#Jessie P.O.V.#
A porta do pequeno refeitório foi aberta e James empurrou-me lá para dentro. Raparigas estavam sentadas nas cadeiras de plástico. Umas riam e conversavam alegremente. Outras estavam sentadas a olhar para os seus pratos. Quietas e caladas. Distinguia-se perfeitamente as que estavam aqui por vontade própria e as que estavam porque as obrigaram. Olhei em volta, procurando uma mesa sem ninguém. Acabei por encontrar uma mesa no canto do refeitório. Arranjei um tabuleiro e servi-me com aquela espécie de carne que lá havia. Depois de me servir fui-me sentar. Assim que me sentei senti uma presença atrás de mim. Olhei para trás e encontrei um rapaz de cabelo castanho de olhos azuis a olhar-me atentamente. Ele não estava fardado de segurança ou algo parecido. Estava vestido normalmente. Ele puxou a cadeira ao meu lado e sentou-se. Ele estava simplesmente a observar-me. E isso estava a tornar-se desconfortável. Olhei para o rapaz que me continuava a observar.
"Precisas de alguma coisa?" pergunto séria. O rapaz apenas abana a cabeça negativamente. "Então podes parar de olhar para mim?" pergunto e o rapaz repete o gesto anteriormente feito. “Okay.” Digo e continuo a comer. Continuava a sentir os seus olhos em mim e isso estava a enervar-me.
“Ele trouxe-te?” ouço a voz do rapaz sussurrar. A sua voz era rouca e baixa. Olhei para ele sem perceber o que é que ele estava a dizer.
“Quem?” perguntei ainda sem perceber.
“Não és a primeira grávida que ele traz para aqui. Toma cuidado.” Ele murmura e levanta-se. O rapaz afasta-se da minha mesa e vai sentar-se sozinho. Volto a comer. Isto foi estranho. Muito estranho. Mas então... Eu não tinha sido a única? Mas se eu não tinha sido a única, onde estão os bebes? Sim, porque se existiram outras grávidas aqui alguma coisa aconteceu com as crianças. Elas simplesmente não desaparecem. Isso é impossível de acontecer. A minha mão foi direta á minha barriga. Eu não ia permitir que eles fizessem alguma coisa à minha filha. Olhei em volta e vi James aproximar-se de mim.
“Okay. Temos que ir. Está na hora de voltares para o teu quarto.” Ele diz e faz um movimento com a cabeça. Olho em volta e vejo o rapaz que á pouco tempo esteve sentado ao meu lado a olhar para nós. Alias, ele olhava para James com cara de poucos amigos. Então eu percebi que algo estava mal em relação a James. Algo estava muito errado. Levantei-me. Uma rapariga com o cabelo curto e fardada de forma estranha veio até nós e retirou o tabuleiro da mesa levando-o com ela. Ela olhava sempre para baixo. Algo estava muito errado neste sítio. Eu sabia que isto não era apenas um bordel. Era mais que isso. As pessoas que cá estavam não eram apenas escravos sexuais. Havia algo mais. Existiam segredos. Existia muita coisa por descobrir, e eu ia descobrir. Demore o tempo que demorar, eu ia descobrir. Ia encontrar uma maneira de sair daqui e voltar para casa. Ia ter a filha e viver em paz. Ao menos era o que eu queria fazer. Paramos em frente á porta do ‘meu’ quarto e James abriu a porta. Eu entrei e ele fez o mesmo. Não é suposto ele entrar! Ao menos o Norman não o fazia. Espera! Onde está o Norman? James aproximou-se de mim e sorriu. Os seus olhos estavam a tornar-se num verde mais escuro que o habitual. A sua mão pousou na minha bochecha e eu recuei automaticamente. Ele riu e começou a aproximar-se novamente. Eu continuei a recuar até que as minhas costas embateram contra a parede. “Não fujas…” ele diz e encosta o seu corpo ao meu. “Eu não te vou fazer mal Depp.” ele diz e passa a sua mão pelo meu braço. Ele começou a aproximar a sua face da minha e antes que eu me pudesse mexer ou falar ele juntou os nossos lábios. Não correspondi ao seu beijo. Pus as minhas mãos no seu peito e empurrei-o. Ele deu um pequeno passo para trás mas rapidamente voltou a juntar os nossos corpos. Eu apenas o continuei a empurrar. “Para quieta e eu prometo que sou calmo!” ele diz eu dei uma gargalhada.
“Calmo com o quê?! Não me voltes a tocar!” grito e empurro-o. Ele levou as suas mãos ao meu pescoço e apertou-o. Estava a ficar sem ar. Mas consegui pensar numa solução. Levantei a minha perna e dei-lhe uma joelhada no seu membro. Ele encolhe-se com a dor e larga o meu pescoço. Num movimento rápido sai do quarto e caminhei a passos largos pelos corredores. Desci as escadas e continuei a caminhar. Eu tinha que arranjar uma forma de sair dali. Olhei para trás para verificar de que ninguém me seguia e choquei com alguém.
#Luke P.O.V.#
O som da campainha soou pelo apartamento. Sai do quarto e fui abrir a porta. Ross.
“Hey.” murmuro. Afasto-me para ele poder entrar. Ele assim o faz e senta-se no sofá. Sento-me ao seu lado. “Como estás?” pergunto.
“Mal. Muito mal. Mas eu vim aqui para saber como é que TU estas. Estas aqui trancado desde que ela desapareceu. Nós estamos preocupados. Não muito saudável estar isolado em momentos como estes. Eu e a Bella estivemos a conversar e achamos que devias sair daqui durante um tempo. Este lugar trás muitas lembranças. Vem passar um tempo a nossa casa.” Ross diz. “Vens?” olho em volta. Eu não me sentia bem aqui. Tudo aqui me fazia lembrar dela. E se eu continuasse aqui eu iria acabar por ficar louco.
“Okay.” Digo baixo.
“Vamos fazer as malas então.” Ross diz e ambos nos levantamos.
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Amnesia Problems (sequela de Amnesia com Luke Hemmings)
Fanfiction"Eu não me vou prustituir!" grito à mulher que se encontra sentada à minha frente. "Não sei se reparou, mas eu estou grávida!" digo e a mulher levanta-se batendo com a mão na mesa. "Se não quer que nada aconteça ao seu querido namorado e à sua famíl...