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- o amor é a única loucura de um sabio, e a unica sabedoria de um tolo.

-desconhecido

Capítulo um

Pessoas dizem que a cada ano, sempre é um recomeço, mas nada muda, pelo menos nao pra mim, meu nome é jude, tenho meus 19 mal vividos, nao vou mentir, tenho muitos amigos, mas nao sou muito chegado a sair como todos os adolescentes da minha idade (mesmo meus amigos me arrastando para todos os roles possíveis), as minhas qualidades, digamos que são extremamentes raras, com sentimentos efêmeros, dificilmente eu sinto qualquer tipo de emoção, talvez pelo fato de que cresci fazendo tudo ao contrário que as crianças da minha classe, enquanto eles zoavam ou estavam fazendo baderna, eu estava lendo teologia sistematizada ou qualquer livro de filosofia, minha mãe achava isso totalmente descabido, ela me levou para psicólogos, analistas, e chegaram a conclusão que meu QI era bem mais alto que os meninos de minha sala, e dificuldade de adaptação vinha da forma que quanto mais QI, menos QE, é… pra ficar mais facil, minha mente fica tão ocupada absorvendo as coisas ao meu redor, observando e pensando que não tem espaço para sentimentos banais, meus amigos dizem que isso é um dom, pois se apaixonar te deixa vulnerável e receoso, isso me deixa curioso. Agora estou me arrumando para uma festa, se eu nao for, meus amigos invadem que nem o BOPE. Acabo de fazer minha higiene pessoal, quando uma buzina toca e olho pela fresta da janela, sao meus amigos.

- VAMOS JUDE, ESTAMOS SEM PACIÊNCIA EINSTEIN- eu mereço… entrei no carro, no banco de trás: estamos eu, Fred, e Kurt, na frente: Paul e Jhon, e o mais seco possivel eu pergunto - festa de quem e onde estamos indo. - paul que esta no volante diz - voce conhecê a may? Ela esta fazendo 18 anos, vai ser legal, vai ser num rancho dos pais dela, tenta se divertir neet- tenho que agradecer a eles, eu nunca iria me adptar se não fosse eles, nunca teria qualquer tipo de amigo, desde a infância eles sempre foram legais comigo. Depois de uns 20 minutos de estrada, observo uma entrada luminosa e cheia de carros, dos luxuosos ate os menos desfavorecidos, chegando na entrada, os seguranças nos barram na porta, perguntando os nomes e um deles diz:

- Qual seu nome mesmo?- ele diz referindo-se a fred, e ele diz -fred mercúrio da silva, senhor- ele olha na prancheta e conversa com o seu outro segurança e diz- seu nome não consta na lista, nao posso te deixar entrar- vejo fred quase que esbravejando de raiva quando observo ao redor e digo- é uma festa privada que nao sao aceitos menores de 18 anos, e pelo que vejo, bebidas, drogas, esta tudo liberado aqui, e seu crachá diz, "cuidador e segurança", estou vendo menores ali, o que voce acha que eu dar uma ligada pra polícia? Nao quer perder seu emprego, né?- e o mesmo esta com um olhar apreensivo e fala no ouvido de seu amigo e ele assenti e vejo sua boca se mexer- Desculpe meu modo cavalheiros, podem entrar- todos me olham surpresos e quando adentramos na festa eu digo - Nao há menores aqui - e todos começam a rir e fred chega ao meu lado e coloca o braço em meu ombro e diz - eu te amo cara, debaixo dessa inteligência toda, esta um ser humano também- queria que ele estivesse certo. Ja sao 23:00 e eu ja estou entediado, resolvo respirar um ar sem cheiro de CC e bebida, saiu pra fora da festa, fico debruçado sobre a parede, enquanto isso puxo meu maço de cigarro, fito meu olhar sobre ele, meu psicólogo disse que o cigarro era um passatempo nada viavel, mas eu nao ligava muito, ele me acalmava e me fazia parar de pensar, meu olhar vai parar numa moça, esta com suas amigas, mas pelo seu comportamento facial e corporal, ela esta prestes a chorar, so que as amigas nao percebem, isso é agonizante, tive uma ideia de fazer minha boa ação do dia, vou chegando pisando forte para elas me notarem, chego a ela e digo alto para que todas possam ouvir -ola posso falar com voce? Meu amigo te achou interessante- todas olhavam para ela apreensiva, e ela assenti e me segue ate no jardim que havia ao lado do rancho, quebrando o silêncio eu digo - pode chorar, se quiser desabafar comigo pode falar, eu li que 90% das pessoas gostam de desabafar- ela fica parada sem entender e ela diz- o que voce esta falando? Como sabia que eu queria chorar?- eu tentei explicar de forma padrao e óbvia, mas no meio da explicação ela começa a lacrimejar e chorar, eu tinha lido quando pequeno que a melhor forma de ajudar uma pessoa que esta chorando é um abraço, e eu o fiz, ela negou por um momento, sem retribuir, ate que ela nao aguentou e me abraçou com uma intensidade um pouco perigosa, dava para sentir toda parte de seu corpo, ela era tipico do padrao masculino, seios fartos, cintura fina, traseira avantajada e olhos azuis, depois de uns minutos ali, ela se acalma, e olha para mim, que estou no olhar para o ceu, ela quebrando o silêncio diz- sabia que um ano em venus sã..- a interrompo -225 dias- ela me olha surpreso e diz- porque voce fez isso por mim?- eu a olho no fundo de seus olhos e digo -queria te ajudar, eu ja te expliquei o motiv..- ela me corta e lança um olhar desafiador e desconfiado e diz - nao venha mentir para mim, voce veio porque eu sou a famosa eleonor, a mais "gostosa" da faculdade- ela diz com um tom sarcástico e egocêntrico, e eu fito seus olhos e digo - voce pode ser tudo isso que diz, eu nao fiz porque achei ou sabia dessa sua fama, eu entendo que voce esteja brava com seu término de namoro e problemas familiares, tentei ajudar somente- eu me retiro do abraço e a encaro, ela esta com um olhar surpreso e calma, calma, arrependida? Ela tenta dizer algo como "desculpa" ou qualquer coisa do genero, mas a interrompo e digo -nao precisa de desculpar, eu sei como é ser cantada todos os dias e ter essa fama, nao é facil voce acreditar assim facil nas pessoas- ela me olha novamente e parece que vai chorar e eu nao sei o que fazer, eu nunca lido algo do gênero: "se a pessoa chorar pela segunda vez, faça isso ou aquilo", ela realmente estava precisando de ajuda, ela nao confia em ninguem, ela nao tinha culpa de ser tao, digamos que.. chamativa, eu apenas por movimento de impulso posiciono minha mão em seu ombro, como sinal de confiança, ela nao entende o gesto, ela fica me encarando e… ela começa a rir eu nao entendo o porque, mas ja consegui mudar seu humor, ja fiz minha boa ação do dia, e em meio as risadas dela eu digo - parece que voce esta bem melhor, eu ja vou indo - ela me olha de um jeito estranho, nunca alguem tinha me olhado assim, nao sei que sentimento ela esta reproduzindo agora, tento nao encarar, me viro, e saiu andando, quando sinto uma mão segurando meu braço por trás e escuto a voz mais mansa que ja vi - por favor, fica - eu nao consegui negar, apenas fiquei ali, conversando com ela sobre o universo e a origem de Deus, e ela ria, indagava, pensava, parecia que era outra pessoa, pra fama dela, ela era bem inteligente, ja estava amanhecendo, a gente nem percebeu. Ate que meus amigos me encontram e acenam de longe  tipo "vamos, esta na hora" e eu digo - obrigado pela conversa, ate mais eleonor- ela encara o chao no momento, e novamente a mania de me segurar pelo braço e ela diz- qual seu nome? - e eu sorrio para ela e digo - jude, me chamo jude, agora tenho que ir, meus amigos estao esperando, ate mais - ela assente e acena para mim. Chegando em casa, Totalmente derrotado, eu durmi o dia inteiro, acordei 17:38, aproveitei o horário de verao, e fui dar uma corrida, passei por quase a cidade inteira, quando vejo eleonor colocando as compras do mercado no carro, ela estava linda, continuo andando, ate que volto meu olhar para eleonor ela esta procurando a chave do carro, e a deixa cair, e nesse momento meu instinto me fez olhar sua bela traseira, fico vermelho, retiro aquela imagem de minha cabeça, ate que um guarda de trânsito chega com um papel e coloca em seu carro, ela logo vê, e fica em choque, ela tem que apoiar suas costas em seu carro para nao cair, ate que guarda dz- ei, voce pode me pegar em dinheiro ou de outra forma- ele diz passando a mão em sua bunda, ela o olha a assustada e diz -eu nao quero fazer isso- enquanto isso ele puxa o braço dela para o beco que esta o lado dela, nesse meio tempo, eu ja estava atras dele, ele se depara comigo, e fica totalmente assustado, e sem perder tempo, acerto um soco que o faz abaixar, dou chute procurando seu nervo, que o faz ajoelhar, seguro o rosto fazendo ele ficar de frente a ela - peça desculpas - ele totalmente sem voz diz - descul..pa - nesse meio tempo acerto sua cabeça na parece e ele cai no chão esvairado, eu pergunto se ela esta bem e ela assenti com a cabeça, e ela arrega- la os olhos, ela parece que me reconheceu e diz com voz manhosa - voce?- eu sabia o que dizer, quando eu ia mexer a boca para falar ela diz- porque isso acontece comigo?- nesse meio tempo ela abaixa a cabeça e suas lagrimas caem no chao como chuva, tento chegar perto dela, e com uma voz mansa e calma tento dizer algo reconfortante - ei, nao perca as esperanças, eu te afirmo, você um dia será a mulher mais feliz deste mundo, e o cara que te fazer feliz, sera o cara mais sortudo de todo o universo - ela sorri, na hora eu senti um frio na barriga, deve ser fome, eu a olho e digo - acho melhor você ir para casa, esfriar a cabeça - ela me olha receosa e diz baixinho - eu queria, mas eu nao posso, fui expulsa de casa, estava fazendo compras porque vou ter que dormir no meu carro e..- a interrompo - tenho um quarto de sobra la em casa, se você nao se importar, pode ficar um tempo la- ela nao diz nada nos primeiros segundos, mas ela acaba sedendo, e assenti com a cabeça, subimos no carro dela, e eu mostro o caminho de casa, chegamos em poucos minutos, eu apresento o quarto de hóspedes, ela disse que achou lindo, eu sorri pela resposta dela, ja estava tarde, deixei ela a vontade, disse boa noite, e ela fez o mesmo, naquela noite nao consegui dormir, nunca havia ficado tao perto de uma mulher antes, os meus instintos estao votando as origens isso é ruim, ela desperta algo em mim que eu tinha sentido antes, eu vou no quintal, faço o que costumo fazer, coloco uma musica classica, escrevo ou desenho (sim adoro desenhar), ja eram mais de 2:00, e encaro o maço de cigarro que estava em cima da mesa, eu nao resisto, pego um, pego dois, pego tres, ate que escuto um barulho de porta abrindo, a eleonor aparece na porta e diz- sem sono?- pego mais um cigarro, ascendo e digo - minha mente nao me deixa dormir- ela vem indignada e para em minha frente e encara meu olhar frio e sem reação, e ela diz- voce nao percebeu?- e digo sem entender - percebeu o que? - ela diz - estou só de sutia e calcinha - eu digo como se fosse obvio - ah, isso, eu realmente nao ligo- ela me olha como se eu fosse um E.T ou algo do genero, e diz - voce é estranho. - respondo - eu sei, por mais que eu odeio como sou, pelo menos me faz ser original - ela fica calada e vem ate mim calmamente, a cada cada passo que ela da para frente, eu dou para trás, ate que a porcaria da parede me impede de fugir, ela me prende na parede, ela esta tao perto de mim, que consigo ouvir sua respiração ofegante, e perto de mim assim, eu podia ver o quanto ela era linda, e a afasto pelos ombros e digo sem jeito - porque esta fazendo isso?- nao deu tempo de terminar, ela selou nossos labios, ela puxa meu cabelo, intensificando o beijo, eu estava ali imóvel, pela primeira vez eu nao conseguia pensar em nada, ela para o beijo pela falta de ar, ela percebe que estava beijando uma estátua, ela num movimento calculado, coloca minha mão em sua bunda, eu fico completamente instável, vejo que ela estava se esforçando para fazer eu sentir qualquer tipo de prazer, ela estava fazendo em forma de agradecimento, por ter sido salva, eu acho, eu nao queria fazer isso dessa forma, e atrapalhando os meus pensamentos ela diz- parece que voce esta duro- eu estava.. digamos que desesperado, ela vai se abaixando, para poder toca-lo, e eu não queria fazer isso daquela maneira, eu simplesmente subo ela ate mim novamente e digo- nao quero fazer isso, outro dia talvez- ela fez uma feição de desentendida e encara o chão - parece que voce esta fazendo por forma de agradecimento, isso me deixou apreensivo e instável, voce é linda eleonor, nunca alguem iria gostar e fazer isso comigo, sou um excêntrico  totalmente descabido - eu toco meu rosto, nao tinha percebido essa lagrima chegar, eu ja sabia que assunto de amor e mulher mexia comigo, eu queria sentir, mas nao conseguia, e simplismente sem olhar para ela saiu de la e vou para meu quarto, fiquei pensando por um tempo, mas adormeci minutos depois.

Ja se passaram quatro dia depois o ocorrido, eu só via a eleonor a noite, e olhe la ainda, mas isso nao me importa tanto, ela sempre que me via, nao me encarava na cara, ela simplismente estava me ignorando, ate que algo interrompe meus pensamentos, é a porta abrindo, ela estava totalmente bêbada, ela ao fechar a porta me fita com os olhos e cai no chão, rapidamente vou ate ela, a pego no colo, e a levo ate a cama, pego o cobertor e cubro lentamente, desço, pego um copo de agua com um remedio para ressaca, e deixo no criado mudo que estava ao lado, me viro para ir embora e ela faz aquela mania de me segurar pelo braço, me impedindo de ir, sua voz rouca e mansa diz- porque voce nao quer ficar comigo jude? Eu nao consigo negar que estou gostando de voce, voce e diferente, eu gosto do seu jeito, parece que unica forma de eu ser feliz é com você - eu a encaro friamente tentando esconder minha timidez e desespero, meu coração dava saltos, e escuto quase que um sussuro  - torta pessego e amora, pode trazer unicórnio -, suavemente chego perto dela, abaixo a cabeça, e beijo a sua testa e digo - descanse - ela assente e vira pro lado oposto onde estávamos, e dorme, ela fica mais linda ainda dormindo, seu cabelo esta sobre seus olhos e boca, eu suavemente a coloco por trás de sua orelha, sorrio e volto para meu quarto, fico pensando sobre o que ela disse, sobre me amar, nao tem como alguém me amar, ela estava embriagada.

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⏰ Última atualização: Jan 26, 2019 ⏰

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