Vicious [CHONI]

7. Apartamento 41

"Toni" falei recuperando o fôlego do beijo. A morena continuou beijando cada parte da pele do meu pescoço. "Podemos sair daqui?"

"Para a onde quer ir, Cher?" Ela levantou o rosto me olhando nos olhos, e eu mergulhei naquele castanho claro.

"Eu não sei, mas quero que seja só nós duas" ela assentiu antes de soltar minha cintura e se afastar. Indo até a porta do banheiro, olhou por cima do ombro insinuando para que eu a seguisse e assim eu fiz. Passamos pelo balcão onde a vi cochichar algo com um dos funcionários, antes de continuar em direção a porta. Chegamos ao meu carro e ela se sentou no banco do motorista sem nem ao menos pedir minha permissão, colocando o cinto ela rapidamente levou a mão até minha perna, a subindo pela extensão da minha coxa levantando levemente a saia

"Vamos para minha casa" arrastou a voz, meus pelos se arrepiaram e eu assenti vendo-a dar a partida no carro e deixando o local. Dirigiu em silêncio até seu prédio que não ficava a mais de três quarteirões dali. Era um lugar não muito chique, a estrutura parecia antiga mas mesmo assim bem organizado. Subimos em silêncio quatro lances de escada até chegar em seu andar. Ela virou a chave cheia de chaveiros na porta com o número 41.

O silêncio para mim já estava se tornando desconfortável mas Toni não me dava muitas resposta ou chances de continuar assuntos. Entramos no apartamento e ela acendeu as luzes, não que significasse muito, as luzes opacas no lugar o mantinham escuro, era simples. Sem detalhes, tudo lindo e simples. Toni caminhou até o que parecia ser a cozinha e eu joguei minha bolsa na pequena mesa de jantar...

"Eu não gosto..." falei assim que a morena votou a sala trazendo contigo uma garrafa cheia de campari e apenas um copo

"O que?" Ela perguntou parando a caminhada

"De campari..." apontei para a garrafa em sua mão e ela me encarou "Você sabe, eu na verdade odeio o gosto disso, só pedia sempre para te impressionar com um gosto sofisticado que eu não tenho" ri e a garota continuou com uma expressão neutra, eu não sei o que havia acontecido e se não confiasse tanto nela já teria me assustado

"Tudo bem, você já bebeu muito essa noite" ela colocou o copo na mesa, chocando os vidros com um barulho alto. Abriu a garrafa e encheu o copo que ja tinha cubos de gelo antes de dar um gole imenso na bebida ardente. "Pode se sentar, Cheryl"

Fomos as duas até o sofá de couro preto da sala, ela se sentou bem colada a mim ainda segurando o copo na mão.

"Como sabia que era minha bebida favorita?" Ela perguntou quebrando o silêncio

"Na verdade eu não sabia. Só pedi por isso porque era a única bebida que eu conhecia, meu pai adorava pelo fato de ser vermelho." ela assentiu e deu o último gole se inclinando para colocar o copo vazio sobre a mesa de centro.

"Foi uma bela coincidência" ela sorriu, levando uma mecha do meu cabelo para atrás da orelha enquanto se aproximava, e novamente eu me perdia naqueles olhos claros que quanto mais profundamente eu olhava mais eu voltava a enxergar o néon vermelho refletindo

"Assim como eu entrar naquele bar vazio naquela noite" ela concordou finalmente se aproximando o suficiente para roçar nossos lábios.

"Você tem certeza que quer isso Cher?" Senti sua respiração contra meus lábios aumentando minha excitação e me dando mais certeza de que era aquilo o que eu queria fazer. Uni nossos lábios enfim, logo se tornando agressivo. Senti o gosto do campari na língua de Toni e assim até que o amargo não era tão ruim. Ela agarrou minha cintura com força me puxando violentamente para mais perto. Nunca havíamos chegado a esse ponto, a esse fogo, mas eu estava gostando e não pararia por nada...

Ela se levantou me puxando junto e em meio aos beijos caminhamos até o quarto. Passei minha mão pelos seus lados procurando pela barra da blusa, separamos o beijo apenas para arrancar aquela peça fora, e ela fez o mesmo com a minha em seguida passando os braços a minha volta em busca do feixe do sutiã que abriu assim que encontrou. Caímos na cama com ela sobre mim, a garota desesperamente começou a distribuir beijos pelo meu pescoço. Eu já estava completamente molhada e quanto mais eu focava na sensação dos lábios dela em minha pele e minhas mãos em seus seios, mais eu queria. Mas infelizmente a morena parou, ela levantou a cabeça encontrando meus olhos e encarou por alguns segundos