big tasty

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— Então Kim Mingyu, tem algo a me dizer? — Wonwoo deu um gole em seu chá enquanto me olhava.

— Tenho que ter algo em específico pra te chamar pra beber algo? 

— Touché. — Ele levantou as mãos em rendimento, e eu ri. 

— Você ficou mais lindo do que já é de cabelo castanho. — Falei e ele corou.

— Você me deixa sem reação, Mingyu. — Falou, dando mais um de seus sorrisos largos. — Que bom que você gostou.

— Acho que eu gostaria de você até careca. — Continuei flertando barra mandando sinais desesperados que eu estou em um abismo por ele.

Quando vocês, crianças, estiverem caidinhos pelo menininho ou menininha, certifiquem-se que ele(a) não é lerdo(a) pra entender flertes indiscretos, porque só Santa HyunA sabe como é difícil gostar de pessoas lerdas.

E sim, falo de Wonwoo, que provavelmente não vai entender nem se eu dizer na cara dele.

— Você nunca pensou em pintar o cabelo? 

— Já pensei em pintar de vermelho uma vez, mas não sei se eu ficaria bem. — Franzi o cenho.

O máximo que eu já fiz foi passar aqueles sprays no cabelo, mas ele deixou tudo duro e eu tive que implorar para Hoshi me ajudar. 

— Você ficaria bem até careca. — Ele disse e piscou para mim.

Ora essa, usando meus flertes contra mim mesmo? Assim eu morro do coração.

— Quem flerta aqui sou eu okay? — Brinquei.

— Mingyu, sua mãe é uma ostra?

— Que diabos? Não. 

— Como ela pode ter uma pérola que nem você em casa? — Ele disse e eu ri.

Não acredito que eu ri disso. 

— Eu nem moro com minha mãe. — Falei, tentando disfarçar minha vergonha. 

— Não estraga a cantada, bobinho. 

— E você não me iluda não. 

— Quem disse que estou iludindo?

E foi aí que meu coração deu aquela falhadinha, sabem? Assim como quando você erra o degrau da escada e acha que vai perder os ossos e ficar aleijado. 

Ah Jesus, me dê forças pra aguentar esse garoto.

— Mingyu. — Ele me chamou de novo.

— Sim?

— Se ser bonito fosse um crime, você passaria a vida na prisão. 

— Aish! Quem faz as cantadas aqui sou eu. — Eu disse, na tentativa de ignorar minhas bochechas vermelhas.

Jeon Wonwoo vai me matar ainda. 

— Desculpe, é engraçadinho te ver corado. — Ele riu, e eu o bati. — Ai!

— Engraçadinho uma ova. — Falei fingindo estar bravo. 

— Você é fofo. — Wonwoo dizia rindo enquanto eu o chutava por baixo da cadeira. — Parece uma chinchila.

Em minha defesa, eu não sei reagir quando me elogiam okay? O jeito é bater na pessoa até minha vergonha passar.

E é Wonwoo, ele já está acostumado de qualquer forma.

— Chinchilas são fofas. — Concordei, parando de bater nele.

— E você é mais fofo que elas. 

— Jeon Wonwoo! — O repreendi. — Aigoo, vamos embora logo antes que eu exploda de vergonha.

Ele riu e se levantou, saindo da cafeteria comigo. Sim, uma cafeteria que serve chá. Não me perguntem.

Ao chegarmos no meu apartamento, ele me olhou.

— Bom, obrigado pelo chá e pelas risadas, Mingyu. 

— De nada, Wonwoo. — Sorri, trocando olhares com ele.

— ...Bom, essa é a hora que você me abraça? 

— Que abusado. — Eu ri, mas no fundo estava gritando. O abracei.

— A última: se um beijo vale mais que mil palavras, posso fazer uma redação na sua boca? 

— Vai trabalhar Wonwoo. — Eu disse rindo, dando um beijo em sua bochecha.

— Tenha uma boa noite Mingyu.

MCDONALD'SOnde histórias criam vida. Descubra agora