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         Eu olhava fixamente para uma pequena gota d'água que escorria pela folha de uma planta. Mas minha atenção foi voltada para Emilly Betsy, minha única amiga. Por ser ruiva era mais branca que o normal, seus olhos eram grandes o que deixava uma marca registrada no seu rosto, eu a considerava mais bonita do que as outras garotas do colégio mais ela pensava diferente de mim.
    Ela foi a única pessoa que em todo o ensino médio ousou falar comigo.
    — Só falo o necessário. — Engolir meliciosamente a trufa.
    — Isso não é necessário. — Ela sinalizou para minha garganta. — Tenho algo para te contar.
    — Fala logo.
    — A festa Raven que todos os anos a familia da Kate dá está planejada para o dia trinta. — Nunca fomos convidadas, não eramos notadas o suficiente para receber um convite dourado com fitinha cor de ouro e perfumado. Não eramos ninguém para eles. — Eee — ela continuou.
    — E isso cheira a confusão. Emilly bufou, ela esperava outra resposta minha.
    — Trina Dixon, nós vamos e ponto. Eu poderia arranjar vários argumentos que pudessem ser ao meu favor, mais discutir algo tão desnecessário com Emilly Betsy séria algo difícil de acabar.
                  * * *  *  *  * * *

    Tive uma súbita dor de cabeça quando vir como a casa estava. Roupas espalhadas pelos cantos, pratos com comidas, e móveis revirados. O que havia acontecido?
    — Acho que você tem uma grande bagunça pra arrumar. — Minha mãe que havia aparecido do nada veio andando até o meio da sala. — Quero está casa limpa antes que eu chegue ok? Você têm no máximo duas horas pra fazer isso, tempo suficiente.
    — E pra onde você vai? — Eu sei que seria perca de tempo argumentar com ela,  sua frieza era algo dificil de ser explicado.
   — Preciso resolver algumas coisas que felizmente não se remetem a você.
     Seus saltos agulha fizeram um barulho que para mim soava insudanserdor, sua figura me assustava, sua forma de falar e o olhar ao que se dirigia a mim a todo o momento em que eu estava em sua sombria presença.
    Só tenho duas horas pensei , antes do seu retorno. Não era tão dificil de ser feito, com bastante esforço conseguir terminar antes mesmo do tempo. Ao final de tudo percebir o quanto estava exausta, e a dor de cabeça ainda pescentia.
      — Não entendo porque sua mãe não deixa você ter um celular. — Emilly havia vindo até aqui com uma história de que havia dever de casa pendente. Mas eu sabia que aquilo seria para enganar a minha mãe assim permitindo a sua entranda na casa. — Ah já sei, talvez porque ela tenha medo de que você marque de fugir com algum garoto ou alguém e assim ela terá que fazer tudo sozinha. Não é?
     E se Emilly esteve certa? E se minha mãe tivesse medo de que eu fugisse para sempre e ela não tivesse mais quem ter como servo? Eu para ela não era nada, e no fundo isso não mim encomodava, ou eu fingia não encomodar quando o coração começava a partir os únicos pedaços que aindam restavam.  

   PATRONIX: FOGO E GELOOnde histórias criam vida. Descubra agora