lembranças - Parte II

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Logo que Karen contou sua história para os irmãos wotson, Peterson então perceberá o motivo dela ter esperado tanto tempo escondida no porão da fazenda antes de atacar e por esse mesmo motivo não pode ser evacuada com os outros moradores muito provavelmente os mesmos já estariam longe quando ela encontrou a fazenda.

Karen era tão pálida pois não podia sair durante o dia e quando o fazia sofria sérias queimaduras
 
  Mais Peterson ainda pensava como iria responder a pergunta de Karen, após pensar ele respondeu.

- Ainda eramos crianças - Responde Peterson - Nossos pai morava em uma casa de verão em Atlanta que pertencia ao nosso avô - Ele e a vovó sempre nos visitavam e nos dávamos muito bem - A casa não era longe da cidade era um lugar calmo e pacífico... - Mais ...um dia... - Disse Peterson demonstrando estar com raiva - Isso tudo mudou.

- Nossa casa foi invadida por um grupo muito estranho - Disse Bartholomeu - Eles estavam atrás de uma caixa que meu pai guardava muito bem... Ele foi morto por uma espécie de lâmina que eu nunca tinha visto antes, nem teve tempo de se proteger.

- Eu corri para o quarto com meu irmão caçula William e por algum motivo ele me trancou no armário e tentou enfrentar os bandidos sozinho - Disse Peterson agora com a voz alterada - Quando entraram no quarto ele foi espancado até quase perder a consciência... - Então entraram mais alguns no quarto é aqueles monstros deitam ele de bruços na cama e começaram a violenta lo.

Peterson nesse momento fica visivelmente alterado e quase perde o controle de suas emoções liberando energia o suficiente para causar um pequeno abalo sísmico tornando o ar tão tenso quanto se pode imaginar e prosseguiu.

- Um daqueles monstros antes de violenta lo sussurrou no ouvido dele" calma boneca... Eu vou por só a cabeça"- Ao se lembrar disso Peterson fica ainda mais irritado com um olhar maligno e monstruoso que fez Karen e Bartholomeu se assustarem - Depois disso seu amigo ainda disse" essa é uma mentira que todo homem conta" e depois soltaram uma gargalhada demoníaca enquanto seis monstros estavam estuprando um garoto de 8 anos.

- Peterson se acalme!! - Disse Bartholomeu ao ver que seu irmão estava prestes a perder o controle por definitivo.

- Enquanto isso eu fiquei acovardado dentro do armário - Disse Peterson - rezando para que Deus livrasse meu irmão daqueles monstros mais ele não me ouviu... E enquanto ele era violentado eu ouvia os gritos de dor e desespero dele pedindo que por favor parassem...e quando olhei pela fresta da porta e vi o sangue escorrendo pela suas pernas...foi como se nada mais importasse... só queria matar todos eles apenas isso - E no outro dia amanheci no hospital de Atlanta.

- Uma forte explosão destruiu a casa e qualquer evidência do crime - Disse Bartholomeu - Mais enquanto todo esse horror acontecia nossa mãe também foi morta e estuprada no quintal - Disse Bartholomeu- Eu tentei protege-la mais foi em vão,eu despertei minhas habilidades depois de ver minha mãe morrer- disse Bartholomeu agora se lembrando da mãe morta em seus braços - Mais antes da casa explodir eu vi que um dos bandidos estavam a usar uma blusa com o mesmo símbolo que vimos nos carros na cidade Kingston.

  Após ouvir essa assustadora história que fez Karen derramar lágrimas pelos irmãos, a mesma se levanta e vai buscar a pizza que estava no forno.

  - Bom chega de histórias tristes por hoje - Disse Karen ao colocar a pizza sobre a mesa - Estamos juntos agora e devemos aproveitar os bons momentos que temos, e apesar de termos passado por coisas ruins agora estamos aqui e pelo menos agora não temos nada para nós atormentar - Então vamos aproveitar a companhia uns dos outros - Enquanto ela deixa a pizza com os irmãos vai até um canto da área administrativa e abre um compartimento no chão e tira um violão velho.

  - Está meio surrado mais ainda funciona - Disse Karen se sentando junto aos irmãos a mesa.

  - Você tem razão Karen - Disse Bartholomeu - Vamos aproveitar esse momento de paz que temos um com os outros.

   Nesse momento Bartholomeu se levanta e vai até o local onde deixou as coisas que comprou na cidade e pega umas cervejas que havia comprado e levou até eles.

  - Então vamos beber um pouco - Disse Bartholomeu que sorriu junto com seu irmão e Karen que se alegraram quando viram a cerveja.

   Apesar da situação que se encontravam pelo menos Naquele momento se sentiam felizes, estavam todos a sorrir e a beber como bons amigos, até se esqueceram de seus problemas até mesmo Peterson estava a se divertir.

  Enquanto bebiam Karen pega o velho violão e começou a tocar e a cantar.

   - Essa é minha música favorita- Disse ela antes de cantar a música Impossible de James Arthur.

   Enquanto ela cantava os irmãos wotson ficavam a observa la, até mesmo Peterson deixou se emocionar com o momento que  ali viviam, já fazia tempo que não sabiam o que era relaxar,ou ter amigos...por um instante estavam todos se sentindo bem uns com os outros como se o mundo em que se encontravam tivesse deixado de existir e uma nova realidade pairace sobre eles.

   Nesse momento o duro coração de Peterson percebe que por mais difícil a realidade seja, ainda sim existem coisas boas que por serem tão pequenas passam por despercebido e fazem uma grande diferença em nossas vidas, nesse breve momento que eles vivem ele percebe que nunca tinha aproveitado a presença de seu irmão que lhe era tão leal e de fato o mesmo não era apenas o cão que lhe lambia as feridas mais seu melhor e único amigo.

  Karen enquanto está a cantar percebe que novamente tem uma família, que finalmente tem seu lugar no mundo, um porto seguro para chamar de seu. Pela primeira vez ela estava bebendo na vida, e pela primeira vez ela tinha amigos e estavam vivendo um momento de descontração com eles.

  Aquele simples momento parecia compensar todas as tristezas que viveram até agora, e pela primeira vez foram dormir tranquilamente sem sentir medo do dia seguinte.

Terceiro caminhoOnde histórias criam vida. Descubra agora