Simplesmente É Amor

Você Pode Me Perdoar?

Hermione acordou assustada no dia seguinte com seu despertador tocando. Havia adormecido em meio as suas lembranças de Draco. Sem vontade nenhuma, se levantou e foi tomar banho.

Deixando a água cair pelo seu corpo, esfregou o rosto e passou a mão pelos cabelos.

“ - Você tem que esquecer Hermione, agora sim, se focar ainda mais no que quer, porque o que importa agora é ir para Beauxbatons, nada mais.”

Pensava a morena ainda chateada pelo ocorrido do dia anterior.

Saiu do banho, se arrumou, pegou suas coisas e desceu para tomar o café da manhã.

- Bom dia mãe, pai. – disse a morena depositando um beijo na bochecha dos dois.

- Bom dia filha, não a vi chegando ontem.

- Ah mãe, estava cansada e fui direto pro meu quarto. – mentiu

- Mas foi tudo bem lá com Draco? – Jane conhecia sua filha, sabia que tinha algo errado.

- Na verdade mãe, nós terminamos.

Os dois pareciam muito surpresos.

- Mas minha filha, o que aconteceu? – perguntou o pai da morena.

- Não dava mais certo pai, nós tínhamos pensamentos diferentes, estávamos brigando muito, foi melhor assim. – a morena preferiu omitir o que realmente tinha acontecido.

Antes que seus pais pudessem falar algo, Harry chegou à cozinha cortando o assunto.

- Bom dia família – disse sorridente.

Harry acordara de muito bom humor. Todos responderam e se sentaram à mesa para tomar o café matinal.

Depois de terminarem seus desjejuns, Harry e Hermione se dirigiram à escola. Assim que passaram pelo jardim e chegaram à rua, Harry parou na frente da prima, impedindo a mesma de continuar andando.

- Se você está pensando que vai fugir de mim, está muito enganada. Anda, me conta o que aconteceu ontem.

Enquanto eles caminhavam em direção à escola, Hermione contava tudo para o primo nos mínimos detalhes, que prestava muita atenção. Neville, que eles encontraram no meio do caminho também estava atento a tudo.

- Ah não, nenhum garoto leva Astoria Greengrass pro quarto só pra conversar – disse Neville reprovando a desculpa que Draco havia dado.

- Cara, qual o seu problema? – perguntou Harry indignado com a falta de noção do amigo.

- Tudo bem, não tem problema – disse a morena.

- Desculpa Mione, não falei na intenção de te chatear, mas é pra você ver que ele não vale nada, e que pode não ter te traído, mas estava de olho nela. – se explicou o moreno.

- É Nev, eu sei. Perdi meu tempo com aquele imbecil, e pensar que eu achava que ele gostava de mim.

- Prima não fica assim – disse Harry a consolando – Se ele fez isso é porque ele não te merece. Você vai encontrar alguém que realmente te ame, que te dê valor e que te apóie em tudo que você quiser fazer. Você é linda, não merece sofrer por causa de um idiota desses.

- Obrigada Harry, mas por enquanto não quero encontrar ninguém. A única coisa que eu quero é passar pra faculdade que sempre sonhei – disse Hermione encerrando o assunto.

Chegando à escola, a morena foi até seu armário, o abriu, guardou suas coisas e o fechou. Ficou ali por uns minutos encostada, pensando que não esperaria mais o ex-namorado como sempre fazia. Suspirou e entrou na sala pra realizar a prova.

O resto da semana ocorreu normalmente, já era sexta feira e o último dia das provas finais.

Assim que o sinal tocou, Hermione saiu da sala com um sorriso gratificante, sabia que tinha feito um bom trabalho. Foi caminhando em direção ao seu armário distraída, quando viu Draco. Ele a estava esperando.

- Com licença – disse Hermione ríspida.

- Mione, eu queria conversar com você – disse o loiro dando espaço para a morena abrir seu armário.

- Não me chame assim, não temos mais intimidade. Bom, fale. O que quer?

- Poxa, não precisa me tratar desse jeito, pensei que poderíamos ficar amigos.

Hermione fechou seu armário com força.

- Amigos? Você só pode estar de brincadeira Malfoy. – disse já irritada – Você acha que eu vou querer ser sua amiga depois do que fez?

- Mas Mio... quer dizer, Hermione. Já te pedi desculpas, por favor, gosto muito de você, não queria que ficasse magoada comigo.

- Gosta muito de mim? – a morena riu debochada – Se você gostasse de mim e não quisesse me ver magoada não teria feito o que fez.

- Sei que você acha que eu te traí, mas eu juro que...

- Draco – ela suspirou – não precisa me dar mais nenhuma explicação. Olha eu realmente queria esquecer tudo que aconteceu, mas não dá. Você me enganou de qualquer jeito, e mesmo que eu quisesse, não daria pra sermos amigos.

- Bom, entendo. Mas pelo menos você pode me perdoar? Sei que agi errado. – o loiro disse arrependido.

- Está muito cedo pra isso Draco, não estou pronta pra te desculpar ainda, tudo está muito recente. – disse a morena abaixando o tom de voz.

- Bom Hermione, pelo menos eu tentei. Espero que consiga realizar tudo que deseja, se cuida. – se despediu o loiro, depositando um leve beijo em seu rosto.

Hermione fechou os olhos com força. Sentiu um aperto no coração muito forte. Ainda gostava de Draco e ter que tratar ele da forma que tratou simplesmente a destruiu. Ela sabia que não podia voltar atrás. Abriu os olhos e observou ele se distanciando.

“ - Droga Draco, porque você teve que estragar tudo?” – pensou

Limpou a lágrima que escorria pelo seu rosto e seguiu em direção à porta da escola.

Na saída da escola era só festa, como era o último dia de aula todos os alunos estavam fazendo a maior bagunça. Era chuva de confetes de um lado, spray de espuma do outro. Hermione foi à procura de seu primo e de seu amigo. Quando os avistou não se conteu, caiu na gargalhada. Neville e Harry estavam imundos, com confetes grudados em seus corpos graças ao spray que haviam jogado antes.

- Meninos, vocês estão muito engraçados – disse a morena contendo o riso.

- Como se atreve a rir de nós mulher? – disse Neville ameaçando jogar spray na morena.

- Não, nem pense nisso – disse Hermione chegando pra trás.

 - Harry, segura ela!

Antes que pudesse correr, Harry segurou a prima e Neville não perdoou, jogou o spray de espuma nela inteira e logo em seguida tacou os confetes.

Os três caíram na gargalhada. Hermione naquele momento se sentiu bem, se sentiu alegre apesar de tudo. Sentiu que tudo daria certo dali pra frente.