_E que tal passares a tarde comigo em minha casa, jantas lá e depois vamos ao cinema?
Tive uma vontade incontrolável de a abraçar pois aquele seu perfume, o sorriso, os olhos, o seu jeito de falar, tudo é perfeito naquela miúda.
_Não sei, sabes... Os testes.... É que tenho que estudar. - disse Demi atrapalhada, mexendo no seu cabelo como as raparigas costumam fazer quando têm vergonha.
_Isso não me convenceu, vamos começar outra vez: E que tal passares a tarde comigo em minha casa, jantas lá e depois vamos ao cinema?
_Prontos Niall, convenceste-me, mas não penses que vai ser sempre assim - sorriu. Deixa-me ir só trocar de roupa que...
_ Nem penses! Ficas perfeita de cabelo bagunçado e roupa amachucada. Eu quero-te assim *-* - disse interrompendo a sua voz.
Chegamos a casa.
_Querido, amiga nova? Hum... - disse minha mãe sorrindo como se estivesse a insinuar alguma coisa.
_Mãe, xau... Vamos Demi! - disse quase a empurrando pelas escadas abaixo. - Vês, aqui é o meu quarto. Como deves imaginar, eu odeio-o muito pois faz-me ter más memórias dos meus jogos de basquete.
_O teu quarto não tem muito a ver contigo, lá isso é verdade, mas não te queixes, muitos nem um quarto têm...
É por isso que eu gosto dela. Quando me sinto mal, ela faz-me perceber que a minha situação não é assim tão má. Depois com aquele sorriso... Ai, encanta-me. Era capaz de ficar horas olhando para ela.
A minha mãe chamou-nos para jantar. Jantamos um ao lado do outro. Quase não falávamos, fico feliz só de ver a minha menina tímida a meu lado, aquela que me abraça, que me faz rir, que é desarrumada e estranha, a rapariga que eu amo.
Fomos até ao centro comercial. Era o cinema mais perto de casa. Vimos um filme. Partilhamos pipocas, abraços e até demos as mão entrelaçando os dedos. Por fim levei-a a casa, fomos a pé pois acho muito fofo. Estava um vento um bocadinho forte, emprestei-lhe o meu casaco e continuamos caminho. Ainda estivemos à porta dela um bom bocado a conversar trocando sorrisos. Estava na hora de nos despedirmos. Apesar de tudo sabia que lhe ia ligar ou voltar a ver, mas agora que a conheci, não consigo estar um segundo longe dela.
_Desculpa se o nosso primeiro encontro não foi aquele teu sonho, num restaurante à luz das velas...
_Não digas mais nada. Foi simplesmente perfeito, foi o melhor que alguma vez eu podia ter. Se todos fossem assim, eu era a rapariga com mais sorte do mundo. - disse Demetria olhando fixamente nos meus olhos azuis.
Apenas sorri. Um sorriso diz tudo o que uma pessoa não consegue dizer. Começou a chover. Ela não entrava. Ficamos muito tempo olhando um para o outro sem dizer nada até que avancei até si, olhei para ela uma última vez. Primeiro toquei com os meus lábios nos dela, entrelaçamos as línguas e aquele nosso beijo parecia nunca ter fim. Apenas desejava que aquele momento se repetisse muitas e muitas vezes.
_Eu amo-te Demetria Lovato. Eu sei que ainda é cedo para dizer isto, mas eu tenho a certeza que é verdadeiro. Eu amo-te tanto. Se amar é gostar de uma pessoa sem fim, amar o seu sorriso em vez de seu decote, amar as suas pequenas imperfeições em vez das suas boas ações, então eu te amo. Queres namorar comigo?
_____Continuação no próximo capítulo que postarei amanhã :)______
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