Sim Para Tudo!

Pôs Verão 01

Ametista Campbell

Enfim o verão terminou, eu já não aguentava mais receber visitas dos meus parentes que veio ver o milagre da vitória do câncer chamado Ametista.

Minha mãe é uma sem noção! Ela convocou os parentes dos quatros cantos do mundo para uma festa de comemoração pela vitória do câncer, eu sei, patético.

Mas isso tudo já passou, o que realmente importa é que hoje a AnnyJo volta do intercâmbio e eu não aguento mais de ansiedade. As aulas votam amanhã e a vaca esperou até o último momento para dar as caras em Brocksaid.

- Ame vamos! - mamãe grita de algum lugar do andar de baixo.
- Estou indo, só to enrolando o cartaz, - eu fiz um cartaz de boas vindas para a minha melhor amiga, afinal ela ficou um ano longe de mim.

Desci as escadas correndo, e logo avistei a minha mãe e a Pérola na ponta da escada,

- Não corre Ame, pode se machucar. - Mamãe e sua super proteção.
- Isso melhoraria o meu dia. - Pérola comenta com a cara emburrada de sempre.
- Não fale isso Pérola, você sabe muito bem que palavras tem poderes.
- Já estou aqui!
- Eu não entendo porquê eu preciso ir a merda desse aeroporto buscar uma menina que nem minha amiga é.
- Você está de castigo Pérola, por ter ido para aquela festa com aquele delinquente juvenil.
- O meu pai me autorizou a ir mãe, e o Dereck não é um delinquente.
- Por esse motivo você só vai pagar a minha parte do castigo, eu já tinha dito não quando você pediu ao seu pai.
- Por favor gente vamos, já estamos atrasadas.
- Quando você vai aceitar mãe que eu não sou a idiota da Ametista que precisa de você para tudo?
- Não fala essas coisas para a sua irmã, você sabe que não faço destinação entre você mas a Ame precisa mais de mim, pare de ser egoista Pérola.
- Eu não ligo mãe, deixe ela aí e vamos, a AnnyJo já deve está desembarcando.
- É mãe escuta a Ametista e vai!
- Eu não sei onde eu errei com você Pérola!
- Eu sou o erro aqui? Tem certeza ? Afinal não foi eu que tive a porra de um câncer que destruiu a droga do seu casamento, a felicidade da família e vida das suas filhas.

Ao decorrer dos anos eu fui aprendendo a fica imune das palavra que a Pérola jogava contra mim com a finalidade de me ferir de algum modo, mas as vezes ela falava coisas que ainda me machuca, eu sei que o casamento dos meus pais fracassou depois da minha doença, mas o que eu podia fazer, mandar a minha mãe sair do hospital e ir pra casa, ela não escuta a minha avó que dirás a mim, que nem falar conseguia durante o tratamento. Eu comecei a erguer essa barreira contra Pérola porque eu meio que entendia como ela se sentia abandonada, eu também tinha tudo, amigos, família e quando descobri da minha doença todos sumiram só ficaram a mamãe, papai, vovô Bem, vovó Lisa e as minhas irmãs.

O silêncio paira sobre o cômodo e vejo pelo olhar da minha mãe que ela esta a ponto de explodir.

- Oi família, não precisa mais chora, a Rubi já chegou.

Todas olhamos em direção à porta onde a pessoa mais animada da casa estava com um pequena mala de rodinhas e pijama de panda.

- Nossa que caras são essa, quem morreu ?
- Rubi porfavor leve a Ame no aeroporto para ver a AnnyJo, eu tenho algumas coisas para resolver com a Pérola.

Mamãe me empurra em direção a Rubi que mesmo sem entender nada balança a cabeça em sinal positivo, solta a mala e me puxa par fora de casa.

- Não entendi, massss partiu aeroporto, sabia que lá tem uns cara gatos de todas as partes do mundo, caramba porque vim de pijama, não da tempo de tirar né? Mas se o amor da minha vida estiver lá ele tem que me amar como eu sou né? Mas é claro!

Ela para olha para mim e sorrir, desce a escada da varanda me puxando e me leva em direção ao carro.

- Não vou perguntar nada agora para deixar a AnnyJo chegar e você só contar uma vez, mas está na sua cara Ame que você quer chorar, então só faz isso tá, você não precisa segurar.

Eu olho para minha irmã, abaixo a cabeça e choro, tudo o que eu tinha para chorar, eu só choro.