Capítulo 12.

23 5 2
                                    

Pov Nina

Dois dias depois

Já fazem dois dias e ainda não a encontraram. Sei que não deveria dizer isso, mas minhas esperanças estão sumindo.

Yoongi disse que eu precisava ser mais forte do que nunca. Ainda não sabemos o que aconteceu, se ela está viva ou não. Mas nossa busca continua.

-Está passando na TV de novo! -Hoseok falou. Todos, principalmente ele estão tristes, ele é o mais próximo da Yeon. Eles se entendem como ninguém.

-E não só na TV, já tem notícias até nas revistas e jornais. -disse o Jimin. -Aqui tá dizendo que a filha de um idol está desaparecida e tem até foto dela. -continuou ele. -Essa menina faz falta.

-Nem me fale. -disse o Jin. -Mas não se preocupem, vamos achá-la.

-Gente!! -disse o Tae pela primeira vez. Todos olharam. -A Nina tem algo a contar. -O QUÊ? Eu pedi pra ele ficar de bico fechado.

-Não, não tenho.

-Sim, você tem. -eu neguei. -Nina, pare! Você não vê que tem a pista chave da investigação. Tem que contar a eles se quiser sua filha viva e bem. -ele tem razão. Não posso esconder deles. Eles fazem parte da família.

-Tudo bem. -disse por fim. -Anteontem eu recebi uma mensagem de um número anônimo dizendo sobre a Yeon. Não sei se era apenas brincadeira ou não.

-E por quê não nos contou antes? -perguntou Nick.

-Ela estava com medo. A pessoa por trás das mensagens ameaçou ela e a Yeon. Ela queria proteger a filha. -disse o Tae.

-Foi por isso que queria tirar a polícia e o xerife do caso? -perguntou o Jin e eu assenti. -Meu Deus, Nina!

-Desculpa gente. Eu queria proteger a Yeon e o Yoongi. Sinto muito mesmo. -comecei a chorar.

Há que momento minha vida se tornou esse inferno? Dias atrás eu estava muito feliz e realizada pela família, trabalho e amigos que eu possuía. E agora, veja só a minha situação. Minha filha está desaparecida, meu relacionamento com minha família e namorado estão indo por água abaixo, minha felicidade está indo embora assim como minhas esperanças.

Por narradora

Ainda com a pequena Yeon desaparecida, sua mãe começava a perder as esperanças. Perder as esperanças sobre seu relacionamento dar certo, sobre sua vida ser melhor. Tudo o que Nina queris era apenas proteger sua pequena do mundo, mas as coisas não saíram como o planejado.

Mal sabia ela que sua filha está em um único lugar onde a polícia não procurou ainda.

Por mais que a Yeon esteja desaparecida a dois dias, os meninos teriam que voltar para suas rotinas. E seria uma ótima opção, assim ocupariam suas mentes.

Por Nina

Já se passaram uma semana e nada da minha pequena. Já reviramos cada pedra, cada lugar da Coreia do Sul e não encontramos nada. Nenhuma pista, ninguém sabe e nem viu nada.

As esperanças vão morrendo aos poucos.

-Nina?! -disse o Jin adentrando a sala. Respondi somente um "Hum?" e ele prosseguiu. -Já reviramos cada cidade, cada pedrinha e não encontramos nada, nenhuma pista. Não acha que devemos suspender as buscas?

O quê? Ele está ficando louco? Só pode ser isso... Minha filha está desaparecida a uma semana e ele quer suspender as buscas?

-Não. Nós devemos continuar. Não vou ter paz e nem vou conseguir dormir bem sem a minha filha.

-Ma… -ele foi interrompido por alguém gritando.

-Nina? Nina? Nina? -era a voz do Jimin.

-Pra que isso menino? -perguntei.

-Olha isso… -me mostrou uma revista. -Olha bem, nós procuramos pela pequena nos lugares que ela frequentava. Isso está errado. -concluiu.

Foi quando reparei na foto da revista. Parecia um hospital abandonado, mas tinha uma matéria surpreendente.

Antigamente usavam essa hospital para levar crianças e adolescentes que eram sequestrados para maltrata-los.

-Sei que pode ser besteira minha, mas e se ela estiver em um desses lugares?

-Vamos avisar o chefe de polícia e ir pra lá o mais rápido possível.

-Vão aonde? -perguntou o Yoongi aparecendo do nada.

-Temos uma pista de onde a Yeon possa estar, amor.

-O quê? Como descobriram?

Explicamos tudo pra ele e fomos para o local. Passaram-se horas e nada. Quando estávamos indo embora, ouvimos gritos seguido de choro.

-Vocês vão lá pra fora. Nós vamos entrar. -disse o policial.

Foi tudo muito rápido. Estávamos saindo mas paramos no meio do caminho quando alguém pega no meu braço. Fiquei assustada. Tinha um homem robusto e mascarado apontando uma arma pra minha cabeça.

-Se afastem ou ela morre! -anunciou o mascarado.

-Por favor me deixa ir embora. -comecei a chorar. -Eu só quero minha filha. Por favor.

Estava implorando demais, o mascarado estava perdendo a paciência. Yoongi se afastou e voltou alguns segundos depois com alguém em seus braços, ele estava chorando muito e percebi que era a Yeon. Seu pequeno corpinho magro e fraco no colo do pai, parecia sem vida. Foi ai que chorei mais ainda. Eu não poderia ter perdido minha filha.

Não, não, não! Isso não!

Por Yoongi

A semana passou rápido, fazendo exatamente uma semana que a minha fadinha desapareceu, eu e a Nina afastados, muita coisa rolando na empresa.

Tinha acabado de chegar do ensaio e encontro a Nina, Jin e Jimin de saída. Me disseram que tinham pistas de onde nossa fadinha poderia estar e fomos pra lá.

Chegando lá, o policial disse que era impossível de ter alguém nesse hospital até onde sabemos estava abandonado.

Mas mesmo assim minha forte e durona Nina bateu o pé e disse que não sairia dali até revirarem o hospital. Dito e feito. Fizemos isso e não encontramos nada. Quando estávamos saindo do mesmo, ouvimos barulho de algo caindo, depois um grito de criança e um choro. Logo depois o silêncio se tornou presente. Só dava para ouvir o barulho de nossas respirações.

O chefe de polícia e seus colegas disseram que iriam olhar em volta antes de irem embora, mas nos pediu para sairmos com cuidado.

E fizemos isso… Até aquele momento. A terrível sensação de estar sendo seguido começou, até alguém puxar o braço de Nina e fazer dela "refém".

Fizemos tudo o que o mascarado pediu. Foi quando eu olhei para trás. Vi uma porta ali e um corpo magro perto da cama, no chão.

Me aproximei aos poucos mas parei quando reconheci a criança. Era ela. Era minha Yeon. Seu corpinho magro estava frio, peguei ela nos braços mas não consegui sentir sua pulsação. Começei a chorar. Não sabia o que fazer.

Saí com ela daquela sala, a Nina estava tão nervosa mas quando viu nossa pequena ficou chocada. Ela começou a chorar desesperadamente.

Antes que eu pudesse fazer algo com o mascarado, o chefe de polícia aparece com os policiais. Chamaram a ambulância e tudo. Levaram o mascarado para depor na delegacia.

Fui ate a maca e coloquei minha pequena lá. Mediram a pulsação e deu tudo normal. Ela está bem e está a salva. O pior pra ela já passou.

-Eu disse que iria encontrar ela. -eu falei olhando para a Nina. -Eu te amo.

-Obrigada. Te amo. -acho que estamos resolvidos.

Agora vai ficar tudo bem, pequena! Vamos te proteger de todo o mal.

🍀🍀🍀🍀

Continua...

Mudanças!Onde histórias criam vida. Descubra agora