Me reduza a pó
Não quero mais ser assim,
Tão só.
Estive caminhando
E caminhando
Um circulo eu formei...
Olhando para trás
Olha, que bagunça eu deixei.
Mas, ela não me deixa...
Nem dela posso escapar,
Corre rápido, logo atrás de mim.
Como um buraco negro,
Abre sua boca gigante, ameaça me devorar....
Aos seus pés, avisto
se é que é possível
Meu reflexo, que ecoa
Neste vazio.
Enquanto sou eu a responsável
pela minha salvação
jamais estarei livre
Não posso arrancar meu coração
Não há esperança, então.
...
Não?
Sim.
Mas, ela não veio de mim.
Chegou rápido assim,
com um clarão.
Raio e trovão
Estava consumado.
Tudo havia mudado.
Me reduza a pó
Não quero mais ser assim,
Tão só.
Crie-me a partir do nada
Faça de mim
Tua filha amada.
YOU ARE READING
Ponta solta, Origem do universo
PoetryPoesia é algo indescritível... Mas, fácil de identificar. Você consegue se identificar?