar curioso.

- O quê? Agora está concordando comigo? - soltou, num tom irônico.

- Não quer mais me dar a maldita carona? - já estava irritada, afinal ele estava me atrasando e se tinha uma coisa de que não podia desperdiçar era tempo, por mais que isso me fizesse parecer uma doida varrida.

- Calma, vamos.

Ele passou na frente e abriu a porta do carro para mim. Eu teria apreciado o gesto se não estivesse tão nervosa. Eu não conseguia afastar a ansiedade do meu corpo, ele estava demorando muito para sair com o carro.

- Será que dá pra ir mais rápido? - vociferei, afinal eu não podia me dar ao luxo de perder tempo e no meu caso era questão de vida ou morte.

Ele tirou os olhos do celular e me encarou, com ar de brincadeira.

- Alguns minutos atrás e você nem queria estar aqui. Você é muito difícil de ser compreendida... seu namorado deve ser um santo.

- Há, não tenho tempo para essas idiotices. - e de fato não tinha. Se eu tivesse um namorado eu ia acabar tendo que escolher entre ele e minha irmã, só que crianças e namorados são como filhotinhos de cachorro, ou seja, demandam muito carinho e atenção, e eu nunca poderia fazer algo assim com ela, até porque eu sou a única pessoa que lhe restou, eu não seria tão terrível a esse ponto, era meu dever cuidar dela.

- Peço desculpas se de alguma forma a ofendi é que na maioria das vezes, as mulheres bonitas são comprometidas. - senti um calorzinho se instalar em meu rosto. Queria bater em mim mesma por reagir assim com um elogio.

- Simplesmente não tenho tempo pra isso. Você provavelmente tem, levando em consideração sua aparência. Aliás, você não acha que ela vai ficar incomodada se souber que uma mulher esteve aqui, sentada no lugar dela?

Agora eu estava preocupada. Não queria estragar o relacionamento de ninguém, nem mesmo desse estranho. Ele viu minhas sobrancelhas franzidas e sorriu.

- Ah, tenho e ela vai te caçar até se livrar de você.

Ele falou em tom de brincadeira, mas esse tipo de coisa não costumava ser brincadeira na minha vida, por isso forcei um sorriso fraco.

- Eu estava brincando. - agora ele estava sério, o tipo de semblante que caía muito bem com as roupas sociais que vestia, que por sinal deviam custar uma fortuna, tentei não pensar muito nisso.

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⏰ Última atualização: Sep 24, 2020 ⏰

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