1 Capitulo♡ Boas vindas a Cath!

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Com seus oculos escuros da ultima coleção da maior grife de roupas e oculos da capital, Catarina estaciona seu carro com o som no ultimo volume e mascando seu chiclete enquanto arruma o seu cabelo em frente ao espelho do carro. Ao som de Britney Spears e suas musicas de 2004, Cath dança enquanto procura sua bolsa, abre um sorriso acha-la em meio a bagunça de seu carro e sai do carro.
Senhor Edmundo o porteiro do predio ja abre um sorriso largo ao ver a garota caminhando com sua mini saia jeans e seu salto alto.
-Boa tarde senhor Edmundo! -Comprimenta o porteiro com um "tchauzinho".
-Boa tarde dona Catarina! A sua mãe acabou de subir.
O velho porteiro adorava soltar algumas informaçoes, seu Edmundo sabia que Catarina nao se dava muito bem com sua mae, alias não só seu Edmundo, mas todos do prédio.
Ao ouvir que sua mãe tinha acabo de subir, Catarine desfez o seu sorriso e apertou o elevador para subir.
O décimo primeiro andar. Pegou as chaves de sua bolsa e abriu a porta dando de cara com um sapato tamanho 43 e um cara espojado no sofá tomando um copo de vodka.
Catarina não acreditou no que estava vendo, tirou seus oculos e abriu sua boca de tão surpresa que ficou.

-Mãe! -Gritou a garota enquanto entrava e olhava tudo em volta.
-Ola! Eu sou Gabriel. E futuramente serei o seu papai. -Disse o jovem abrindo um sorriso.
Catarina respirou fundo e foi até o quarto de sua mãe, abrindo a porta rapidamente.
-Quem é esse cara que esta la no sofa da sala?
Sua mãe estava enrolada com lençois enquanto mexia no celular.
-Meu novo namorado. -Respondeu olhando fixo para o celular.
-Como? Ele vai morar aqui agora? Por que nao me avisou nada?
-Porque eu nao preciso te avisar nada??
Com seus olhos cheios de lagrimas Catarina segura forte a maçaneta da porta.
-É mais um que voce vai trazer pra aqui?
-Desde quando eu trago homens pra morar aqui?
-Respondeu sua mãe colocando o celular em cima da cama.
-Mas sempre me troca por eles.
-Catarina! Voce ja tem vinte anos, nao sabe o que quer da vida. Não vou parar a minha vida por causa de voce.
O que voce quer? Que eu mande ele ir embora porque voce nao quer homens aqui?
-Eu quero que voce me trate como uma mae de verdade. -Disse com suas lagrimas caindo sobre o rosto.
-E voce acha que eu me acabo trabalhando todos os dias naquele maldito escritorio pra quê? Pra te dar essa boa vida.
-Essa cara parece que tem a minha idade.
-Ele fez vinte seis anos semana passada, é de escorpião me signo favorito. Voce acha que libriana combina? vou ver aqui no meu mapa astral.
-Mãe!? Voce parece uma adolescente. Olha pra voce.
Sua mãe retira os seus oculos de grau e coloca o celular em cima da escrivaninha ao lado.
-Estou aproveitando a minha vida. Tenha todo esse direito.
-Você não se preocupa em saber se estou bem. Não se importa comigo, dar mais importancia a uma pessoa que a apareceu um dia desses aqui em casa.
-Não venha com seus dramas por favor. -Disse se levantando e indo para seu closet.
Catarina balançou a cabeça negativamente e saiu do quarto da mãe.
Passou pela sala e o novo namorado de sua mãe estava apenas de cueca deitado no sofa com o controle da tv na mão.
Ela foi para seu quarto se sentou na beira de sua cama.
-Ela nunca gostou de mim. -Disse para si mesma.
*****
No dia seguinte Catarina se levanta de sua cama e já ouve altas gargalhadas. Com seu pijama de ursinhos, ela vai ate a cozinha e ver sua mãe sorridente preparando café para Gabriel.
-Nunca fez isso pra mim, estava sempre ocupada. -Disse ela.
Irene se vira colocando a xicara na mesa.
-Primeiro bom dia! -Disse
-Ele vai morar aqui? -Perguntou.
-Ja te disse o que sobre isso, Catarina?
-Se esse cara vai ficar aqui!
-Vai! Vai morar aqui. A casa é minha e eu faço o que bem entender dela.
-Então escolhe, eu ou ele.
Sua mãe abriu um sorriso de deboche.
-Mas voce esta muito imatura.
-Responde! Eu nao aguento mais voce colocar seus namorados como prioridade.
-Cala essa boca garota!
-Olha como fala comigo, de igual para igual. Como se nao fosse sua filha.
-Catarina! Vai pra seu quarto.
-Me diz quem voce prefere.
-Ah! Voce quer que eu escolha? Então esta bem. Eu escolho Gabriel. Pronto! Não queria isso? E agora? Vai fazer o que?
Catarina volta para seu quarto correndo, fecha a porta e encostada nela começa a chorar.
Pega seu celular em cima da cama e se senta.
Alo?
Oi minha sobrinha!
Oi tio Beto.
Como vai minha linda?
Preciso que me leve na fazenda do meu pai.
Mas o que aconteceu?
Não quero mais ficar aqui.
O que houve Cath? Brigou com sua mae mais uma vez?
Eu quero que me leve.
Catarina desliga o celular e joga na cama.
****
Esperou sua mae sair para trabalhar e arrumou suas malas e as puxou até a sala.
Umas cinco malas com detalhes de oncinha, seus oculos escuros, seu salto alto.
Com a ajuda do porteiro e do seu tio, Catarina leva as malas até o carro onde seu tio vai colocando na mala.
-Eu até agora não entendi. Ja brigou tantas vezes com sua mae, mas nunca pensou em ir embora.
-Ela preferiu ficar com um cara que ela conheceu nem tem dois do que eu.
Seu tio balança a cabeça enquanto empurra as malas que ja nao cabiam na mala.
-Irene, Irene! Sempre pensando somente nela mesma.
Tio Beto era o irmão mais novo do pai de Catarina. Ele é empresario e sempre entendeu sua sobrinha, os dois são grandes amigos.
-Eu preciso sair dessa cidade pra ver se eu me encontro. Tranquei a faculdade e passo a maior parte do tempo no shopping, no salao de beleza ou com as patricinhas mais futeis da cidade.
-Ah! Pelo visto esta querendo amadurecer.
-Como assim tio? Eu ja sou uma mulher madura.
-Ah! Claro. Madurissima. Estou vendo ate que ficou vermelha.
Os dois começam a rir e seu tio fecha a mala do carro.
Dentro do carro colocando os cintos ele se vira para Catarina.
-Não vai avisar a sua mae?
-Quando voltar pra ca voce avisa a ela.
-Esta bem. Prepare-se para nove horas de relogio dentro desse carro ouvindo minha musicas dos anos setenta.
-Ah! Vou colocar então meu fone de ouvido. Avisou a meu pai?
-Avisei e ele ficou feliz.
***
O carro do tio Beto era enorme e se balançava todo no meio daquela estrada cheia de lama espinando no vidro do carro. A chuva começou a piorar a situação no meio daquele lugar em que tudo em volta so tinha apenas arvores.
Se segurando no carro enquanto se sacodia, Catarina tenta pegar seus oculos que cai no tapete do carro.
-Ai, Tio! Vai mais devagar nao consigo pegar meus oculos.
-Eu não posso fazer nada Cath, essa estrada é uma porcaria.
-Sera que meu pai com tanto dinheiro nao poderia consertar essa estrada?
De frente da portaria de madeira da fazenda, o carro é parado.
Tio Beto respira fundo como se estivesse aliviado de ter finalmente se livrado daquela estrada.
-Cath! Boas vindas ao seu novo lar. -Disse sorrindo com a mao no volante a olhando.
Catarina com seus cabelos bagunçados de tanto o carro balançar, tenta arrumar os cabelos e fica olhando assustada para a fazenda.
-Nunca vi tanto mato assim. -Disse.
-Vou descer pra abrir esse portão. Pelo visto não vai aparecer ninguem.
Seu tio desce do carro coma chuva forte e vai correndo até o portão. Cath se preocupa com sua aparencia e pega logo um espelho de sua bolsa.
-Que lugar estranho, onde fui me meter.-Disse enquanto ajeitava os cabelos.
Seu tio demora um pouco mas consegue abrir o portao. retorna para o carro correndo e todo molhado. No meio do caminho ate a porta da casa, tinha todos os tipos de arvores e animais ao redor. Catarina fica olhando assustada e admirada por ver tantos animais tentando se proteger da chuva, com o vidro embaçado do carro ela ver um dos trabalhadores de seu pai puxando um cavalo com a corda tentando colocar no estabulo. O rapaz estava de costas, era forte, alto e estava com um chapeu na cabeça. Isso impressionou Catarine que passou os dedos no vidro do carro para poder o ver direito.
O carro para em frente a casa e na mesma hora a porta se abre com senhor Renato na porta.
-Pai! -Disse Catarina com seus olhos brilhando e abrindo a porta rapido.
-Espera alguem trazer um guarda-chuva, Cath.
Sem dar ouvidos ao seu tio, Catarina vai correndo subindo as escadas e indo de encontro com seu pai que abre um largo sorriso e os dois se abraçam.
-Como minha menina cresceu! -Disse a apertando forte.
Ele afasta um pouco seu corpo e olha para ela com as maos em seus ombros.
-Voce esta linda! -Disse admirado.
-Obrigada, pai.
-Gente! Me ajudem aqui! -Disse Roberto.
-Vem pra ca meu irmao, depois eu peço pra algum empregado pegar as coisas.

Fisgou meu Coração ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora