sim, objeto

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Depois de semanas

mando uma mensagem para ele,

tímida, acanhada,

pergunto como está

e aguardo a, resposta,

mal, conseguindo respirar

polidamente; ele diz estar bem

pergunta como eu, estou,

respondo, eufórica,

querendo continuar uma conversa

e quando digo para,

conversarmos,

pessoalmente, cara a cara,

ele me diz que; se sente mal, perto de mim;

que eu, faço ele, se sentir mal

primeiro presencio o sentimento ruim, que

se apodera de mim; a culpa

e depois assimilo tudo

vejo por, baixo, de suas palavras, de suas, escamas,

de suas mentiras, o que está fazendo

novamente

rio com escárnio

do homem que diz se sentir mal, em minha, presença

o mesmo homem que me jogou do

precipício, e me afundou em dor

o mesmo homem,

que me tocou intimamente

no quarto em que minha melhor amiga

estava, sem se, importar,

com o que ela, ou eu, achava

me transformando em nada além de;

não puta,

não lixo,

sim, objeto

me rebaixando

e dizendo que meu corpo

é nada

arranco a culpa de mim,

abro as janelas e mando

ele e tudo que representa

ir para o inferno

de onde não devia ter saído


O que a dor fez comigoWhere stories live. Discover now