22- Tzuyu?

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Eu não poderia acreditar que ele faria isso comigo, ela era minha garota, ela era minha mulher, ela era o amor da minha vida.

- Chou... - Eu encaro ela, levo minhas mãos aos meus olhos e os limpo - Eu-

- Sana, você não pode fazer isso comigo - Eu peço, entre soluços e lágrimas. - Sana, por favor...

- Eu sei - Seus olhos começam a marejar, acho que foi por me ver assim. - Mas meus pais querem que eu faça isso... Eu acho que deveria, eles sabem o que é melhor pro meu futuro não é?

Ela pergunta, mas parece que é mais uma pergunta pra si mesmo, não direcionada a mim.

Eu iria falar novamente, mas o sinal toca, e rapidamente o corredor se enche de jovens ali, eu e Sana continuamos a nos encarar, mas ela quebra o olhar e faz com que eu perceba que todos estão olhando para nós duas chorando no meio do corredor.

- Vocês deveriam conversar em outro lugar - Mina ao menos solta um oi, ela apenas pega as coisas de Sana nas mãos dela.

- Não! - Sana murmura - Não posso...

Mina chega em nosso lado e encara sua melhor amiga, ela parecia brava com Sana ou algo do tipo, parecia prestes a gritar.

- Sana - Eu peço pegando na sua mão. - Por favor, você não pode ir embora assim, pelo menos. A gente tem muito que conversar...

Sana para de encarar Mina e olha pra mim, ela continua trocando olhares com nós duas, ela suspira e parece entrar em seus pensamentos, ela levanta seus olhos, olhando nos meus.

- Ok - Ela diz simples - Certo, eu passo na sua casa às sete... - Ela diz e Mina anda pra longe da gente, nos deixando sozinhas.

Tirando todos os outros jovens naquele corredor.

- Tudo bem - Eu digo, Sana concorda com a cabeça e começa a virar seu corpo para sair, mas minha mão a impede.

Eu puxo seu pulso com pouca força, e ela junta seu corpo com calma. Como um ímã, ela deixa sua cabeça cair em meu ombro, lentamente ela pondera, mas leva sua mão as minhas costas, abraçando meu tronco. Eu agarro seus ombros e fecho meus olhos, levo meu nariz até seu pescoço e sinto o aroma que tanto amo. O doce aroma de Sana.

Tudo em Sana era doce. Sua personalidade, seu jeito, seu gosto, seu aroma. Ela em si, era algo doce.

- Eu te amo - Meu coração bate tão forte, sinto que ela pode perceber por estar com a cabeça colada em meu peito - Sana, nós realmente precisamos conversar sobre isso. Mesmo que você vá, eu não quero te perder...

- Eu sei - Ela diz - Nós iremos... Diga para sua mãe que dormirá na minha casa - Ela se afasta, mas ainda continua agarrada em mim - Te vejo mais tarde?

- Por favor. - Eu olho em seus olhos, levo minha mão direita em seu rosto e toco com o dedão sua maçã do rosto. - Eu só quero que você saiba que é a coisa mais importante e especial da minha vida.

Sana fecha os olhos e suspira, minhas palavras parecem tocar bastante, no seu ponto fraco. Ela engole em seco e morde o lábio, então seus lindos olhos castanhos se abrem e ela sorri, com aquele sorriso de lado dela, sem mostrar seus dentes. Sinto ela usar meus ombros como apoio e ficar um pouco na ponta do pé. Não éramos tão diferentes de tamanho, apesar de eu adorar zombar dela e falar que ela era baixa.

Ela fez um biquinho, e eu ri fraco, juntei nossos lábios em um pequeno beijo, realmente não me importei com as pessoas em nossa volta e os olhares curiosos, o que importava era que naquele momento, ela era minha e eu era dela.

Quando nos separamos eu senti uma dorzinha no coração, uma tristeza repentina, eu amava tanto ela que se pudesse não desgrudaria nunca.

- Até mais? - Ela pergunta, ainda agarrada em mim, agora ela fazia um carinho em meu pescoço, com suas unhas, eu amava esse carinho e ela sabia - Eu te pego, okay?

What Is love? - SaTzu Onde histórias criam vida. Descubra agora