Prólogo

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Querido diário,

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Querido diário,

Hoje tem sido um dia comum, já limpei as prateleiras e enfilerei cada livro fora do lugar, tudo na mais paz que a rotina poderia me oferecer.
Sabe diário, as vezes eu fico pensando como é ter uma vida de emoções, com afazeres novos todos os dias... Sem seguir rotina. Cuido dessa livraria com o papai há tanto tempo que mal sei o que viver fora daqui.

Não é que eu não goste dos livros, muito pelo contrario, eu os amo. Mas, viver só deles também cansa, assim como de qualquer coisa. Papai saiu há algumas horas para resolver problemas com as documentos e eu fiquei aqui, como sempre cuidando de tudo.

Nos meus 17 anos de vida tem sido só eu, papai e esta velha livraria no reino. Acho que cairia bem um tanto de emoções para minha vida mas, isso não cabe a mim decidir. Preciso aprender a me contentar com que é me dado e no momento, cuidar de cada livro daqui é o dever.

Agora eu preciso ir, estou a esperar por papai para assim fechar a livraria e então jantarmos. Espero que ele não demore porque, minha fome não está tão a fim de espera-lo não.

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