The New Huntress ⛤ Supernatural

19. Vingança com magia.

Davenport, Iowa.

Após o incidente com Gabriel, eu e os Winchester fomos para outra cidade, investigar um possível caso. Em Iowa uma mulher havia sido encontrada morta no quarto, engasgada com papéis e alfinetes, algo não muito comum de se ver. Além da moça, mais outras duas mulheres haviam sido encontradas mortas da mesma forma estranha. Sam já tinha achado a ligação entre as vítimas, que era o fato de todas terem estudado na mesma escola quando adolescentes.

Estávamos na casa de Katie, a última vítima a ser encontrada. Sam e Dean vasculharam o banheiro, enquanto eu explorei a sala de estar.

— Olhem o que eu encontrei!- Disse Sam, segurando um pequeno saco.

— Saquinho de bruxa...- Dean falou e logo voltou sua atenção para mim.

— Vamos interrogar!- Falei e me pus à sair da casa.

***

— Então você era amiga de Taylor, Summer e Katie?- Perguntei enquanto encarava Phoebe.

— É... sim.- Ela assentiu.— Nós éramos melhores amigas na época de escola.

— Por acaso tinham algum inimigo em comum?- Dean indagou, com a postura rígida.

— Por quê? Acham que alguém pode ter algo a ver com as mortes?- Perguntou ela, aparentemente assustada.

— Sim, por isso precisamos que seja sincera.- Falei, passando tranquilidade a ela.

Phoebe pareceu pensar por alguns segundos.

— Tínhamos.- Ela suspirou, parecendo entristecida.— Digamos que eu mudei bastante desde que era jovem e naquela época não fui a minha melhor versão para algumas pessoas.

— Quais pessoas?- Indaguei.

— Bom... foram muitas. Não me orgulho nada disso.- Iniciou.— Mas havia um garoto... Um garoto que tanto eu quanto as meninas tratamos muito pior.

— Qual o nome dele?- Perguntou Sam, enquanto a encarava fixamente.

— Bryan... Bryan Adams!— Ela continuou.— Nós quatro fizemos da vida dele um inferno durante a escola, humilhando ele de diferentes maneiras à cada semana. Mais uma vez fizemos pior, ultrapassamos os limites, mais do que das outras vezes.

Eu e os irmãos Winchester nos entreolhamos.

— Era Halloween e ele deu uma festa a fantasia. Então naquele dia, todas nós, convencemos os alunos à esperarem até o final da festa para jogar todos os tipos de tranqueiras nele. Quem não participasse daquilo iria ser ignorado pelos demais até o verão, no mínimo.- Phoebe parecia arrependida enquanto relatava.— Nós jogamos ovos, papéis, alfinetes e várias outras coisas. Depois daquela noite soube que ele havia saído da cidade, mais recentemente o vi numa livraria aqui perto...

Sentia a dor em seu olhar, já que deveria se arrepender amargamente de tudo que fez.

— Olha... a partir de agora deverá tomar cuidado.- Avisou Sam, se levantando e explorando o local com atenção.— Acho que ele ainda não colocou nenhum saquinho aqui, mas com certeza ela será a próxima da lista.

Ele disse encarando a mim e Dean.

— Do que estão falando?- Phoebe indagou, completamente confusa.

— Calma.- Disse, tentando a tranquilizar com um toque em seu ombro.— Sabemos que não tem nenhum motivo para acreditar em nós, mas agora precisará confiar na gente se quiser continuar viva.

Ela assentiu.

— Sabe onde está morando o tal do Harry Potter?- Dean perguntou, olhando para Phoebe.

***

Havíamos acabado de chegar na casa de Bryan, que mais parecia abandonada, pelo seu terrível estado. Assim que batemos na porta percebemos que ninguém apareceria, então Sam pegou um grampo de cabelo para destravá-la, porém Dean não o deixou terminar e arrombou a porta com a força bruta mesmo.

— Bryan, está aí?- Perguntei, adentrando cada vez mais o lugar.— Viemos ajudar!

Nada.

— Olhem aqui!- Disse Sam, em frente a porta de um dos quartos.

— Bizarro.- Falou Dean, encarando ao seu redor.

Muitos saquinhos de bruxa eram vistos em cima de uma mesa, localizada no centro do quarto. Havia um grande livro ao lado dos diversos saquinhos, lembrando uma espécie de grimório.

— Alguém andou mexendo com magia da pesada.- Sam observou o espesso livro.— É melhor queimarmos tudo.

— Quem são vocês?!- Uma voz masculina disse de-repente, se aproximando de nós três.— Não podem estar aqui!

— Viemos alertá-lo sobre as mortes, Bryan.- Falei, resultando em nenhuma cooperação da sua parte.

Ele tentou empurrar a mim e os irmãos do quarto, o que não deu muito certo.

— Calma aí, rapazinho!-Disse Dean, intervindo.— Sabe que essa sua vingança não levará a nada, não é?

— Cala a boca! Você não sabe de nada.- Rebateu, irritado.— Me deixem em paz!

— A menos que pare com magia.- Alertou Sam, próximo a ele.— Você já matou muita gente... Elas não deviam ter feito aquilo tudo com você, mas não mereciam ter que pagar com a vida por isso.

— Tem que parar.- Dean continuou, mas Bryan apenas cruzou os braços, ainda irritado.— As consequências sempre vem, garoto. Se fosse você pararia com tudo agora, antes que tenhamos que tomar as providências.

— Olha... eu não sei quem são vocês e vou ligar para polícia se continuarem aqui!- Ameaçou, se aproximando do telefone.— Vão embora agora!

Desistimos de tentar convence-lo e saímos do casarão, não demorando a retornar ao Impala.

— Mas que cabeça dura!- Disse Dean irritado, enquanto dava partida no carro.

— E o que faremos agora?- Perguntei, já sentada no banco de trás.

— Por enquanto nada.- Respondeu ele.

— Acho melhor voltarmos ao motel, para comermos algo.- Sam me encarou pelo retrovisor.— A noite vamos até a casa de Phoebe, verificar se ela está bem.