Havia oito meses que não ouvíamos sequer uma notícia sobre a guerra, o desespero já tomava conta de toda a aldeia. Mamãe dizia que notícia ruim sempre chegava logo, mas todos sabiam o quanto também ela estava preocupada. O bebê já estava a caminho e pelo jeito, papai não veria o pequeno nascer.
Elijah estava comemorando o aniversário, seus dezenove anos foram comemorados com muita bebida, carne assada, doces e frutas, presentes bonitos como: uma espada forjada só pra ele, arco e flecha com a melhor madeira de nossa floresta, roupas de couro e sorrisos de garotas que queriam se casar com ele nem que isso lhes custassem a vida. Elijah era praticamente o homem mais disputado: Leal, forte, carinhoso e como uma mesmo mencionara: bonito, elegante e que possuía mais uma coisa que mamãe não deixou nem eu, Rebekah ou Kol saber o que era.
Fiz um desenho para Elijah, notei que ele havia guardado com muito cuidado junto com as coisas que pra ele eram muito especiais.
- Já sabe que em breve é você que estará se tornando homem, Niklaus. Você e Kol estão crescendo como grama.
- Eu quero muito crescer depressa. Fico pensando no que eu irei fazer: Poderei me tornar um pintor quando ir embora daqui.
Percebi que Elijah mudara por completo a expressão.
- Como assim ir embora? Pretende fugir?
- Não me adianta ficar, irmão. Papai não gosta de mim e sei que minha presença o incomoda e além do mais, eu quero ser livre. - coloquei minha mão em seu ombro. - Vem comigo? Podemos ser felizes juntos, ter nossa família... Não quero fazer isso sem você.
- Niklaus, não podemos fugir! Nossa casa, nossa vida é essa aqui. Que espécie de irmão eu seria? Abandonar Kol, Rebekah até mesmo o Finn? E nossa mãe? Morreria se nos perdesse. Ela já enterrou dois filhos.
- Você não entende como eu me sinto. Eu não tenho medo de apanhar, só que papai têm muito ódio de mim e as vezes acho que ele poderia... me matar.- cochichei a última frase, não queria que ninguém ouvisse.
- Papai jamais faria isso! Ele não te odeia, ele só... Irmão esqueça isso, não fuja, talvez com esse filho que está a caminho o coração dele amolesça.
- Espero que isso aconteça. Tudo o que quero é que papai me ame, assim como a mamãe me ama. Se ao menos eu soubesse o porquê de tanta raiva.
- Niklaus, vem até aqui por favor.
Era mamãe! Fomos até ela aos tropeços, talvez o bebê resolvera chegar antes do esperado.
- Está tudo bem, o bebê não irá chegar hoje, eu só quero falar com você. Elijah, nos dê licença por favor.
Assim que Elijah saiu mamãe me sorriu carinhosamente, me senti mais aliviado.
- Senta aqui comigo? - ela acariciou os meus cabelos assim que eu deitei no seu colo. - Sei que as coisas estão ruins para você, mas quero que saiba que seu pai nem sempre foi assim.
- O Finn me disse que ele não era assim, que ele sorria e fazia festas para nossa irmã Freya todos os dias.
-É verdade. Freya foi nossa primogênita e ele a amou mais que qualquer outra coisa no mundo. Então a perdemos e ele fechou o seu coração.
Fiquei pensando no tamanho da dor que ele havia sentido. Não sei como eu reagiria se perdesse um filho um dia.
- Quero lhe dar um presente muito especial. - mamãe levantou e apanhou um colar de coro com um pássaro de aço na ponta, era realmente muito bonito.
-Mas mamãe não é meu aniversário! Não seria melhor dar ele para o Elijah?
- Não! O meu filho mais especial, mais generoso e que mais precisa de proteção é e sempre será você. - ela colocou o colar no meu pescoço e eu senti uma tontura estranha, como se algo inibisse a minha força. mas não deveria ser nada, mamãe sempre colocava magia em seus presentes.
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The History Of The Mikaelson Family
Historical Fiction[ Capa ilustrativa] Uma maldição afligem os Mikaelson por mais de mil anos. Guerras, desgraças e uma fome incontrolável persegue cada passo dado pela família que originou o vampirismo, são vilões inescrupulosos com sede de poder que esmagam a todos...