Ciúmes?

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Capítulo XVI

Harry subiu as escadas com Severus ao seu lado. O menino de 11 anos ficou em silêncio, provavelmente perdido em seus pensamentos. Harry olhou para o corredor, pensando em qual das portas séria sua habitação.

- O que vai acontecer agora? – perguntou seu filho, e Harry franzindo a testa confuso olhando para o menino - Você não tem emprego, não tem casa e está morrendo... -

O mais velho suspirou e se ajoelhou diante do menino, colocando as duas mãos nos ombros do menino - Severo Thomas Mather. Eu passei toda a minha vida desejando uma família. Você agora é a família. Mesmo que eu morra amanhã, eu nunca vou deixar você, já que as pessoas que nos amam sempre ficam com a gente - Harry apontou para o coração de Severus bem aqui -

- Quem disse isso? - O menino perguntou com uma careta e Harry não pôde evitar o sorrir.

- Meu padrinho. Eu tinha treze anos quando ele me falou essas palavras. Ele também me disse que cada pessoa tem um pouco de escuridão e luz nelas -

- Não há luz nem escuridão... - Severo comentou, lembrando-se do discurso anterior que ele tinha feito.

-Exatamente. Feitiços claros e escuros são uma forma de mencionar as cores do núcleo de algumas pessoas. Se você tem um núcleo de luz, não tem como a magia negra funcionar para você, e o mesmo para o contrário... - Harry suspirou - No entanto, isso não faz você mal - Harry olhou para Severus nos olhos em silêncio por alguns minutos, como se perguntando o que falar - Às vezes, alguém que é visto como 'bom' não é bom '

- O diretor - O garoto mencionou.

A boca de Harry se estreitou com a observação do menino – Sim - ele podia ouvir como sua voz se tornara tão áspera. Ele suspeitava que o diretor ainda era um ponto dolorido na sua vida - Alvo Dumbledore, o Senhor da Luz que dá a todos uma segunda chance, que é o homem todo poderoso... não é nada além de uma pessoa preconceituosa - Gritou fazendo os olhos de Severo cresceram -Ele odeia tudo o que significa escuridão e então, para ele, todos os Sonserinos são bruxos das trevas. Tom é um ofidioglota e disse a ele... Dumbledore o considerou o pior bruxo de todos os tempos e, como ele é meu mentor, eu devo ser também. Dumbledore afirma que todo mundo merece uma segunda chance, mas apenas se eles são seus grifinórios eles merecem essa chance - terminou de falar e olhou para cima, vendo Voldemort lá encostado na parede, olhando para ele.

O homem não disse nada, apenas ficou lá ouvindo sua pequena conversa com o filho. O homem provavelmente estava ouvindo desde o começo.

- Mas mesmo que isso não seja verdade... você está morrendo. Você vai morrer e... –

Harry se virou novamente para Severo

- Por que você estava ao meu lado? Ao lado da minha cama no hospital? Por que você não saiu? -

O menino ficou tenso com as perguntas - Eu... porque você foi o primeiro que se importou comigo, quem realmente se importou com o meu bem-estar. Você está ao meu lado para mim, mas agora você não vai estar mais comigo -

Harry olhou para Severus com tristeza pela declaração ' Prometa-me uma coisa - O menino franziu a testa - Prometa que se eu ficar pior da minha doença e ficar de cama, você não estará ao meu lado para segurar minha mão - O menino ficou tenso, seus olhos se arregalaram com o pedido e Harry agarrou seus ombros com força – Severo! - Ele insistiu.

O garoto assentiu com medo.

- Eu... eu prometo que não vou estar ao seu lado para segurar sua mão se você ficar de cama - O garoto admitiu, sua voz fraca.

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