Sob o mesmo céu ( Saga Além da Morte) 4

Capítulo 1

Na delegacia.

- De novo, Sasuke?

- Foda-se.

Itachi franziu o cenho seriamente encarando o irmão mais novo, já era a quarta vez que Sasuke estava sendo preso em menos de dois meses, vários eram os motivos, uso de drogas, violência excessiva, roubos, o mais velho já estava perdendo a paciência com tanta rebeldia e irresponsabilidade, Itachi deu um longo suspiro, tinha que fazer algo para salvar seu irmão antes que acontecesse algo pior, seu pai já não ligava mais e a morte de sua mãe há três anos atrás fez com que acarretasse tudo isso na vida de Sasuke, ele era muito apegado a mãe e não conseguiu lidar com a dor de perde-la. Por mais que sua paciência estivesse chegando ao limite ele não conseguiria deixar seu irmão de lado ou simplesmente desistir dele, e mais uma vez estava lá para tira-lo dos problemas.

- Sabe, eu deveria te deixar aqui e permitir que te levassem para um presídio, mas acho que não conseguiria, afinal você é meu irmão, vamos levanta daí, vamos para casa, amanhã você vai pra faculdade.

- Vou porra nenhuma!

- Ah vai, vai sim, nem que eu tenha que levar e buscar como se você fosse uma criancinha, e tem mais, você fará serviços comunitários dentro e fora da faculdade. Já está tudo acertado com a diretora da faculdade e com o juiz, ou você acha que não tive que ir falar com um? Você já é maior de idade, mas dá muito trabalho.

- Tanto faz, agora só quero dormir.

- Outra coisa, você enche a boca pra falar que não é viciado, então, pare de fumar e jogue fora aquelas agulhas, se não, te taco dentro de uma clínica de reabilitação, já até pesquisei algumas.

- Você não tem coragem.

- Estou falando sério Sasuke, se você não começar a mudar, por mais que me doa, eu vou fazer.

- Hum...

Logo os dois chegaram em casa, Sasuke correu para cozinha e fez um prato enorme e depois de jantar foi para o quarto, se jogou na cama, as palavras de Itachi circulavam por sua mente.

- Não vai ser tão fácil assim maninho. - proferiu baixo e fechou seus olhos se entregando ao sono.

Às seis e meia da manhã, Sakura estava sentada em frente a penteadeira enquanto sua mãe passava a escova por todo o cabelo rosado, assim que terminou deu um leve sorriso e agradeceu, Mebuki sempre tinha esses cuidados com Sakura, por mais que a mesma dissesse que não precisava.

- Vamos tomar café, seu pai vai te levar até a faculdade, pedi a diretora que te ajudasse a chegar na sua sala. - Mebuki disse enquanto caminhavam para a cozinha, a casa era bem grande mas não tinha um segundo andar, o casal decidiu evitar escadas, Sakura tinha uma bengala que à ajudava a caminhar melhor, assim não tropeçaria e nem esbarraria nas pessoas fora de casa. Todos tomaram café e Sakura e Kizashi se aprontaram para sair.

- Não se esqueça do que falei, se se sentir mal, ligue para mim, tome cuidado, aah meus Deus, já estou morrendo de preocupação. - Mebuki disse dando um abraço apertado em Sakura.

- Calma Mebuki, Sakura não é mais criança, ela tem que se sentir um pouco independente de nós, ela precisa disso. Vamos filha. - Kizashi disse sorrindo e segurou na mão de Sakura que sorria.

- Não tem jeito não e?

- Vai ficar tudo bem mamãe, até mais tarde.

Os dois saíram de casa e logo entraram no carro, kizashi ligou o rádio e uma melodia suave e tranquila tocava, ele sabia que sua filha amava música e sempre a agradava, tanto que lhe deu um piano de presente de aniversário de 15 anos, pagou aulas por um ano e Sakura rapidamente aprendeu a tocar, mais surpreendidos ficaram quando Sakura passou a combinar notas criando suas próprias melodias e sem precisar fazer anotações, a mesma guardava cada nota em sua mente.

Logo que pararam em frente ao portão Kizashi avistou a diretora e segurando Sakura pela mão a guiou até lá.

- Bom dia Senhora Kurenai, essa é minha filha Sakura.

- Bom dia Senhor Kizashi, não se preocupe, já estou ciente dos cuidados com sua filha e lhe garanto que aqui ela atingirá suas metas.

- Obrigado, agora tenho que ir, vou direto para o trabalho daqui, filha fique com Deus, e dê o seu melhor, nós acreditamos em você. - Kizashi disse dando um beijo em sua testa e partindo logo em seguida.

- Vamos Sakura, vou lhe explicar algumas coisas e te levar até sua sala, espero que se de bem aqui e se sinta confortável, mas qualquer coisa me procure ou mande me chamar.

- Tudo bem, obrigada.

- É a primeira vez que você sai de casa para ficar sozinha em um lugar diferente não é? Sua mãe me explicou algumas coisas.

- Sim, mas eu espero me acostumar logo e superar esse desafio, eu quero ser uma pessoa normal, sabe, não é por causa da cegueira, mas, eu quero poder sair, fazer amigos, essas coisas que os jovens da minha idade fazem.

- Entendo perfeitamente, você quer liberdade.

- Sim, mas equilibrada, sem exageros.

- Sempre tenha em mente que você é capaz, só depende de você.

- Obrigada, mais uma vez.

- Disponha querida, bem, aqui nós temos as salas, duas bibliotecas, o refeitório, quadra com piscina, um campo atrás da faculdade, duas salas de música e uma sala grande para os alunos que gostam de arte e pintura, e por último uma sala de jogos para os horários livres, temos alguns cursos também, os horários serão passados a você pela representante de classe que logo deve estar chegando, ela já sabe quem é você, caso não me encontrar pode tirar suas dúvidas com ela, seu nome é Ino.

- Certo.

- Bem, essa é a sala A17 é aqui que você vai ficar, ah olha a Ino, vou te deixar com ela, tudo bem?

- Tudo sim.

- Bom dia diretora.

- Bom dia Ino, essa é a sakura, a aluna que te falei, ajude ela á se adaptar.

- Pode deixar, muito prazer Sakura, vem comigo. - a loira pegou Sakura pela mão e juntas entraram na sala, faltava alguns minutos para o professor chegar dando início a aula, Ino acomodou Sakura junto a ela e conversavam um pouco para se conhecerem, era visível que Ino havia gostado de Sakura, seriam grandes amigas provavelmente.

Sakura começou sua longa jornada na faculdade, tudo era novo para ela ali, boas amizades ela com certeza faria, mas como uma jovem normal como a mesma desejava ser, estaria sujeita a enfrentar os problemas e preconceitos que também surgiriam com o tempo.

Notas finais:

Obrigada por ler e espero que gostem dessa nova fic.