Capítulo 2

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Ring, Ring, Ring...

O telefone simplesmente não parava de tocar!

- Acho que estou ficando louca! Não aguento mais atender esses telefonemas! Toda hora alguém liga! Não é possível!

-Oi, minha filha! Quanto tempo!

Alice não podia acreditar! Era seu pai, senhor Phill Carter!

- PAI! MEU DEUS! QUE SAUDADES DE VOCÊ!

- Querida, desculpe a demora... estive muito ocupado nesses últimos dias preparando vários artigos para meus alunos de filosofia. Sei que essa não é uma desculpa muito boa, mas de qualquer forma, gostaria que me perdoasse porque realmente queria te ligar mais!

- Tudo bem, pai! Eu também devo desculpas! Nunca te ligo!! Também tenho trabalhado muito nesses últimos tempos!

- Tudo bem, meu amor! Só queria dizer que te amo mesmo e que quero te ver logo! Quando vem a Kilkenny novamente?

- Infelizmente não tão cedo! Estou cheia de projetos e estou no processo de organização de uma festa para a filha de uma mulher insuportável que não sai do meu pé! Mas fique sabendo que também te amo muito e que quero te ver logo!

- Pelo menos você está recebendo muitas propostas, Alice! Isso é ótimo! Fico orgulhoso com o seu talento e com os resultados de seu trabalho! Cof, Cof, Cof

- Que isso, pai? Está gripado?

- Não, Alice!! É só o cigarro mesmo!

Phill fumava muito!! Ele e sua casa cheiravam a cigarro e isso era algo que incomodava Alice profundamente. Além disso, este também havia sido um dos muitos motivos pelos quais Lucy havia optado por se separar dele.

- Ainda fumando?? Poxa, pai... você sabe que isso faz mal a você!

- Eu sei, mas não consigo parar e isso me acalma do trabalho também. Procure compreender!

- Mas você diminuiu a quantidade de cigarros que fumava por dia?

- Creio que não... cheguei a tentar por uma época, mas não deu. O cigarro é meu par perfeito!

- Por isso que a mamãe se separou de você!

Irritada, Alice desligou o telefone, mas depois se arrependeu. Afinal, este era um vício de seu pai e ele não conseguia se livrar disso sozinho. Muito menos agora que estava sem companhia e não tinha ninguém ao seu lado para apoiá-lo nesse processo.

- Oi, pai! Desculpa, tá? Não queria ofendê-lo! Eu te amo! - Alice mandou mensagem arrependida pelo que havia dito ao seu pai.

- Tudo bem, querida! A vida é um processo de escolhas e apesar da influência externa, somos nós que trilhamos nosso próprio caminho! - Respondeu ele exercendo seu papel de filósofo através das conversas que tinha com sua filha.

Ring, Ring , Ring...

O telefone toca de novo. Dessa vez era Scarlatte Queen.

- Alice, estou te ligando para dizer que passarei aí no seu escritório amanhã e quero ver tudo encaminhado!

- Mas eu te falei que entraria em contato depois que terminasse a ideia do projeto! - respondeu ela.

- Não vou esperar por isso! A festa é da minha filha e quero participar de todas as etapas do processo criativo! Não vou ficar por fora de nada! Afinal, contratei você para colocar as coisas em prática, mas quem tem que idealizar o evento sou eu!

Por trás das festas de AliceOnde histórias criam vida. Descubra agora