Sakura Haruno

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— Esse é o seu quarto Senhorita Haruno.

A coordenadora baixinha abriu a porta do cômodo mediano. Era dividido por duas camas, dois guarda roupas, um tapete simples e cortinas vermelhas. Esse era o lugar onde eu passaria os próximos cinco anos. 

— Duas camas?

— Os quartos são divididos para duas pessoas, sua colega provavelmente chegará amanhã.

— Tá. — respondi jogando minhas malas em qualquer uma das camas.

Minha frustração era visível, pois a mulher me olhava com expectativas.

— Se acomode e descanse, as aulas começam amanhã.

— Tudo bem.

A porta bateu e eu caminhei até a janela vendo a grande Universidade do outro lado da rua.

Estou livre, mas por que não me sinto feliz?

O que fazer quando seus pais te mandam para outra cidade afim de se livrar de você? Tentar ser uma filha melhor, mudar minhas atitudes e provar que eles estavam cometendo um erro, era um começo.

Mas antes eu precisava ter uma despedida descente da antiga Sakura, porque amanha eu serei uma nova garota.

Vesti um jeans escuro e uma camiseta de alguma banda de rock que roubei do meu irmão antes de vir, calcei botas curtas e deixei meus cabelos soltos.

Observei meu rosto pálido no espelho, a única cor que havia ali eram meus olhos verdes e meus cabelos cor de rosa.

— Você vai mostrar para eles que pode mudar.

Andei pelas ruas desconhecidas até encontrar um bar próximo e não pensei duas vezes antes de entrar. O lugar era pequeno e moderno, alguns jovens dançavam e bebiam.

— Uma cerveja. — pedi para uma garota que estava atrás do balcão.

Ela tinha cabelos curtos de uma tonalidade roxa, tão exóticos quantos os meus, os olhos cor de mel e um pincer no nariz.

— Você não é dessas bandas é? — perguntou curiosa me entregando um copo e a cerveja.

— Konoha. — dei de ombros dando um gole na bebida e sai antes que ela puxasse mais assunto.

Não estava afim de conversa,  só queria dançar agora e curti meus últimos momentos como a velha Sakura.

Meus olhos estavam fechados, meu corpo balançava, e eu não me importava nenhum pouco se estava seguindo o ritmo certo, ou se as pessoas estavam olhando para o louca desconhecida de cabelos rosa.

Pois eu tinha quase certeza que estava dançando feito uma louca, por isso não me surpreendi quando bati em algo duro.

Tropecei para trás meio zonza e um braço circulou minha cintura mantendo-me em pé. O empurrei rapidamente me livrando do aperto caloroso.

— Uou cuidado gata.

Abri os olhos, franzindo o cenho para o par de braços tatuados cruzados a minha frente. Analisei o cara por inteiro, desde a sua boa forma, aos olhos negros mais intensos que já conheci. Calça jeans, jaqueta de couro, cabelos rebeldes,  músculos e um sorriso cafajeste.

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