Im Jaebum gostava de imortalizar momentos.
Gostava de registrar nos pequenos papéis belas paisagens, e junto a elas, escondidos nas entrelinhas, os momentos em que seu coração bateu mais rápido, em que lágrimas quentes queimaram suas bochechas, em que seus pequenos olhos brilharam.
Congelava sorrisos e corações apaixonados, olhos transbordantes de paixão. Todos aqueles que já lhe fizeram sorrir, todos aqueles que já lhe fizeram chorar.
Registrava esses momentos em fotografias, pois tinha medo de se esquecer, tinha medo que sua memória desbotasse mais rápido do que o papel e tudo aquilo se perdesse.
Às vezes se via admirando uma polaroid. Perdia-se em meio aos pensamentos de que, um dia, todos os sorrisos lá registrados iriam perder o brilho, todos os corações apaixonados iriam se consumir em angústia, todos os olhos alegres iriam chorar em saudade.
Perguntava-se se quando aquele momento chegasse, ele ainda estaria ali, admirando as fotografias e mergulhando em suas memórias impressas.
Perguntava-se se quando aquele momento chegasse ele ainda iria sorrir da mesma maneira que sempre sorriu.
Perguntava-se se os sorrisos imortalizados no papel seriam capazes de poupá-lo da dor das lembranças.
Perguntava-se se depois de tudo o que é antigo desmoronar, as fotografias penduradas na parede seriam capazes de curar sua solidão.
Pois tinha tanto medo de ficar sozinho.
Tinha apenas onze anos quando foi presenteado com sua primeira câmera de polaroid.
Tirava fotos de seus amigos e família se divertindo, da vista da janela de seu quarto, da bela lagoa que sempre ia com alguns colegas.
Sempre que tirava uma foto, pregava a polaroid em um mural que havia improvisado em seu quarto, às vezes até escrevia uma pequena frase no cantinho daquelas que considerava especiais. Depois de um tempo, sua parede já estava quase completamente coberta pelos pequenos papéis.
Era seletivo em relação aos momentos que decidia fotografar, e principalmente em relação às fotos em que gravava com sua letra miúda algumas palavras com algum significado pessoal.
Precisava ser algo único, algo que fizesse seu coração esquentar, que arrancasse de si suspiros ou sorrisos.
E esses momentos eram raros.
Jaebum pensou que nunca encontraria algo ou alguém que transformasse cada mísero segundo digno de uma fotografia.
Isso até encontrar ele.
Um certo alguém por quem valeria a pena tirar mil e uma fotos seguidas, e escrever em cada uma, com a letra mais bonita que era capaz de fazer, extensas cartas de amor.
O que podia fazer? Quando o viu pela primeira vez foi como uma fotografia, instantâneo.
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instant !¡ cyj × ijb
Fanfiction" a love as instant as polaroid pictures " Onde Jaebum colocava no armário de Youngjae as fotos instantâneas que tirava, acompanhadas de pequenas declarações de amor. collab with @jinkipoem