Ele morreu?

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-ACORDA RAPARIGASSSSS!!! - Hanry gritou pulando na cama e fazendo uma dancinha engraçada. - Já estamos atrasados!

-O que ? - sentei na cama e peguei o celular, já eram 10hs, realmente estávamos atrasados e muito!

Sai da cama e fui correndo pro banheiro me arrumar, quando sai meu amigos já tinhas saído, provavelmente ido aos seus quartos, coloquei uma calça jeans preta e uma blusa do Batman, caldeó meu tênis e passei um perfume. Sai em direção ao quarto da Rafa que era o mais próximo e ela já estava saindo, lhe dei um selinho, peguei sua mão e fomos em direção ao campus de Henry.

-Ei casal, vocês já viram isso? -Disse Henry nos mostrando o jornal.

"Andrei Padilha é encontrado morto está manhã em sua casa em Guarulhos."

O maior assassino do país estava morto e ele era meu tio, irmão do meu pai. Aquilo apesar de alívio me deu uma estrema tristeza, apesar de tudo ele era meu tio.

-Ei, você está bem ? -Perguntou Rafa me fazendo um cafuné.

-Na medida do possível sim.

-Você vai ao enterro?

-Hã? Não! Não tenho o que fazer lá. Eu to bem .

...

"Andrei Padilha é morto a tiros em sua própria casa, não temos mais notícias, assim que obtemos voltaremos para informar."

Era 11hs da manhã e eu acabo de ver no jornal que o cara que matou meu pai foi morto a tiros em sua própria casa, nada que eu não queira ter feito, isso me da um mega alívio, agora eu e minha família poderíamos viver em paz.

Meu nome é Rebecca, tenho 22 anos, sou estudante de medicina veterinária e faço estágio na clínica da minha família, eu nasci e fui criada no litoral do Río de Janeiro, minha mãe é mexicana e veio pra cá bem novinha, com uns 3 meses de idade e na faculdade conheceu meu pai.

Meu pai faleceu eu tinha 7 anos, não lembro muito da fisionomia dele, mas lembro nitidamente o estado que minha mãe ficou quando ele foi assassinado na porta de casa, depois da morte do meu pai fomos morar no México, ficamos lá mais ou menos um ano, até a poeira abaixar, segundo minha mãe meu pai fornecia remédios clandestinos para os Padilhas que usavam isso para elaboração de novas drogas, podemos ver aí que meu pai talvez tenha merecido, mas ele era um ótimo pai, e eu não perdôo os Padilhas por terem tirado ele de nós, principalmente da minha irmã mais nova que o viu morrer, e até hoje é traumatizada, são milhares de tratamentos que ela faz por ano, para não ser mais afetada.

Eu sou a mais velha de 3 irmãos, Júlia a do meio tem 20 anos e a Anna tem 18 anos. Somos bem parecidas fisicamente, eu tenho 1.63 de altura, cabelos na altura dos ombros na cor preta e olhos castanhos, meu maior charme é um furinho que tenho no queixo, minhas irmãs não tem isso, é o quê nos torna diferentes.

Não tenho muitos amigos, apenas um, Antonino Pedro, ou para os íntimos, Ant, sua família toda é de imigrantes italianos, por isso os olhos azuis, a estatura alta e a barba e cabelos castanhos claros, cortados e aparados semanalmente como um lorde, pena que ele é gay, por isso somos apenas amigos. Nos conhecemos na escola, e desde então ele se tornou meu melhor amigo.

-Sapatão, tu viu os jornais? - Diz Ant ao se sentar ao meu lado na sala de aula.

-Vi sim, e to bastante aliviada.

Ant me chama de "Sapatão" desde que nos conhecemos, pois ele diz que um dia ainda vou me assumir, eu nem ligo mais, por que não adianta falar, ele não vai deixar de chamar mesmo.

-Você vai voltar pra casa depois da faculdade? -Ele me pergunta.

-Pretendo, por que?

-Vamos no shopping, preciso comprar um tênis novo, e uma blusa parando casamento.

-Vamos sim.

As horas se passaram e deu o fim das aulas, fomos para o carro, pois iríamos ao shopping próximo a faculdade de comunicação, lá realmente é o único que presta.

Depois de ver mil tênis diferentes, e duas mil blusas, Ant escolheu o que iria levar, então resolvemos ir comer. Assim que acabamos eu levantei e fui para fora do restaurante, quando sai pela porta dou de encontro com alguém, era uma menina, estatura mediana, olhos claros, é muito, mas muito linda, eu não sabia o que falar ou fazer,seus olhos estavam me hipnotizando, nunca senti aquilo antes.

Um olhar, vale mais que mil palavras. Onde histórias criam vida. Descubra agora