Vazio

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Na pálida estrada de meu tédio
Alma de escrita se suicidara
Tal qual suposto fôlego etéreo
Cedeu ao gelo que me arranhava

E abandonada: Versos pródigos,
Perdoem, ó, vertiginosos infames,
Antiga amante de teus códigos
- a insanidade! - de teu enxame

Perdoem-na, chamas, véus, céus que urram,
Que já não bebo da seiva eternal
Inerente ao cálido beijo do mal

Que minhas lágrimas já não sussurram
Ao longo da adaga de lábios e
Mãos suaves - nem há fulgor nos átrios

VazioOnde histórias criam vida. Descubra agora