Ele saiu do bar sorrindo talvez, insanamente demais.
Que fosse, não havia sentimento maior do que o que lhe consumia. Atrás de si o bar explodia em chamas e o som das sirenes inundavam seus sentidos.
Continuou andando lento, propositalmente, arrastando o galão vazio pela viela querendo apenas gargalhar. Sua mente contava em regressiva, mas seus cálculos foram inexatos.
Em sete minutos alguém o empurrava para o chão e ele erguia as mãos para ser algemado.
Game over, mas dessa vez foi o melhor gamer over da sua vida.
Seokjin era um cara normal.
Advogado mediano, com carro razoável, um apartamento no bairro coreano de Melbourne, até que boa pinta e legal. Ficava na sua, mas era um zero esquerda em relacionamentos.
Demorou a admitir que tinha um dedo podre para ukes.
Sim, ele demorou para admitir. Confessava.
Mas nunca foi tão ruim como dessa vez.
Park Jimin era um pedaço de mau caminho envolvendo sua mente naquilo tudo de tal forma que precisou ter a situação esfregada na sua cara para aceitar.
Conheceu o barmen em uma madrugada quente de junho. Todo lindo servindo drinks e sorrindo para os clientes, foi feitiço à primeira vista. Jin não teve escapatória, no fim daquele mês já rolava com ele em seus lençóis de fino linho.
O sexo era bom, a vida era boa, e ele se pegou pensando que talvez podia ser o seu para sempre.
Jimin era como licor em garganta seca, envolvente, absurdamente doce, entorpecente.
Jimin era uma máquina de arrancar suspiros, dinheiro e tudo o mais que quisesse de si.
Jin foi um estúpido, mas um estúpido conivente.
Seus colegas de trabalho começaram a perceber suas alterações, mas Jin não desconfiou, como poderia?
Foi em uma quarta chuvosa que mudou seu habito por nenhum motivo aparente, apenas mudou e logo estava no bar em que Jimin trabalhava muito antes do horário que aparecia no fim de semana.
Sabia que era um horário vazio e pensou que talvez pudesse vê-lo antes de ir para casa.
Entrou quase assoviando só para ficar petrificado dois minutos depois.
Jimin se agarrava com um cara na mesa do bar já a meio caminho de um sexo provavelmente e bem selvagem.
Traição? Não seria sua primeira, mas se tudo se resumisse aquilo, sua noite não terminaria como terminou.
O fato era que Park Jimin era uma mesa de pôquer prestes a te ferrar ao ponto do desespero.
Jin foi até eles, separou os dois e encarou o cara que já estava com o zíper aberto:
— Cai fora!
— Você é o novo daddy no Min?
Ele disse com cinismo.
— Hope, cala a boca!
Seu suposto namorado legal disse raivoso ao cara que gargalhou e cutucou seu peito com ironia:
— Min já transou com a cidade toda, Mano, cai fora enquanto ainda tem um teto. O sexo é ótimo, mas a pessoa não vale um dólar.
— Jhope!

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He
أدب الهواةA vingança nunca é plena, mas para um cara cansado de passar por aquilo, ela era, plena, com um gostinho ácido no final. Porquê? Jimin era como licor em garganta seca, envolvente, absurdamente doce, entorpecente. Jimin era uma máquina de arrancar s...