Desperto com meu celular vibrando em cima da escrivaninha ao lado da minha cama.
Apanho o aparelho e vejo que é uma ligação de Namjoon.
- Alô?- uma voz firme do outro lado inicia.
- Kim Namjoon! Você sabe que horas são? Caralho, eu vou acordar cedo...
- Calma moça. Aqui não é o dono do celular e sim o dono do bar. Liguei para você, porque foi o último número discado e ele tomou todas, não quer ir embora. Porém, temos que fechar, já está tarde.
- Mas que porra...
- Tem como você vir buscá-lo?
- Estou indo, só me diga o endereço.
- É na Avenida ***********.
Desligo a chamada e sento-me na cama esfregando o rosto com uma das mãos para afastar a sonolência que insistia em me abraçar.
Levanto da cama e vou até o guarda-roupa, pego a primeira roupa que apareceu na frente.
Troco-me ligeiramente jogando o pijama no guarda-roupa, prendo meus fios em um rabo de cavalo alto e calço meu crocks.
Já na garagem, ligo o carro e dou a partida indo em direção ao bar que está meu querido melhor amigo Kim Fucking Namjoon!
Chego no local e está tudo muito silêncioso, apenas uma pequena portinha aberta.
Adentro o recinto e dou de cara com Namjoon debruçado sobre a bancada enquanto tinha um pequeno copo vazio em mãos.
Um homem de fios negros e pele morena o observava enquanto negava sutilmente com a cabeça, aparentemente não me notando ali ainda.
- Boa noite? - digo meio sem graça ao que ele olha para mim - Eu vim buscá-lo.
- A, então é você? - sorriu fraco- Desculpe ter ligado assim, está realmente tarde.
Assinto de leve e vou até Namjoon, cutucando seu braço, assistindo ele se remexer e murmurar algo desconexo.
- Ei? Mocinho, vamos embora. Você já causou de mais. - digo.
Ele levanta o rosto e me encara, sonolento e totalmente fora de si.
- (S/n?), o que está fazendo? - murmura.
Seguro em seu braço e pego o copo de sua mão, deixando-o em cima da bancada.
Seus braços pesados envolvem meu pescoço, praticamente colando nossos corpos, fazendo com que nossos rostos fiquem próximos de mais e eu acabe por sentir o bafo de whisky.
- Namjoon, me ajuda a te ajudar né? - reclamo e ele faz biquinho.
Reviro os olhos.Deixo um de seus braços se apoiarem em meus ombros e seguro em sua cintura para conseguir caminhar com ele, mantendo seu corpo apoiado em mim.
Seus passos são lentos e de vez enquando acaba por tropeçar em seus próprios pés, mas não cai, graças ao meu braço em sua volta.
Chegando no carro, abro a porta de trás e retiro seu braço de meus ombros, tentando colocá-lo para dentro.
Porém o brilhante amor da minha vida, acaba por não querer entrar, fazendo draminha.
- (S/n)... Não, não me deixa aqui!
- Namjoon! Nós vamos para casa, facilita isso e entra logo nesse carro.
- Então entra também, para a gente ir junto aqui atrás.
- E quem vai dirigir? - pergunto, em seguida caindo na gargalhada por sua expressão confusa - Entra logo, eu não vou te deixar...
- Nunca?
