_Pai..._ disse baixinho_ Achas que devo ter medo?
_Medo? porque haverias de tê-lo?
_Estás pessoas são todas...estranhas. Podem querer fazer-me algum mau.
_Não filha, não necessitas de ter medo. ninguém ira fazer-te mal!
Olhei para o outro lado da estrada, onde estava o meu pior pesadelo. Não gostava nada de estar aqui, sentia falta da minha escolinha e dos meus amiguinhos, não queria novos amigos, nem colegas! eu já tinha os meus. Mas o pai não entendia isso, que chato. Quero ir para casa!
Não havia percebido mas lágrimas já caiam pelo meu rosto e o gosto amargo dos cereais já me vinha á boca. Que vontade de vomitar!
_Pai, eu não quero. leva-me para casa!_ comecei a chorar e a berrar alto.
_Wendy! eu já te expliquei filha!_ tentou acalmar-me_ O pai não teve opção. Verás que em breve já tens um monte de amigos novos. Não é preciso chorares!
Fechei os olhos com bastante força e olhei mais uma vez para o outro lado. Eu vou entrar, eu já sou grandinha, como o pai diz, tenho que ser corajosa!
_Eu vou entrar pai
_Que bom filha!
Dei um meio sorriso e atravessamos a rua.
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_Meninos! todos sentados!_ gritou a professora_ temos uma aluna nova! como te chamas princesa?
Olhei para todos a minha volta e suspirei. "se corajosa".
_W-wendy.
_Ah! que nome bonito Wendy!
Sorri, eu realmente gostava do meu nome. A minha mãe é que o havia escolhido, antes de ir ver o menino jesus.
_O-o-obrigada_ baixei a cabeça. Estava com muita vergonha.
_ De nada menina. Podes te sentar.
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Luanda
ChickLit"Luanda nunca foi e nunca será a minha cidade" Não julguem o livro pela capa! (...)