Blue Tokyo

wild

Gun arfou, deixando seu corpo mole e sendo sustentado apenas pelos braços firmes de Off. Sua cabeça pendeu para trás, fornecendo uma visão convidativa para o homem que ainda o pressionava contra a parede. Off já podia enxergar a marca arroxeada que deixaria ali e um sentimento nostálgico preencheu todo o seu ser. Como sentia saudade daquele pescoço, da suavidade e de como o baixinho estremecia sempre que seus lábios faziam contato com a pele alva.

- Vai ficar só olhando? – de olhos fechados e sorriso malicioso, Gun pronunciou, retirando a atenção do mais velho de seu pescoço.

- Não sei se devo. – confessou. Os olhos de Atthaphan se abriram lentamente, podendo enxergar claramente a feição que se estabelecia no rosto do outro. O quarto não estava totalmente escuro, então ele conseguia ver perfeitamente cada traço do corpo do homem. Seus lábios entreabertos que deixavam pequenas lufadas de ar a cada segundo, as bochechas coradas em contraste com a brancura de sua pele, seu cabelo bagunçado e o olhar luxurioso. Os tons azuis provindos da mudança da madrugada para a manhã preenchiam o ambiente, e Off não podia estar mais lindo com a mistura daquelas cores.

Com um impulso para frente, o menor desencostou-se da parede, atento ao olhar do outro. Passou os braços ao redor de seu pescoço e enredou os dedos no cabelo negro e que precisava urgentemente de um corte.

- Não me olhe assim – pronunciou o mais velho – Ai, por Buda...

O beijo que se seguiu foi mais calmo que o último, por incrível que pareça. Com cuidado, Off se dirigiu cegamente à cama e repousou seu nong, o qual deitou-se graciosamente, mordendo os lábios e esperando o próximo passo do homem.

O mais velho subiu na cama, ajoelhando-se entre as pernas de Gun e deixando que seu rosto pairasse sobre o do outro. Sua mente estava em branco, o garoto que no momento acariciava sua bochecha era tudo o que podia pensar, tudo o que importava.

- Eu nunca quis ser tão mau... – as palavras saíram quase inaudíveis, contornando devagar com o polegar a boca vermelhinha e inchada do garoto sob si.

- Então seja a minha paz, Papii. – Gun sussurrou de volta, inclinando seu corpo até que a respiração de ambos estivessem perto o bastante para se misturarem.

Em um segundo, Off puxou os lábios do garoto entre seus dentes, apreciando o suspiro que o mesmo deixou escapar. Quanto mais o beijava, mais Jumpol sentia falta do gosto de sua boca e mais ele se sentia sedento. Suas mãos percorriam todo pedaço de pele que encontrava pela frente, matando o desejo adormecido de tocar naquela pele macia que só o mais novo tinha. Seus olhos correram toda a extensão do corpo abaixo de si, tudo nele parecia ser tão perfeito... Seus braços e suas mãos pequenas que seguravam com afinco o lençol do colchão, suas pernas curtinhas e coxas torneadas, as quais caminhavam para enlaçar-se ao seu redor. A cintura fininha e sua bunda carnuda e macia. Off apertou com firmeza as duas bandas da bunda do mais novo, recebendo um "ai" involuntário do mesmo. Riu em deleite, enchendo as duas mãos com o excesso de carne e trazendo o quadril do outro para mais perto de si.

O tão esperado pescoço finalmente virou seu alvo e o mais velho fez questão de fazer tudo o mais lento possível. Lentidão era o ponto fraco de Atthaphan e ele sabia disso. Traçou uma linha de pequenos beijos desde o maxilar até a clavícula, retornando o caminho com a língua e chupando um determinado ponto. Gun puxou seu cabelo e sem mesmo olhar para o seu rosto, o mais alto teve a certeza: ele estava se segurando para não gemer.

- Você não precisa se segurar assim. – Jumpol sussurrou em seu ouvido, passando a pontinha da língua pelo lóbulo logo em seguida, arrancando um suspiro do mais novo.

- Eu não to... Ah – apertou novamente a bunda do garoto por cima do tecido fino da cueca, trazendo seu quadril mais uma vez para cima, dessa vez indo de encontro ao seu próprio, tomando nota mental de não ceder aos seus instintos e arrancar aquela única peça de roupa que restava no corpo do baixinho. Queria aproveitar cada segundo daquele momento, sabia-se lá quanto tempo demoraria para acontecer novamente – se acontecesse.