Capítulo 2

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Acordei com meu celular tocando, olhei no ecrã e a foto de meu pai com sua mulher apareceu. A vontade que eu tive foi de desligar na cara dele, mas isso só iria fazer com que ele ficasse com raiva ou pior, que me colocasse de castigo como se eu fosse uma criança de 10 anos. O celular tocou mais uma vez em minha mão ate que eu decidisse em atender ou desligar, escolhi a primeira opção.

"passo ai em 15 minutos" falou sem nenhuma cerimônia.

"oi pai, bom dia, como o senhor esta? Tomou café da manhã? Bom, não sei em que mundo o senhor vive, mas no meu as pessoas se cumprimentam assim" falei já sentindo a raiva crescer dentro de mim.

"15 minutos Merilyn" falou e desligou na minha cara.

Levantei atordoada, isso não era pra me incomodar, não mais. Quando minha mãe morreu, ele se aproximou muito das filhas, principalmente de mim que na época tinha apenas 5 anos. Mas com o passar dos anos, ele ficou assim, pouco me lembra do pai que um dia tive. Esse e outros motivos me fazem ser assim, me fazem ter os problemas que ele acusa como drama, como falta do que fazer ou em alguns casos como 'querer chamar atenção'.

Fui direto pro chuveiro, lavar todos sentimentos que são considerados ruins. 15 minutos exatos ele passou na casa da minha prima, peguei minhas coisas, me despedi dos meus tios, recebi um 'juízo' da minha prima e entrei no carro. Foi só eu bater a porta do mesmo que senti que seria uma longa viagem.

"bom dia Marilyn" falou o projeto de Barbie que tem a idade de ser minha Irmã, mas que esta casada com meu pai.

"quando ele estiver bom eufalo contigo" disse já querendo voltar pra casa de meus tios.

"vai ser uma longa viagem, que tal fazermos um jogo?" já estou ficando surda com essa voz aguda dela.

"vamos, o nome do jogo é quem falar primeiro morre, ou seja, se você der mais um pio, eu te jogo do carro" falei com um sorriso amarelo.

"Marilyn respeite Giselle" meu pai falou me encarando pelo retrovisor do carro, mas fingi que não ouvi. 

"valendo" olhei pra ela e vi que ódio estampava em seus olhos. Ótimo, paz absoluta. 

SUICIDAL MINDSWhere stories live. Discover now