capítulo 11

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... E aqui estamos nós, são quase 5 da manhã, já estamos no terceiro filme, nunca ri tanto na vida, chega esqueci das dores que sentia, claro que esse santo remédio ajudou e muito.
Agora meu sono chegou e não consigo ver nenhuma parte mais.
__ Tô com sono, você me venceu. - Não obtive resposta, quando olhei para o lado, percebi que meu super parceiro de maratona, como se auto denominou estava apagado do meu lado, e agora, o que eu faço?
__ Marcos, acorda! - ...E nada.
É, o jeito é dividir o espaço com ele, já que eu não posso expulsar do quarto o dono dele. Desligo a tv e levanto com cuidado recolhendo a bandeja e os copos, coloco no criado mudo e volto a deitar quando aquele corpo se esparrama na cama e coloca a perna sobre o meu corpo. Tentação! Tinha que ser tão lindo?
Demoro pelo menos uns 10 minutos para pagar no sono.

Marcos

Ainda são 8h da manhã, me propus a trazer os remédios até o quarto de hóspedes, claro que não podia perder a oportunidade de arriscar um contato mais próximo da Giana. Confesso que tive uma ideia de gênio, nada é mais convincente que maratona de filme. Resolvemos assistir "até que a sorte nos separe" e acertamos na escolha, nós rimos muito mas já no final do último filme da série percebi que ela estava com um pouco de sono, de forma alguma eu queria perder o contato com essa mulher, não sei se consigo mais.
Aproveitando que estou aqui resolvi dormir, ou pelo menos fingir. Funcionou. Agora preciso achar um jeito de manter essa linda mulher aqui comigo. Envio uma mensagem para Ricardo:

Prepare o jatinho, em 5h estaremos embarcando, mande Juliana deixar a casa de campo arrumada, abastecida pra um final de semana, peça que ela separe os melhores vinhos da adega e compre queijos, salame italiano, morangos, e chocolates finos, e dispense todos os funcionários da cabana.

Ricardo, além de um bom motorista é meu braço direito, todos os anos trabalhando ao meu lado, servindo-me com lealdade o tornou indispensável.
__ Agora preciso resolver outra coisa antes que minha futura namorada acorde, isso se ela me perdoar pelo que vou fazer.

Estou seguindo para um conjunto de apartamentos e casas num bairro popular, preciso fazer isso antes que eu perca a coragem.
De longe vejo o humilde apartamento térreo onde vivem os pais da Giana. O local é limpo apesar de humilde, também arejado. Logo avisto a jovem senhora que já me aguarda como combinado.
Uma hora antes de me dirigir até aqui, pedi para Ricardo entrar em contato com dona Carina, agora sei de onde Giana herdou tanta beleza, a jovem senhora é muito bonita.
__ Olá, muito obrigado por me receber tão cedo, prazer, eu sou o Marcos.
__ Cedo não, aqui nós acordamos com as galinhas, seja bem vindo, pode entrar, só não repare a simplicidade, é que aqui não se tem muito luxo que o senhor deve estar acostumado.
À propósito, o que trás aqui um homem tão bem apanhado quanto o senhor?
__ Acho que a resposta é Giana. - Interrompe o homem forte e aparentemente bem educado, já que vem trazendo consigo uma bandeja de café com xícaras e na mesma, biscoitos. Se tem uma coisa que me admira nas pessoas mais humildes é a simplicidade no jeito de receber o outro, e ao mesmo tempo o amor como se tratam.
__ Seu Eduardo, é um prazer conhecê-lo.
__ O prazer é meu. Sente se por favor. Assim pode explicar para nós o que o trouxe aqui.
__ Claro, serei direto. Eu estou apaixonado pela sua filha, minhas intenções com ela são as melhores, porém...
__ Porém... O que há de errado? - exclama o homem.
__ Ela ainda não sabe. Eu não tive a oportunidade de conversar com ela. Quero dizer, tive mas não era o momento oportuno.
__ Onde está nossa menina agora? - É a vez de d. Marina perguntar
__ Aconteceu alguma coisa, eu estou sentindo. Diz o que houve com ela. Por favor, me diz que nosso tesouro está bem.
__ Agora ela está, sim. Vou contar tudo o que aconteceu a vocês, se acalme...
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Os opostos se atraemOnde histórias criam vida. Descubra agora