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O tempo deixa perguntas, mostra respostas, esclarece dúvidas, mas, acima de tudo, o tempo traz verdades.

Acordo sentindo um peso em minha cintura, sinto uma respiração em meu pescoço, abro os olhos vendo um peitoral em baixo de mim, me levanto sentando-me na cama, coço os olhos ainda meio zonza.

Olho em volta, demorando alguns minutos para me lembrar dos acontecimentos de ontem, rapidamente olho para a cama o vendo deitado adormecido, por causa do susto acabo lhe dando um chute em seu estomago o fazendo cair da cama, esquecendo de seus braços que estavam em minha cintura o fazendo me levar junto.

Solto um grito fino quando me vejo caindo da cama por sorte caio em cima dele

--- que porra, qual é o seu problema ? - acabo me encolhendo com o seu grito.

O sinto respirar fundo umas duas vezes, antes de perguntar com a voz mais calma :

---- por que me chuto ? - pergunta, com a voz baixa e calma

--- me assustei. acordar, em um local desconhecido e com um macho ao meu lado, me fez agir por impulso - digo em um sussuro.

Sinto, o seu peito subir e descer de acordo com a sua respiração.

---- tudo bem, fui acordado de uma bela forma - diz com humor, solto um sorriso.

Levanto a cabeça o vendo com um pequeno sorriso na face.

Sinto o meu rosto corar fervorosamente, assim que me lembro que estou deitada em seu tronco, tento me levantar, mas os seus braços estão em minha cintura prendendo-me em seu corpo.

--- me solta - digo tentado me levantar.

--- pra que ?, esta bom assim - diz, descaradamente enquanto me encara.

--- quero levanta -falo, fazendo esforço mas nada adianta.

--- esta desconfortável ?- pergunta levantando uma sobrancelha.

--- não - digo mais corada- mas eu quero levantar, me solta - digo sendo apertada entre seus braços.

Ouço sua risada baixa e rouca em meu ouvido, fazendo com que os meu pelinhos do corpo se arrepiam.

O sinto começar a cheirar o meu pescoço.

--- amo o seu cheiro - diz, com a cabeça entre o meu pescoço e meu ombro.

Prendo os meu labios inferior entre os meus dentes.

--- você cheira a morango silvestre - diz, passando o nariz em meu pesçoco. - eu amo seu cheiro - repete.

Respiro fundo, quando noto que tinha prendido a respiração.

Levanto, a cabeça vendo os seus olhos ficando avermelhado, o seu lobo acordou.

--- pode se levantar se quiser - diz, deixando um beijo em minha testa, e se sentando comigo ainda em seu colo, o sinto soltar a minha cintura.

Me levanto e corro para o banheiro,tranco a porta, me olho no espelho me assustando com o meu próprio reflexo.

--- G-zuis, credo, eu vim dos mortos e não estou sabendo ?- me pergunto, me olhando no espelho.

O meu rosto esta inchado por estar recém acordada, os meus olhos inchados e avermelhado por causa do choro, os meus fios loiros pareciam  mais um ninho do que cabelo.

Retiro a pouca roupa que estava em meu corpo, ontem eu voltei aprender a andar, consigo dar passos de curta distância, ainda as vezes caio, mas logo logo volto andar como antes.

Estou surpresa por ter conseguido correr sem cair.

Abro o vidro do chuveiro, entro e o fecho, ligo o chuveiro sentindo a agua cair em meu corpo, solto um suspiro.

" tente conhece-lo Lucy, ele é o nosso companheiro, talvez ele possa ser diferente " - escuto a minha loba dizer calmamente.

" mas se ele for igual aqueles monstros ?"- lhe pergunto enquanto passava o sabão em meu corpo.

" se ele for diferente ?, nunca saberemos se não tentar." - diz voltando a ficar muda, me deixando duvidosa.

Termino o meu banho em silêncio, me enrolo na toalha.

Agora que me lembro que eu não tenho roupas.

--- eu não tenho roupas - digo abrindo a porta - e além de tudo, eu não sei o seu nome - falo, sentindo o meu rosto esquentar, assim que noto o seu olhar em meu corpo.

--- há,sim, eu... Eu me chamo Natsu- diz, olhando-me dos pés a cabeça.- pode pegar qualquer blusa e cueca minha.- diz enquanto respira fundo.

Só concordo com a cabeça e o olho.

--- onde eu posso pegar ?- digo olhando em volta.

--- na que la porta - diz, apontado para a porta ao meu lado.

Não digo nada, somente ando ate ela e a abro, fico de boca aberta assim que avisto um cômodo cheio de roupas, tudo bem separados, cor com cor,roupas de ficar em casa em um lugar e de sair em outro, ternos separados, tênis, sapatos, tudo em lugares separados, tudo bem arrumado.

Ando, ate a onde esta as roupas de ficar em casa, e pego uma blusa verde escuro, me locomovo ate as gavetas e começo abri-las, e todas elas são de cuecas, pego uma lacrada.

Me visto ali mesmo,solto o meu cabelo do coque fazendo-o quair como cascata em minha costa.

Abro a porta do cômodo com roupas, logo em seguida fecho a porta, levanto a cabeça o vendo se mexer na cama enquanto me olha.

Ele esta estranho, desde que disse, que amava o meu cheiro.

--- irei mandar comprar roupas para você hoje sem faltas - diz, enquanto me olha, e se mexe cama.

--- esta estranho ?- pergunto me referindo a roupa.

--- que ? Não, Não é isso - diz, balançando as mãos em sinal negativo freneticamente - você fica ótima até vestida com sacola de lixo - fala, dando de ombro- , é que, te ver com minhas roupas me deixa mais excitado - fala, normal como se estivesse falando de temperatura.

Sinto o meu rosto ficar mais vermelho, se é que é possível.

Olho para baixo tímida, eu estava envergonhada.

Como ele consegue dizer aquilo normalmente ?

O sinto se aproximar, o meu queixo é levantado por suas mãos, fazendo com que eu o olhe nos olhos.

--- não precisa ficar com vergonha, você é linda - diz passando o dedão em minhas boxexa - irei trazer o seu café, para tomar aqui no quarto.

Me sinto triste, aos poucos a minha liberdade esta sendo tirada de mim.

--- ei, não fique assim, você só ficara aqui ate ter roupas adequadas para sair, ninguém te verá vestida assim, somente eu, entendeu ?, você é minha, nenhum urubu será permitido se aproximar de você, e também tu tem que me dizer de onde veio e o porque - fala calmamente,  enquanto carícia a minha bochecha.

--- vim da alcateia minguante - respondo em um sussuro- o porquê, você terá que descobrir por si mesmo - digo o olhando nos olhos, desvio olhar para o seu rosto, notando pela primeira vez em sua cicatriz na bochecha, devagar levanto a mão e passo os dedos na marca, Natsu tomba a cabeça em minha mãos, abro um sorriso quando o ouço ronronar como um gatinho.

E foi naquele momento que decidi o aceitar, mesmo com um pé atrás.

Decidi me arriscar, talvez eu saia ganhando não é ?

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