Capítulo 2

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     Com a leve umidade na minha calcinha se intensificando, ainda não consigo ver o rosto do sujeito que tinha acabado de salvar minha vida. Com os dois bandidos no chão, e com todo o meu ódio, termino de espancar os dois na porrada e saio correndo para casa. Chegando lá, com a tal umidade dentro de minha calcinha, troco minhas roupas e vou me deitar, pensando no nobre, cavalheiro, elegante, galanteador que havia me salvado naquele beco. Quando estou em pleno sono, a imagem de tal cavalheiro não sai de minha cabeça.

     O dia começa a amanhecer, e eu, com a maior esperança de acordar morta pela manhã, acabo acordando viva, e com o maior ódio no coração, entro no carro da minha mãe para que ela me leve para a escola. Enquanto minha mãe me leva, deito a minha cabeça na janela olhando para as pessoas, até que vejo um homem andando na rua com sua família, deixando seus filhos na escola. Quando bato meus olhos no homem, percebo que é o mesmo que me salvou no dia passado, mas mesmo assim não consigo ver seu rosto, escurecido pela multidão. Quando me deparo com o tal salvador, abro a porta e pulo do carro de minha mãe, e assim, indo ao seu encontro. Quando passo correndo pela multidão de mães desocupadas, sem saber o que está acontecendo, ouço o grito de minha mãe, assim olhando para trás, e quando olho para frente denovo, acabo me deparando com o poste, batendo minha cabeça no mesmo, e assim, desmaiando.

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⏰ Última atualização: Mar 17, 2019 ⏰

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