Eyelless Jack

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O Eyeless é um dos poucos creepys que, quando se fala nele, pensa-se em dois textos. No caso dele, o relato de uma vítima (a "original", primeira a se espalhar e mais conhecida) e sua origem; mas, de qualquer modo, há algumas linhas entre um texto e outro que não são tão bem explicadas, bem, quando vocês lerem irão entender.

Abaixo deixei na sequência o relato de uma vítima e logo em seguida a origem do creepy (nos Estados Unidos existem outras versões, a maioria apenas fanfics, no Brasil essa abaixo é a mais conhecida).

AVISO!!

O TEXTO PODE SER UM POUCO MEDONHO E NÃO É BOM QUE SEJA LIDO POR MENORES DE IDADE. LOGO ABAIXO DELE DEIXO UM MERO "RELATÓRIO" SOBRE A CREEPY E AS MINHAS TEORIAS SOBRE ELA. A PARTIR DAÍ É SEGURO PARA O PSICOLÓGICO DO LEITOR...

-- CONTÉM TORTURA, MUTILAÇÃO, LINGUAGEM IMPRÓPRIA E MORTE --

RELATO DE MITCH

Olá, meu nome é Mitch, e a história que venho a lhes contar ainda assombra minha mente e me faz repassar repetidamente os fatos procurando um sentido, uma resposta, um por quê.

Eu tinha acabado de terminar um relacionamento e estava extremamente mal, com tudo isso, acabei perdendo meu emprego e tudo foi ficando cada vez pior. Comecei a beber e muito, estava sempre em bares e quase todas as noites ali estava eu, cambaleando pelas ruas e acabando por dormir num lugar qualquer. Diversas vezes fui parar no hospital por excesso de álcool, na minha ficha tinha colocado meu irmão Edwin como contato numa emergência, claro que, depois de isso praticamente virar rotina ele acabou me fazendo ir morar com ele por um tempo até as coisas melhorarem. Eu concordei, sabia que seria bom pra mim e eu eventualmente sairia daquela foça. Estava tudo indo bem e eu estava otimista com meu futuro e ter Edwin perto de mim me fazia bem, eu amava ter ele por perto.

A partir da segunda semana coisas estranhas começaram a acontecer. Constantemente eu era acordado de madrugada por barulhos vindo de fora, a principio acreditava ser apenas um gaxinim ou algo assim então eu ignorava. Depois que isso se repetiu por toda aquela semana, decidi falar com Edwin sobre isso, mas estranhamente, segundo ele, não existia guaxinins na região. Eu comecei a estranhar e a ficar com uma certa curiosidade e medo, porém fui para o mais sensato e cheguei a conclusão de que era qualquer outro animal e eu estava apenas exagerando.

Isso continuou por mais alguns dias até que numa noite eu pensei ter ouvido minha janela abrindo e um estrondo, como se alguma coisa tivesse entrado no meu quarto. Me levantei abruptamente e olhei em volta, mas não havia nada. Na manhã seguinte, Edwin largou a xícara de café quando me viu. Ele ergueu um espelho perto e eu me vi. Eu tinha um corte enorme na minha bochecha esquerda, eu estava tão confuso quanto Edwin, não conseguia chegar a uma conclusão do por quê disso. Acabei sendo levado para o hospital para levar pontos e depois de alguns exames o médico chegou e disse que eu devia ser sonambulo.

"Claro" pensei, fazia sentido, mas meu momento de alivio durou pouco pois logo em seguida ele me mostrou algo que fez o meu sangue esfriar. Minha camisa foi levantada e pude ver um corte enorme na região aonde fica um dos rins. Meus se olhos arregalaram. "Você de alguma forma perdeu seu rim esquerdo na noite passada. Nós não sabemos como. Desculpe, Mitch." ele disse. Eu não conseguia entender, era tudo tão confuso, como, como que eu perdera o meu rim? Eu preferi acreditar que era tudo um sonho e que eventualmente isso tudo iria acabar, porém o que estava prestes a acontecer era demais para a minha sanidade. Era cerca de meia-noite, quando acordei para ver uma visão verdadeiramente horrível.

Eu estava cara a cara com uma criatura usando um capuz preto e máscara azul escura, sem nariz ou boca, olhando para mim, a pior parte, a coisa que fez meu estomago enrolar e me fazer suar frio era o fato de que ela não tinha olhos, apenas vazias órbitas negras, era como se todo o mal estivesse naquela escuridão, e ela me encarava. Eu queria gritar mas não conseguia, meu corpo estava completamente gélido, era tudo muito real pra ser um sonho.

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