Nota da Autora

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Este é o segundo volume da Trilogia Lua de Fogo. A história meio que forçou sua passagem quando eu estava escrevendo o primeiro, O Mar dos Sargaços.

A bem da verdade, não era para ter nem volume dois, nem três. Era para ser apenas O Mar dos Sargaços. Os Shadow Walkers tiveram uma pequena participação junto das operações dos Atobás. Não resisti à oportunidade de contar a história deles.

O enredo gira em torno de Lara, brasileira, brasileiríssima, e Derek, SEAL da Marinha Americana. Então, precisei estudar um "pouquinho" sobre os SEAL, sua cultura, seu modo de pensar e agir... Foi interessante observar como os militares das forças especiais que já se retiraram do serviço, interagem na internet. Os que estão na ativa não costumam se expor, muito menos comentar suas atividades.

De uma maneira geral, os militares americanos têm um humor irreverente e ácido. Eu diria "sinistro" – usando sua própria forma de descrever o que viveram em batalha e o dia a dia na corporação. Para tudo – é badass para cá e badass para lá. Pelo pouco que consegui abstrair, não existe muita coisa que os espante ou choque...

Eles lidam com o que aparece sempre buscando resolver os problemas que se apresentam de maneira prática. Mesmo quando estão no fundo do poço, não se entregam ao pessimismo. São unidos, diretos, simples, não gostam de enrolações, politicagens, muito menos, guerra de egos. Não se importam muito com ideias pré–concebidas a seu respeito.

São escandalosamente patriotas, porém, espartanos e discretos sobre os seus ofícios. Alguns são paranoicos com questões de privacidade. Sabem ser super respeitosos... Alguns são cristãos fervorosos; outros são viajantes da fé, viajantes do mundo; e estão de boa com a vida, seja a doutrina que for.

Existem os céticos, os cínicos, os excêntricos, os humildes, os tranquilos, os invocados, os arrogantes, os metidos e os estúpidos (como existe em qualquer profissão).

A pesquisa foi praticamente uma só para os três livros. Mas como não consegui garimpar nada concreto do equivalente ao DEVGRU nacional, o nosso GRUMEC, eu me voltei para os SEAL, que possuem muita informação disponível. Eu já tinha a ideia pronta, mas foi graças a gentileza de alguns veteranos SEAL que eu consegui ligar alguns pontos. O que eu não consegui ligar, tive que inventar. Assim, aqui temos uma curiosa mistura de real com fantasia.

Para quem tem interesse no tema "cultura militar," eu pesquisei diversas fontes de diferentes maneiras. Assisti aos filmes militares que envolvem o terrorismo, os países do oriente médio, e incidentes públicos. Os que eu me lembro:

Filmes: Falcão negro em perigo; 13 horas; A hora mais escura; 12 heróis; O Atirador; O Grande Herói; Navy Seals; Franco–Atirador (A versão com Robert DeNiro e a com Sean Penn); Ato de Valor (filme autorizado pela Marinha e feito com soldados de verdade); Castelo de Areia; Restrepo (documentário).

Séries de TV: Homeland, JAG, NCSI e as duas variações (New Orleans e Los Angeles), Six, e SEAL Team da CBS.

Na internet, eu pesquisei as comunidades militares, os blogues pessoais e os vídeos postados no Instagram, Facebook e Youtube.

Um agradecimento especial a J B Allen, que me respondeu muitas questões do cotidiano geral e também por me deixar participar por um tempinho de sua comunidade de treinamento para os Navy Seals e outras forças. Foi onde eu tive a oportunidade de conhecer mais e interagir com os recrutas.

Não poderia deixar de mencionar o livro de um SEAL retirado, veterano do incidente retratado no filme Falcão negro em perigo: o Doutor Howard Wasdin. Em seu livro, ele conta de maneira magistral a sua trajetória como atirador de elite do SEAL Team Six. O esquadrão vermelho. O relato dele é bem detalhado e um incentivo aos jovens que, como ele, foram maltratados/abusados/torturados na infância e converteram a experiência dolorosa em sucesso de vida.

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