Reckless Love | m.e.

Capítulo 16

- Sai da frente Amber - Matt disse sério

- Amber? Aw Matty boo, ontem você gritava Abby no quarto!

A Amber está a passar dos limites, apertei a mão do Matt mais forte, e juro que ouvi alguns dedos dele estalarem. Amber me olhou com raiva, chegou perto do ouvido de Matt.

- Um dia você vai perceber que esse trapo não te serve e vai voltar para mim - ela sussurrou para Matt

Ela foi embora e Matt me puxou para a sala de TV que ficava nos fundos da casa.

- Wow, como você não começou a gritar com ela? Você tava fervendo de raiva Jen, você quase quebrou os meus dedos - Matt riu

- Eu aprendi que se eu discutir com pessoas estúpidas, elas vão me levar para o nível delas

- Quanta inteligência Jennifer! - ele riu

E ficou um silêncio, não aquele constrangedor, era um silêncio reconfortante. Meus olhos começaram a ficar pesados, mas eu lutava com o sono.

- Matt, já volto, vou pegar mais um energético! Quer um? - sorri

- Não, eu estou bem - ele sorriu de volta

Saí dos fundos da casa e agora me encontrava na sala que agora estava com menos gente, e as pessoas que ainda restavam lá estavam sentados, e rindo de tudo.

Encostei na bancada e enchi um copo com energético. Fiquei observando os adolescentes bêbados com caras desprezíveis.

- Jeny, você ainda não me explicou o que aconteceu ontem - virei e vi o Aaron com a cara séria

- O Matt me pediu em namoro - dei um sorriso estúpido

- Não isso, por que você foi parar hospital ontem? - ele olhou no fundo dos meus olhos

- Nada, só uma queda de pressão - eu desviei o olhar

- Jennifer, para de mentir para mim, algo aconteceu com você princesa, todo mundo está preocupado, lembra que eu te falei que você era o nosso tesouro? - ele deu uma pausa e eu assenti - Por favor, pequena, confia em mim!

Contei o que aconteceu para ele, com detalhes.

- Oh, minha princesa! - ele me abraçou e logo lembrei que Matt estava me esperando na sala de TV

- Aaron, tenho que ir meu príncipe está a minha espera - sorri estupidamente e corei

- Vai lá, Jeny

Estava a caminho da sala quando ouvi batidas em uma porta lá em cima, e curiosa como sou subi, mas não vi ninguém. Caminhava cuidadosamente pelo andar de cima e percebi que o barulho vinha de dentro do quarto do Taylor que estava lá embaixo, então não era, do Carter que também estava lá embaixo e do.. Ah, meu Deus, Luke!

Bati na porta, mas a batida de dentro continuava, até que parou, e ai foi quando eu abri a porta e vi um Luke descabelado, com o rosto inchado e molhado de lágrimas, gritando com si mesmo.

- Ei, ei, está tudo bem Lukey - usei o nosso antigo apelido enquanto o abraçava

- É tudo culpa minha Jeny, é tudo culpa minha - ele soluçava - eu sou um péssimo amigo, você estava despedaçada por dentro, e eu não notei nada, na verdade, eu notei, mas eu agi como se eu não soubesse de nada, eu sou um idiota, me desculpa Jeny

- Mesmo que você não seja perfeito, Lukey, você é meu melhor amigo, você é o meu salva-vidas, você é a minha vida e eu te amo, mesmo quando a gente briga, grita, berra e discute, você continua sendo o meu melhor amigo, e eu quero te agradecer por sempre estar do meu lado, para tudo, eu te amo Lukey-Pukey - eu ri

- Não me deixe Jeny, nunca - ele ainda soluçava

- Ei, nunca, você é o meu irmão de mãe diferente, eu nunca vou te deixar, Luke - eu estava confusa

- Só porque não está acontecendo agora, não quer dizer que nunca vá acontecer Jeny

- Ei, olha para mim, para de falar besteira Luke, você está parecendo - eu parei e lágrimas já escorriam pelo meu rosto - eu! - lágrimas escorriam sem controle pelo o meu rosto - Luke, espera um segundo

Fui para o meu quarto e abri uma necessaire onde ficava os meus remédios, e pequei um dos meus calmantes. Fui em direção ao quarto e ouvi os gritos dele de novo, graças a Deus a música continuava alta, então abafava os seus gritos, que provavelmente iam ecoar pela casa.

Entrei novamente no quarto e abracei ele.

- Você me deixou, você me deixou quando eu mais precisava. Igual todo mundo - ele chorava no meu ombro

- Ei, eu só fui buscar algo que vai te ajudar - logo, senti algo molhado na minha perna - Luke? Que porra é essa? - eu sussurrei vendo sangue na minha perna

- Me desculpe - ele soluçava e me abraçava mais

- Luke, me diz que você não se cortou! - eu chorava mais, e para a minha infelicidade ele ficou quieto - Luke, vem cá, puxei ele para o meu quarto, levei ele para o banheiro - Luke, deixa eu tratar disso - eu lavei o pulso dele, passei pomada e enfaixei - Lukey, toma esse comprimido, hoje você vai dormir no meu quarto - ele tomou e logo já estava dormindo na minha cama - dorme bem, meu anjo - dei um beijo na sua testa e desci para a sala de TV

Cheguei e vi o Matt dormindo sentado no sofá, sentei ao seu lado e abracei-o, sem conseguir controlar as lágrimas. De repente senti os seus longos braços de Matt me puxarem para um abraço mais forte.

- Que foi, amor?

- Olha o que eu fiz! - eu soluçava

- Sh... Me conta o que aconteceu - ele falou com voz de sono

- O Luke, ele... - eu comecei a chorar mais ainda

- Jen, ele te machucou? Eu vou acabar com ele! - ele gritou

- Não! De jeito nenhum! Ele, ele...

- Ele o que, Jennifer? - Matt me perguntou sério

- Eu subi, ele estava batendo a cabeça na porta, quando ele parou eu abri a porta, ele estava horrível, chorando demais, falando que era culpa dele, não perceber que eu estava em depressão...

- Pera, você está em depressão? - Matt perguntou assustado

- Outra história, Matt, aí ele começou a surtar, e eu fui buscar um calmante que eu tomo para dormir quando eu estou mal, aí eu voltei e ele tinha se cortado - respirei fundo - é tudo culpa minha, eu estou enlouquecendo vocês aos poucos!

- Sh... Está tudo bem, meu amor...

Meus olhos começaram a ficar pesados.

- Jen? - Matt diz depois do que pareceu uma eternidade

- Hm?

- Como é a depressão? - ele sussurrou, não sei porque

- É tipo, você está se afogando, mas todas as pessoas a sua volta estão respirando normalmente.

E eu cai no sono.