Chapter VI - The One Where Eddie Won't Go

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  (Tirado do episódio 19 da 2ª temporada.)  

Eu sabia que não iria aguentar conviver com o Eddie pelo fato de ele ser um pouco na dele. Queria alguém ativo vivendo comigo, para conversar sempre, assistir aos programas comigo ou jogar pebolim. O Eddie não era essa pessoa. Isso era o que me fazia sentir falta do Joey. Muita! Eu comentei com a Phoebe sobre ele não ser muito fã de pebolim.

"Uh-oh. Não estão se dando bem?"

"Ele é legal e tudo mais. Mas fica muito tempo dentro do quarto."

"Talvez precise passar mais tempo com ele para o conhecer melhor."

Phoebe pegou a bola de tênis da minha mãe e jogou contra a porta dele. Ele saiu e perguntou o que era aquilo, mas a Phoebe já tinha sua ideia em mente e o chamou para se juntar a nós, tomar uma cerveja e conversarmos para o conhecer melhor.

"Sim. Seria legal", disse Eddie.

"Ah, que bom!", respondeu Phoebe antes de inventar uma desculpa e nos deixar a sós. "Ah, não. Preciso ir. Estou atrasada para... uh, para o meu grupo de discussão Green Eggs and Ham. Vamos falar dos perigos de comer no trem. Divirtam-se! Tchau!

"Isso foi tão ruim", falei sussurrando para Phoebe.

"Eu sei. Agora fale com ele."

Então começamos a conversar e vi que ele era um cara legal, que podíamos passar tempos juntos, sim. De um assunto a outro, entramos sobre relacionamentos e ficamos falando o motivo dos términos de namoro. Ele começou a falar da sua ex, a Tilly.

"Eu tenho uma engraçada, vou contar. Minha última namorada, Tilly. Ok, nós estávamos tomando café da manhã, certo, e eu fiz todas aquelas panquecas. Havia umas 50 panquecas lá. E de repente ela se vira para mim, até aí tudo bem, e ela diz 'Eddie'. Eu digo 'sim', ela diz 'Eddie, eu não quero mais ver você'. E foi literalmente como se ela tivesse atingido meu peito, arrancado meu coração e o espalhado em pedaços na minha vida, sabe? E agora há esse incrível abismo, entendeu? E eu estou caindo e continuo caindo e acho que nunca vou parar", Eddie termina rindo de nervoso. "Essa não foi uma história tão engraçada, foi?", perguntou seriamente.

Foi aí que eu percebi que o Eddie não era normal. O Eddie era... MALUCO! Sim, maluco! Tive ainda mais a certeza disso no dia seguinte, quando a Tilly veio trazer seu aquário e logo em seguida ele chegou em nosso apartamento. Falou com ela, que ainda estava na porta, depois de alguns minutos se despediu e fechou a porta. Assim que fechou, perguntou se eu havia dormido com ela. Para completar, disse que eu matei o seu peixe. EU NÃO MATEI SEU PEIXE! NÃO HAVIA PEIXE! Depois arranjou um peixe de farinha de trigo, acho que era um biscoito amanteigado, pôs dentro do aquário e disse que tinha um novo peixe. Eu disse: O cara era maluco! E eu estava amedrontado com ele.

Ah, e imagina você acordar no meio da noite com o seu colega de quarto olhando enquanto você dorme? E ainda ter a cara de pau de falar que das outras vezes teve que se esconder para não ser visto? Não. Não dava mais para conviver com o Eddie. Naquela mesma hora que eu acordei, eu disse para ele ir embora de lá. Não queria mais ele morando comigo. Adiantou de algo? Nããão. Quando voltei do trabalho e fui entrando de mansinho no meu apartamento, ele ainda estava lá e eu tomei um susto quando se levantou de repente por trás do balcão.

"Eddie, o que você ainda está fazendo aqui?"

"Desidratando frutas e legumes. Cara, isto é fantástico!"

"Não esqueceu de nada?", perguntei.

"Sim, comprei um peixe novo. É mais vivo que o outro.

Chandler Bing: Meu colega de quartoOnde histórias criam vida. Descubra agora