Blecaute

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Depois de 10 horas de viagem, Natália e seus pais, e James, chegaram na cidade de Riga, na Letônia. Sem demora, eles logo foram para o porto da cidade. Aquele país estava a poucos anos com a União Soviética, em uma época muito próxima de quando havia acabado de ser dominado por aquele regime. Uma situação que ajudou, em partes, para que eles passassem despercebidos.

Já no porto marítimo, James deu para os pais de Natália uma folha com as coordenadas e mapas de onde eles teriam que ir quando chegassem na Suécia.

J: E é aqui... - apontando para um mapa - ... que vocês vão conseguir o apoio com os demais moradores dessa região.

- Mas a gente talvez consiga um emprego por lá também. - respondeu sorrindo o pai de Natália.

Depois de alguns minutos em silêncio:

N: Tchau. - se despediu Natália friamente, mas com leve sorriso.

- Vocês não vem com a gente? - perguntou a sua mãe.

Natália olhou para James e suspirou.

N: Não. A gente tem assuntos pendentes pra resolver.

- Então, tá. - respondeu triste - Se cuidem, crianças.

- Não são bem 'crianças', amor. - retrucou o marido sussurrando.

- Olha pra eles, tão jovens.

- Muito obrigado! - agradeceu o pai de Natália enquanto incentiva a sua esposa a andar mais rápido para alcançar o navio.

Eles logo entraram no navio, e depois de alguns minutos já estavam partindo rumo a Suécia. Natália e James ficaram olhando aquela cena do porto.

J: Porque não quis que eles soubessem que era você? - perguntou James em relação à Natália não ter revelado que era a filha deles

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J: Porque não quis que eles soubessem que era você? - perguntou James em relação à Natália não ter revelado que era a filha deles.

N: Eu... - Natália parou de falar por momento pensativa. - ...não queria que eles vissem quem eu me tornei. - revelou. - E é melhor não haver mais laços sentimentais na minha vida. Já tenho o suficiente. Gente como nós precisa estreitar o 'círculo'.

Eles ficaram alguns minutos em silêncio enquanto viam o navio se distanciando cada vez mais.

J: Precisamos decidir pra onde vamos agora.

N: Aqui não parece um lugar ruim.

J: Não acha que é melhor sairmos desse território? - perguntou se referindo a toda a extensão da União Soviética.

N: Éh...

J: E o que a gente faz agora?

N: 'Ser feliz'. - respondeu Natália sorrindo.

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