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Começar o dia bem seria meu ponto de partida.
Capítulo dois: Por Paularv:
Celso, o careca: Sra. Leonel?
Mitsuki: Pode entrar.
Celso, o careca: Ainda dormindo? Está atrasada. - Ele me olhava com completa desaprovação.
Mitsuki: Calma Alfred. Já levantei, já levantei. - Eu estava sentada na beira da cama, não conseguia ver um palmo a minha frente.
Celso, o careca: Informarei aos seus superiores sobre o atraso. - Ele sai antes que eu possa responder. Droga, e agora?
Às 10:36am: Andando pelos corredores ouvi o tumulto que estava acontecendo. Sem mais delongas fiz login no jornal da escola pelo celular, e logo sou recebida por uma notícia diferente: "Garoto da sala 312 é transferido à poucos dias, baterista de grande sucesso." Quem faz esses roteiros para o jornal? Não parece que o tumulto de antes era sobre um garoto. E mais uma vez as aulas não me deixaram confortável, é meio deprimente não ter amigos. E então o sinal tocou, todos saíram e lá estava uma senhora estranha na porta.
Velha caduca: Mitsuki Leonel? - Ela parecia ser alguém importante aos outros olhos.
Mitsuki: Em carne e osso vovó. - Espero que ela tenha senso de humor.
Velha caduca: Me chame de Sra. Cristine. - É, ela não tem. Parece mais nervosa do que nunca. - Siga-me. - Pelo jeito Yuri Smith entraria em ação. Estávamos indo à sala da Estilista dali.
Estilista: Oi boneca, voltou?
Velha caduca: Arrume o que ela irá vestir para o ensaio. - Ela dizia em um tom alto. Olhou para mim e resmungou novamente. - Mitsuki. Não cometa erros. - Ela vira e se retira o mais breve possível.
Mitsuki: ... - Alguém tem que benzer ela, até o capeta tem medo.
Estilista: Entre Mitsuki. - Ficamos dentre umas duas horas experimentando, medindo e ajustando os últimos detalhes.
Estilista: Soube que você vai ter companhia no palco. - Ela me olhava como se quisesse que eu contasse um pouco mais. Seria aquele menino do jornal de manhã? Aliás eu não preciso de companhia, trabalho sozinha. Eu sou o batman. Risos. Em poucos minutos Celso bate na porta.
Celso, o careca: Precisamos ir Sra. Leonel. - Ele acenou com a cabeça para a estilista. Me levantei e saí. Paramos em frente ao meu quarto. - Se arrume para o ensaio de hoje, e saía pelo quarto da Yuri Smith.
Mitsuki: Já com peruca e tudo mais?
Celso, o careca: Sim. - Ele acena novamente com a cabeça e sai. Oras bolas como eu começo? Peguei e tentei me ajeitar um pouco. Concluímos que eu não sei me maquear também. E então o horário chegou, já eram sete e meia da tarde quando Celso bate na porta.
Celso, o careca: Novamente atrasada Sra. Leonel. - Ele já não demostrava nenhuma expressão. Abriu a porta e indicou aonde eu deveria ir. Oh céus Celso.
Yuri Smith: Por favor mordomo, leve - me ao meu ensaio. - Eu tentei parecer séria e culta com as palavras, mas passamos a ver que não resultou em nada. Ele apenas segue em frente sem dizer uma sequer palavra. Todos à minha volta me olhavam admirados e encantados até que uma garota me cutuca:
Garota cutucadora de gente: Então você é a tal Yuri Smith? - Ela chega com seu rosto um pouco mais perto do meu - Não é tudo isso. - Ela se encosta nos armários e antes que ela diga mais alguma coisa Celso, o careca interrompe:
Celso, o careca: Basta. - ISSO CELSO DÁ NA CARA DESSA GURIA DA BUNDA FEDIDA. - Sra. Yuri Smith, não cause tumulto.
Yuri Smith: Que? - Ele se vira em direção à sala que íamos. Pô qual foi Celso, não me defendeu.
Na sala de ensaio:
Estávamos realmente atrasados mas aparentemente meu parceiro também estava.
Professor: Cante alto! Com ternura Yuri. - Ele queria que eu cantasse em tons graves e agudos mas a sala se silencia quando o nosso príncipe encantado chega.
Príncipe plebeu: Perdão. - Quem perdoa é Deus, está atrasado.
Professor: AAAH ENDY KAZU! - O temperamento mal equilibrado e a cara feia do professor desapareceram em um segundo.
Endy Kazu: Me perdoe pelo atraso princesa. - Ele sorri e delicamente beija minha mão.
Yuri Smith: Irritante. - O sorriso dele some e ele se cala. Será que fui má com ele?
Professor: Vamos encerrar por hoje.
Yuri Smith: Mas não tínhamos mais duas horas de aula? E a madameEndy Kazu não treinou uma sequer vez.
Endy Kazu: ...
Professor: Não seja desagradável. Logicamente Endy Kazu está exausto das aulas e precisa de um tempo para si. Coloque-se no seu lugar Sra. Yuri Smith, falarei sobre seu comportamento ao seu supervisor. - Ele diz com um tom impiedoso.
Yuri Smith: Fala sério. - Endy me olha meio bobo, o que raios ele tem?
Celso, o careca: Sra. Yuri Smith, por favor. - Ele abria a porta com total cortesia.
Logo chegamos ao meu quarto: estava uma bagunça certa, não tínhamos nem noção do que era roupa e do que seria lixo.
Mitsuki: Alberto me traga pizza.
Celso, o careca: Sra. Leonel. - Ele dizia em alto e bom som. - Precisamos estabelecer regras sobre seus comportamentos diante do público de Yuri Smith. - Ele abre seu paletó e retira um pequeno livro marrom. Foi neste momento que percebi o quão horrível era a situação que tinha me colocado. Duas...não, três! Três horas de puro sermão.
Mitsuki: Sufoco, angústia...tesão. - Revirada entre as roupas jogados no chão.
Celso, o careca: Regra número 27: Não conversar após o show. - Ele vira a grande página e continua.
Mitsuki: POR QUE DEUS POR QUE? - Resmungo mais um vez. As horas passam e cada minuto parece mais longo. E agora, quem poderá me salvar? Olho para a janela na esperança do Chapolin aparecer. Não, não apareceu.
Celso, o careca: Regra 48 e certamente a mais importante: Não dizer à ninguém a sua identidade, nem mesmo ao Endy Kazu. - Entre diversas vezes apenas nesta ele olha diretamente para mim - Nem mesmo ele dirá a dele. - Parei, pensei e repensei. A cada minuto que passava pensando sobre isso mais minha curiosidade aumentava. Quem seria atrás daquela falsa identidade?
Celso, o careca: Está me ouvindo Sra. Mitsuki?
Mitsuki: Uma dúvida. - Eu levanto a mão mesmo sem ter a obrigação de levantar - Nunca, nunquinha poderei saber a identidade dele? Nem mesmo ele a minha? - Eu o olhava em tom de desespero, não sei guardar segredo.
Celso, o careca: Exatamente. - Ele fecha o pequeno livro e o guarda novamente. - Com licença Sra. - Ele sai e tranca a porta.
Mitsuki: Saco. - Me reviro na cama e observo meu computador na escrivaninha. - Bom, ele disse que Endy não poderia me contar mas não disse que eu não poderia descobrir. - Rapidamente início minha busca, descubro pouquíssimas coisas: Endy Kazu, morava em ------ , 17 anos e com um histórico limpo. Então é isso? Nada. Não encontrei porcaria alguma.
No dia seguinte/ ensaio:
Professor: Tome água, se hidrate pequena jovem. - Lá estava eu, peruca rosa e pouco interesse profissional na aula. Mas tinha que concordar, se hidratar era algo importante. - Prontos? Comecem.
Endy Kazu: ... - Ele respira fundo e ergue suas paletas, começa a tocar sua bateria e em poucos minutos o professor começa a aplaudir. Quando ambos terminam o entusiasmo Endy se direciona para falar algo comigo.
Endy Kazu: Gostou do som? - Ele diz todo bobo e sorri. Mas sem me deixar levar pelo momento digo em poucas palavras digo:
Yuri Smith: É. - Queria parecer séria e um tanto profissional mas não consegui, em minutos comecei a rir.
Endy Kazu: Foi tão ruim assim? - Ele se inclina um pouco.
Yuri Smith: Não, não. Risos. - Suspiro e tento me acalmar. - Na verdade estava muito bom. - Levanto minha mão para cumprimentá - lo. - Yuri Smith.
Endy Kazu: Isso é um imenso alívio. Risos. - Ele aperta minha mão e sorri de volta. - Endy Kazu.
Professor: Os pombinhos parem. - Ele chega nos empurrando um para longe do outro. Podíamos competir sobre quem ficou mais corado que o outro. Tentamos negar mas falhamos:
Mitsuki: Não, não pense bobagens.
Endy Kazu: Até parece. - O que eles quis dizer com isso?
Professor: Não me enganam. - Dito isso começamos os verdadeiros ensaios, erramos o ritmo um do outro varias vezes mas conseguimos pegar o costume. A tarde se passou rápido e logo já era outro dia.
No outro dia de manhã:
Disparo contra o sol forte, era educação física. Aqui temos uma escolha difícil: matar ou morrer. Preferia morrer mas não posso decepcionar meus futuros e inexistentes filhos.
Professora: Alongamento meninas. - Ela gritava cuspindo, eca. - Vamos lá: um, dois. Repitam.
Todas da turma: Um, dois. - Todas aqui parecem sedentárias.
Menina escandalosa: É O ENDY KAZU! - E todas vão a loucura. Ele estava sem camiseta e com uma toalha em seu ombro, apenas de passagem para a outra quadra.
Mitsuki: uau. - Digo sarcasticamente. Em menos de segundos todas já estão em sua volta. Só eu restava por ali.

Menina de 465 palavras atrás que puxou o meu casaco para desaforar vem correndo e para ao meu lado: O que você está esperando?! - Ela dizia empolgada e já ajeitando o seus cachos loiros.
Mitsuki: Vai lá. - Aponto indiscretamente para ele, e quem diria que em meio a aquele tumulto de meninas ele veria. Ele fixa seus olhos na gente e acena.
Menina dos cachos loiros: ELE ACENOU PARA MIM - Ela me dá um empurrão e ajeita as tetas. - Foi mesmo para mim. - Ela dizia encantada e com toda determinação possível, logo sai.
Mitsuki: Deuses. - Rapidamente a professora Olga termina com o entusiasmo de todas expulsando ele da quadra. - Ainda bem.
Menina do bueiro: O QUE? - Ela dizia em um tom alto de mais, nossa. - Você não gosta do Endy Kazu? [...] - Com certeza ela argumentou sobre isso. Mas então eu comecei a reparar como ela não tinha abotoado a blusa. Logo aquela pequena conversa virou discussão e todos ali já sabiam. Indignadas, me excluíram mais ainda das atividades sociais dali.
Meia noite no meu quarto:
Mitsuki: Será que o jornal atualizou algo sobre o grande sucesso da joaninha (Endy Kazu)? - E como esperava havia na primeira página uma notícia sobre ele, só não imagina que eu estaria ali também. Estava gigantemente destacado: "Garota da sala 312 diz odiar Endy Kazu" - Ódio é uma palavra muito pesada não? - Logo aquela confusão iria se abafar, foi o que pensei.

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⏰ Última atualização: Apr 05, 2019 ⏰

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Mitsuki is a fake queenOnde histórias criam vida. Descubra agora